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francisco lopes
Faz-se tanto barulho em torno do nome de Bolaño que eu, que leio muito, sinto que estou perdendo alguma coisa. Mas nem tanto assim, talvez. As modas literárias, como todas as outras, são muito exaltadas enquanto duram e, claro, passam. Leio o que me dá na telha, e continuo lendo Borges, Llosa, Machado, todos os outros latino-americanos, sem problema. Os clássicos são sempre atemporais, informam-nos sobre a realidade em qualquer época.
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Tiago
afinal, ele não perde o humor a ironia, apesar de tudo... e tampouco concordo que ele seja prolixo e confuso... acho impressionante a forma como ele narra e constrói sua trama... não creio que um romance como 2666, com mais de mil páginas, tenha algo de prolixo e confuso, muito pelo contrário, considero muito bem conectado... fico feliz que Bolaño seja "modinha", pois pra mim clássico empoeirados e distantes da realidade que são "cult", ou "pseudo cult"... o mundo muda e os autores e livros
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Tiago
Não acredito que os jovens leitores e escritores têm (temos) lido menos que no passado... ou talvez tenhamos realmente, afinal o mundo contemporâneo nos traz uma avalanche de informações e os mais variados tipos de coisas com os quais podemos nos entreter, estudar, pesquisar etc... realmente fica difícil ler um clássico que geralmente não tem muito a ver com a nossa realidade... Bolaño, por sua vez, nos traz esse mundo contemporâneo que vivemos, cheio de tensões, dores, angústias, alegrias..
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