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Bruno
Sugiro à Sylvia ler a História do Brasil com Empreendedores, de Jorge Caldeira. Está lá com minúcias a gênese do pensamento de Caio Prado Jr. que, entre outras coisas, escreveu que no Brasil colonial quem não trabalhava para o tal latifúndio exportador vagava pela terra sem ter o que fazer. Essa linha e meia foi tudo o que o Caio Prado Jr. escreveu sobre como vivia e o que fazia a maior parte da população. Pode ser até que o Leandro não tenha lido o CPJ, mas eu li bastante e por anos acredit
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Hercilio Silva
Não sei se é por causa da ditadura ser um passado recente no Brasil, que seus apoiadores e executores ainda se movem para tentar justificá-la. Para esclarecer isso lembro uma fase que os apoiadores do golpe de 64 gostavam de citar: sempre disseram que a história é escrita pelos vencedores. Concordo com isso, eles foram derrotados e agora querem evitar que os vencedores escrevam a história, ficam ameaçando e estrebuchando para evitar o julgamento da história, eles perderam e que
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raphaelperico
É muita coincidência ler essa réplica-tréplica ao mesmo tempo que estou lendo "Formação do Brasil Contemporâneo". O que esse autor fala é de uma preguiça sem tamanho, que denota uma "leitura da leitura da leitura" sobre tão importante obra histórico-literária. É triste saber que, nessa era da informação, os leitores se conformam com polemistas que investem no "você sabia", em vez de lerem os clássicos como Caio Prado, que baseia sua obra em múltiplas referências, não no simples "gotcha!" /p
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Bruno
Parece que, quando mencionam o Caio Prado Jr. estão falando de alguém infalível, uma espécie da Papa da História. E a colunista disse que o pensamento do Caio Prado tem nuances... Não tem não, é latifúndio exportador como dogma fundamental, com escassas evidências fornecidas. Lembra a história das esferas que Galileu jogou da Torre de Pisa. Como caíram ao mesmo tempo, contrariando Aristóteles, o experimento provocou pane mental nas Sylvias daquele tempo - disseram não crer nos próprios olhos
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Marcelo Silvestre
"Geralmente a turma da direita me adora (o que me deixa cheio de orgulho); a turma da esquerda me odeia (o que me deixa cheio de orgulho)" Isso deveria ser visto como um óbvio indicador de que a obra do autor é enviesada pelo seu próprio partidarismo político. Assim, a leitura de seu livro deve ser feita levando-se em conta que é um panfleto ideológico, não um livro comprometido com a história.
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lucmes
Sylivia, parbéns pela tréplica. O autor do guia foi reduzido e também as ironias que ele dirigiu a você.
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MARCO ABREU
Como diz George Orwell, a história é escrita pelos vencedores. Fui criado e instruído na escola e na faculdade com a versão "oficial" dos fatos. Mas muitas coisas sempre me incomodaram na história do Brasil e do mundo. São peças que não se encaixam. Mas desqualificar o que foi escrito, a mim não me parece uma boa alternativa. Não li a obra em questão e até compreendo seus méritos. Mas para alguém que se propõe a reescrever a história, conhecê-la primeiro, no meu entender, seria essencial. /
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Vermelho
Como professor de História, mais uma vez, parabenizo Sylvia pela sua argumentação objetiva e pertinente. A obra desse rapaz é rasa, jocosa e não acrescenta nada que interesse ao estudo de nossa história; muito ao contrário infla preconceitos em suas abordagens. O livro não se preocupa com a História, é apenas uma tentativa de fazer Humorismo.
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Juan
concordo que a argumentaçao da Sylvia é pertinente e objetiva, mas o espaço que ela cede mostra que não entende o livro do "rapaz" como uma tentativa rasa de fazer humorismo, mas sim uma releitura, ou melhor, uma reconsideração interessante de alguns fatos e entendimentos da história do Brasil.falta certamente mais profundidade em seus estudos, masa oposição e discussão são extremamente saudáveis, e o "descredenciamento" imediato de pontos de vista divergentes é que caracteriza sério preconc
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SENNA
De tudo um pouco vaidade e preconceito... Mas não deixa de ser uma boa iniciativa trazer a público idéias diversas nem sempre contraditórias. Concord o que é necessário mais embasamento histórico para que nós, leigos leitores, possamos ter parâmetros para nossas opinões acerca dos temas debatidos.
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alexrios
Um "embate" muito interessante. Sinto falta de acompanhar discussões desta natureza na imprensa. Atualmente parece que é "politicamente incorreto" divergir, debater temas neste formato. Parabéns a ambos pelos argumentos... Sylvia, só uma coisa, você escreveu muito bem sobre a questão dos comentários jocosos (Argentina), mas eu entendo ambos. Acho que falta essa irreverência meio irresponsável hoje. É uma coisa irritantemente deliciosa...
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