Marcelo Leite > Moral da história Voltar
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Marcelo, parabéns pelo brilhante texto. Realmente a "história" ainda tem muito a nos contar. Acredito que esta percepção e busca do "bem maior", a qualquer custo, não é somente um capÃtulo de um passado distante, está aÃ, presente, perfeitamente notável em nossos dias. Concordo quando você menciona que "evoluÃmos" porém, é preciso que estejamos atentos. Mencionei em meu blog (Farmacovigilância blog) a preocupação bem ponderada da Dra. Susan em relação as pesquisas clÃnicas de hoje em dia. /
aprendi com o grande professor Renato Mocellin que é para isso que serve o estudo de História: aprender com os erros do passado para não os repetirmos no futuro.
Sempre fui favorável aos experimentos com presidiários. E não os "de lá", os "daqui" mesmo.
Creio que o núcleo de certos princÃpios seja sim algo imutável. Agora, se 9 entre 10 pessoas consideram que pelo menos na teoria o "não matar" ainda faça sentido desde o Egito nos tempos de Moisés, milênios depois em Roma relativizaram o mesmo valor criando a legÃtima defesa, o estado de necessidade, descriminantes até hoje válidas, e quem sabe amanhã, com a crise ambiental seja dado aval ao aborto, que no caso de estupro já é lÃcito. Permanece o núcl
Acredito que ainda cometemos atentados contra os direitos humanos, porém de outras maneiras. Não houve evolução. Guantânamo está aà e como ela outros exemplos ao redor do mundo.
Prezado, vejo uma contradição no seu discurso, que ecoa o de muitos defensores dos chamados direitos humanos: por um lado, você prega que ideias não são imutáveis; por outro, baseia seu discurso na noção imutável de que os direitos humanos só podem se expandir, e nunca diminuir. Defende a relatividade, mas se apega a uma verdade absoluta quando o cinto aperta. Contradição perfeitamente aceitável no leigo e até no jornalista, mas que o cientista, por definição, deveria esclarecer.
Mas aà reside outro problema: conhece a frase "quem não relembra os erros do passado está condenado a repeti-los"? Pois é, o problema é que essa frase não equivale a dizer que "quem continuamente relembra os erros do passado não irá repeti-los". Acrditamos que evoluÃmos moralmente, mas a moral é a coisa mais relativa que existe na face dessa terra. Recomendo a leitura daquele que mais se aprofundou nesses assuntos: Nietzsche (autor cada vez mais lido, mas cada vez menos compree
Olá, Marcelo. Percebo no seu discurso um tom de superioridade relativa, isto é, de que somos, atualmente, mais evoluÃdos em questões morais - mas nada poderia estar mais longe da verdade: o homem não se torna "mais moral" com o passar do tempo, ele torna-se apenas mais consciente dos erros do passado. (continua)
Olá, Ralf. Bom, longe de mim querer ser o dono da verdade, e é exatamente isso que estou tentando demonstrar aqui: isto é, que não existe nenhuma verdade absoluta e que nem mesmo a ciência pode validar algo. Aliás, a ciência, no campo moral, é ainda uma criança - quem mais entende disso são as religiões. Porém, agora que "matamos Deus" com nosso saber, queremos que a ciência seja a validadora da moral, que diga o que é bom e ruim.
Sua posição é interessante, Allan - mas foi vazada em termos definitivamente não-cientÃficos ao usar esses tempos indicativos simples, indicadores de certeza: "o homem não se torna", "torna-se apenas". Ora isso é apenas uma hipótese entre as outras! A ciência (e também a bom filosofia) não se faz de afirmações, e si do registro provisório de conjecturas!
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