Hélio Schwartsman > Rio, drogas e violência Voltar
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Se a vida de alguém é um vazio por não encontrar um significado para a vida, não há motivos para incitar os outros a uma vida sem sentidos, também. Encontre coragem, vergonha na cara, auto-estima, sentido para a tua existência neste planeta, e não induza os outros ao erro, ao nada, à desgraça.
Quer acabar com o problema da violência, advinda do narcotráfico? Deixe de fumar, de cheirar, de se picar? Só existe comércio se existir consumidor. Basta que os viciados tomem vergonha na cara, e deixem de cheirar ou fumar um baseado para que consigam levantar a cada dia, e produzir o que quer que seja, sem coragem para enfrentar o dia-a-dia de cara limpa. A impressão que se passa é de que os viciados só defendem a legalização de algumas drogas, ou de todas, para que não fiquem preoc
Quais os benefÃcios de qualquer droga para o ser humano? Se é para legalizarmos aquilo que tem arrasado com milhões de pessoas, em todo o mundo, ao longo de séculos, que tal legalizarmos a propina, a prostituição (abuso sexual) de meninos e meninas, o assalto, o roubo a bancos, a compra de votos, a compra de diplomas de graduação. Se você tem o direito de usar qualquer droga, tem o direito de comprar um diploma de médico.
Já defendi a liberação das drogas por entender que a proibição nunca impediu o consumo e que justamente ela, a proibição, gerou o poder do tráfico, que inclusive arrecada mais dinheiro anualmente do que muitas multinacionais. Mas também penso no outro lado da questão: Será que legalizadas drogas como cocaÃna, por exemplo, isso não exacerbaria outro grande problema no paÃs: a saúde pública? E quanto aos traficantes desalojados dessas atividades ilÃcitas? praticariam outros crimes.
Excelente texto, parabéns.
Excelente texto. O principal ponto, que realmente encerra todas as polêmicas boçais acerca do tema, é óbvio, mas amplamente ignorado: "não existe solução para o problema das drogas". Simples assim.
Parabéns pelo texto. Excelentes argumentos.PS Narcobrás é ótimo! Hahaha
Parabéns pelo belo texto! A questão da violência produzida pelo tráfico é algo que estar presente nas pequenas, médias e grandes cidades do nosso PaÃs ceifando vidas e destruindo famÃlias. As autoridades tratam do assunto com descaso, pois esse é um problema que precisa ser atacado em duas frentes, especialmente aquela que garante o financiamento de toda essa estrutura que são os usuários, que não podem continuar sendo tradados não como coitadinhos e como vÃtimas.
Dúvidas: legalizar - o sujeito pode comprar qto quiser? Se não pode, vai comprar do traficante quando quiser mais do que o permitido. DaÃ, a lei pesa para o lado do traficante. Ué, mas não é a mesma coisa de hoje? Então, por que correr atrás do próprio rabo e, depois de pegá-lo, não saber o que fazer com ele? Cortar o rabo é melhor e mais saudável: evita tonteiras desnecessárias.
Você defende a legalização das drogas até ter um filho vicyado em crack. Acaba-se com o tráfico e a bandydagem da mesma forma que acabaram até com paÃses inteiros: basta querer. O cérebro não foi mal projetado, é mal usado. Tabaco x drogas = já viu alguém mattar a esposa depois de fumar um maço de cigarros? O estado não pode interferir mesmo, mas o problema é o estÃmulo individual de quem usa sobre quem não conhece. A curiosidade mattou o gato e matta gente também.
Talvez alguns fumantes que façam uso de dois maços por dia, se privados repentinamente de seu tabaco, possam sim partir para um ato de extrema violência contra o próximo. Como diria o Pepeu, o mal não é o que entra mas o que sai da boca do homem.
Consumo de drogas, tiroteios e corrupção, ingredientes indispensáveis no sopão carioca que serve de alimento para grande parte da população da Cidade Maravilhosa e adjacências. Tire um destes componentes e grande parte desta gente asquerosa morre de inanição. Sem consumo não há tráfico, sem tiroteio não há popularidade de polÃtico e sem corrupção não há impunidade.
Ok, legalizadores. Querem legalizar o crack também? Sempre existirão drogas cuja legalização não é possÃvel, então sempre haverá tráfico. Legalizar não ajuda nada. Ao mesmo tempo que existe uma forte campanha pra coibir o cigarro, querem liberar outros produtos ainda mais nocivos?
Eu particularmente sou contrária à legalidade do comércio, por doi motivos: a) por eu simplesmente não consumir drogas ilÃcitas; b) é mais compensador aplicar recursos públicos na repressão ao tráfico ilegal e na recuperação de viciados do que ser vÃtima de algum ato criminoso (doloso ou culposo) em decorrência do uso de entorpecentes por outros, partindo do pressuposto de que haveria uma ampliação do número de consumidores com a liberação, e consequentemente, as chances de eu ser atingida.
Parabéns ao Hélio. Temos que debater o assunto e não fazer como a PM paulista ao reprimir vozes da Marcha pela Legalização, ano após ano. A proibição só beneficia traficantes e policiais corruptos, além da indústria de armas, é claro. Al Capone que o diga. Luz sobre o tabu é o que precisamos e Hélio - entre outros - faz sua parte.
"Acho que lugar de bahndido perigoso é a cadeia mesmo e defendo a legalização de todos os entorpecentes".Hélio, até vc com esse discurso empÃrico academicista?O senhor já foi a Holanda?Já foi a Suiça? Nesses paÃses a mahconha é liberada desde 1976 e, até hoje, nunca teve resultados práticos e até piorou algumas coisas lá.Inclusive, "seo" Hélio, esses paÃses estão pensando sériamente em proibir de novo.Ou seja, enquanto uns querem novamente proibir, vamos liberar?Um bom contrassenso, não é?
Mr Gomes...estive na Holanda e na Espanha, entre outros, e lá funciona bem - ao menos no que diz a canabis. Não se fuma em locais públicos. Na Holanda, nos coffees, e na Espanha cada usuário pode cultivar quatro pés na panta para seu consumo. Quem quer fuma e todos ficam bem - usuários e demais. Deu certo sim!
Leniéverson, leia o texto com um pouco mais de atenção e veja que ele diz explicitamente que não adianta liberar a McConha e manter a proibição à coc@in@ e à h&roin@ por exemplo. Não existe nenhum contrassenso, concorda?
Excelente texto. Parabéns, tanto pela formulação de argumentos concisos, como pela coragem, que infelizmente ainda é necessária, por escrever sobre o tema de forma tão aberta.
Muito tem se falado da violência do Rio, muitas crÃticas tem sido feitas a cidade, agora o que muita gente esquece ou não quer admitir é que a violência urbana está presente nas grandes cidades brasileiras, será que violência, drogas, tráfico, comunidades em conflito só existem no Rio? Ou é falta de informação ou uma tendência em esconder e omitir os fatos que também acontecem em suas cidade, lembrem-se, quem tem telhado de vidro não pode jogar pedras no vizinho.
Lúcido e interessante,o texto desliza ao dizer: "Nem eu nem ninguém que acredita um pouquinho na razão tomaria parte num contrato social no qual renunciaria a decidir o que pode ou não ingerir." Inúmeras proibições alimentares em contratos sociais não estão associadas à drogas. Tente uma pessoa que acredita na razão oferecer um banquete de carne humana para ver o que seus pares dirão. Por esse raciocÃnio não poderiam existir nem mesmo remédios controlados.
(cont) Nemficção, mas ilusão. Uma vez que suas regras são reflexo de um momento especÃfico da sociedade (atos c/status de crime podem vir a ser tolerados no futuro).A vontade do indivÃduo sempre será irreprimÃvel, nem ditaduras conseguem por completo abater a vontade individual.Porém, nada impede que tal exercÃcio de vontade seja repreensÃvel e punÃvel.O prejuÃzo à sociedade ensejador da proibição varia em função do que cada sociedade(democrática ou não) considera danoso à sua "existê
Creio q não me expressei direito. Em seu exemplo, o condenável não é o objeto ingerido, mas sua obtenção. Consumir um mico-leão falecido de causas naturais pode até ser repugnante, mas não é nem moralmente, nem legalmente condenável. Já consumir um humano falecido de causas naturais seria ambos. Era a isso que me referia, não à um ato de violência contra a pessoa. Ainda que sem a violência meu exemplo seria condenado pela sociedade. O "Estado de Direito" é apenas um reflexo, uma ficção colet
Igor,o argumento do Hélio não tem nada a ver com isso. Esse seu exemplo é de natureza antropológica. Não se pode repreender aquelas sociedades cujos códigos morais permitiam a alimentação com carne humana. No Estado de Direito que o Hélio defende isto configuraria crime (assassinato e ocultação de cadáver, p.e). Agora, o direito de escolher o que consumir é irreprimÃvel, conquanto não cause prejuÃzo a outrem ou à sociedade. Daria como exemplo o consumo de churrasco de mico-leão-dourado. Abs
Hélio, Excelente teu ensaio (assim classifico a análise feita por ti) sobre a violência e o tráfico de entorpecentes. Abordaste o problema sem apelar para a fácil opção por uma ou outra radical alternativa: proibir reprimindo ou liberar geral. Mas no Ãmpeto de mostrar as imperfeições do comportamento humano lançaste a sentença "...pelas quais nossos cérebros pessimamente projetados têm uma fraqueza muitas vezes fatal". Agnósticos não acreditam em projeto do Homem e do cérebro
Com todo respeito à opinião alheia, o autor revela-se como o tÃpico modernista cuja única proposta de solução para os problemas sociais é que a sociedade se sujeite a eles prórpios. É o tÃpico ditado de um tÃpico perdedor: não pode contra eles, junte-se a eles. Mais tarde o mal legalizado bate à sua porta, e você pergunta: porque? É muito fácil dizer que cada um deve ingere o que quer. Mas o uso de drogas - ilÃcias/não - vai muito além do viciado. Afeta a integridade moral e fÃsica da socied
Alan, o melhor exemplo que temos é os EUA. Eles nunca "juntaram-se a eles" e já consumiram fortunas incalculáveis para resolver a questão das drogas, mas continuam sendo, com uma folga descomunal, o paÃs que mais consome drogas.
Pois é, Alan. Se cada um decide o que ingere, deve também assumir as conseqüências, não acha? Por isso, à proposta de legalizar a droga, digamos que o usuário convicto de droga deveria pagar do seu bolso o tratamento (certamente) necessário mais tarde, não? Ou então, fazer o depósito prévio do valor da eutanásia e incineração dos cacos, não? Eu, decididamente, não me prontifico a pagar os gastos de médico para um cwrtidor contumaz dêsses fumacês! E você?
Não tenho nada a acrescentar ao texto. Excelente artigo.
Está longe de a bandidagem se contentar só com o rendoso negócio das drogas; de modo que sua atuação criminosa é bastante diversificada. Como bem dizia Dom Corleone: "se não entrarmos nesse(s) ramo(s), outros o farão". É onde sobra para a população em geral sob a denominação genérica de violência urbana. Para que ela redobre, tudo é pretexto: tanto a legalização das drogas, como o acirramento da repressão. Ou não precisa haver pretexto algum.
O texto do colunista,como sempre, é muito bom.Nunca usei drogas ilÃcitas a não ser,na juventude,alguma cachaça mineira,cujo fabricante não pagava impostos. A idéia de legalização,defendida pelo autor, deixou-me animado.Talvez sob o efeito da canabis possamos encarar,com mais tranquilidade,nossos telejornais exibindo os companheiros de poucos dias atrás se degladiando por cargos ou o governador que paga salários de novecentos reais de salário a seus policiais se gabando de conquistar o
Existe, sim, uma experiência limitada em legalização do consumo de drogas, na Holanda (ou PaÃses Baixos, como se queira). Os resultados foram os esperados: a grande maioria da população não foi afetada. Penso que a legalização definitiva das drogas terá que vir dos Estados Unidos - de lá, transmitir-se-á em cascata para o resto do mundo.
Muito boa a coluna. Duas considerações: 1-Existe uma multidão que vive e recebe para discutir o problema. Imprensa, polÃcia, polÃticos, médicos,...não sei de que lado todos estão. 2-Legalização é balela, o consumidor comprará o mais barato, sem imposto e sem identificação. Tentaram na Holanda e desistiram, só piorou o que era ruim. Não se iluda, o consumidor vai continuar roubando a TV da avó e trocar pelo pó. Pergunte ao povão que vive o drama, não ao sociólogo.
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