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fernando queiroz
Finalmente ! O que a professora faz é incluir outras faixas sociais, outras formas de se comunicar. Incluir é o melhor e mais curto caminho para a paz e tolerância entre as pessoas. Não ensina que "nós vai" é certo ou errado, mas que a comunicação tem sua importância. E outra coisa: é apenas um livro entre tantos outros de acordo com a norma culta. TEu já tinha desistido de ver uma opinião favorável...mas fiquei feliz de ver que como o Hélio pensa. ALiás, é sempre ele que surpreende. Cabeça
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Angelica
Sou da Baixada Santista e naquela região é comum o uso do tu, por exemplo: tu foi na aula ontem?Nunca precisei aprender que essa forma de falar era possível , mas Tenho orgulho de dizer que estudei em escolas públicas e passei no vestibular de uma faculdade pública sem nunca ter frequentado um cursinho preparatório. Acertei 91,66% das questões de português e tirei 8 na redação. Naquela época nossos livros e professores ensinavam gramática e literatura.
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palomino
Você é mesmo muito inteligente, Angélica. Amplie seu conhecimento sabendo que a variedade usada na prova do vestibular não é superior à falada nas ruas, mas apenas diferente. Essa variedade é adequada aos contextos formais - como o vestibular. É isso o que a autora explicou - corretamente - na famigerada única página exposta na mídia do seu livro. O resto do livro explica a variedade padrão, para auxiliar mais alunos a serem tão bem sucedidos quanto você no vestibular.
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karl_br
aham... como se vestibular fosse uma forma exemplar de medir conhecimento...
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jose rosito,jr
Lamentavel o texto do articulista,lí,relí e não consegui entender qual o propósito de tanto espaço,palavras,citações.A questão básica é que o povo brasileiro,ao menos nas escolas,tenham uma referência um ponto básico da forma correta de se usar plurais,concordâncias,estudos de gramática p/ construção de frases.Variações foram e sempre serão usadas em todas as linguas no mundo todo,mas é preciso um referencial um ponto de partida da lingua que deve ser usada.
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S. Servollo
Vamos começar a desmascar os reacionários fanáticos por uma gramatiquinha correta e limpinha. Coisa que "gente diferenciada" não consegue dominar. Primeiro Sr. José, o verbo "ler" não leva acento na conjugação utilizada pelo senhor, assim como "reler". Depois, para alguém tão preocupado com a norma culta, o Sr. deveria cultivá-la em seus textos, respeitando a pontuação correta, com a indicação de finais de sentença e utilizando adequadamente a vírgula! "Nóis erra mais somo coerente, viu?" /
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Thiago Iverson
José Você não está compreendendo a dimensão social da língua. Sugiro a leitura do clássico "Preconceito Linguístico", de Marcos Bagno. Ele vai te ajudar a elucidar o texto do Salomão.
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R.Camara
Desculpa, parei no "O pessoal pegaram pesado"
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Maurilio
Prezado Hélio, desculpe, mas creio que "nestas" questão você derrapou feio. Você e todos aqueles que confundem a língua falada com o aprendizado da gramática. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Se a autora do livro tivesse apresentado o seu conceito em uma palestra, por exemplo, tudo bem. Agora, apresentá-lo em um livro do MEC que vai usado por milhões de alunos do ensino básico vai simplesmente condenar essas pobres criaturas a falar errado pelo resto da vida.
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Alcides Conveti
Texto perfeito. Os que estão discordando e dizendo que o articulista defende o fim das escolas ou que o português correto é apenas para brancos de olhos azuis simplesmente não entenderam o texto. Justamente esses mostram quando é que uma boa escola faz falta. Outra coisa que chama a atenção é o fato de que os que mais criticam o Schwartsman são aqueles que mais escrevem errado segundo a gramática normativa. Abraços a todos.
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Fernando
Alcides, obrigado pelas palavras, eu procurava um jeito de dizer o mesmo, só faço uma ponderação a mais, sobre a cultura da opinião na internet. Se há espaço (e algum anonimato), há pessoas escrevendo a primeira bobagem que lhes vem à cabeça. Nada contra, só acho necessário pontuar o fenômeno. Em tempo, algumas críticas parecem realmente interessantes, mas com o limite de caracteres não há como saber se procedem. Na soma, até nos comentários esse espaço é muito acima da média do jornal. Abra
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alquimista
Nada disso, meu caro. Nasci na zona rural, convivi anos com pessoas simples - que falavam "nos foi lá ontem". Mas essas pessoas, quase todas com muita sabedoria, (sobre o tempo, natureza, animais, plantas, etc.) falavam assim porque não haviam aprendido a norma culta, pois não puderam ir à Escola. Tenho irmãs professoras de escolas públicas e sei da gravidade do problema. E digo, com convicção: é preciso ensinar a norma culta na Escola, respeitando o falar popular, adequado à informalidade.
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Átila Neves
Como sempre, ótima coluna e comentários que me deixam na dúvida se devo rir ou chorar. Os mais interessantes são sem sombra de dúvida os que discordam do livro e da posição do articulista mas escritos com erros que são gafes da etiqueta linguística que dizem defender. Eu sei quando utilizar linguagem formal ou não. Como bom mineiro, digo "Que quês cara tão fazeno?". É errado? Em contextos informais, em Minas, não. Num discurso, é óbvio que sim. O problema de Lula é não falar conforme
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alquimista
Também sou mineiro e entendo o "mineirês". Na conversa informal falamos da forma exemplificada. Mas é necessário aprender a norma culta e saber utilizá-la. É inadmissível que jornalistas e profissionais da comunicação falem ou escrevam "Tinham dois jogadores dentro da área" ou usem expressões como "A nível de", "A gente fomos". E na Escola deve ser ensinada a norma culta. Dominando a norma culta o indivíduo pode reiventar a língua, como fez Guimarães Rosa.
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alquimista
Caro Hélio, Muito bem elaborada tua argumentação em defesa da linguagem, em detrimento da norma culta de se falar e escrever. Mas tua tentativa de justificar o surgimento das neolatinas não se sustenta. A morte de uma língua, com normas e vocabulário aceitos pela maioria, começa quando se aceitam transgressões e barbarismos como naturais e inatos. Nos países da língua dominante hoje - o inglês - aceitam-se os neologismos, mas na escrita e nas escolas regras rígidas continuam send
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Laécio
Artigo inconsequente, reduz os humanos a bichos falantes presos a uma natureza inata, sem possibilidade de evolução cultural. Já pensou se se eliminasse a noção de certo e errado na língua e cada qual falasse e escrevesse como bem entendesse, sem atentar para "regras arbitrárias" (toda regra é arbitrária, do trânsito à gramática, mas nem por isso se abre mão delas)? Com o tempo a mesma comunicação inviabilizar-se-ia. Regras são fundamentais para dominar a natureza em benefício da humanidade.
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S. Servollo
Creio que nenhum dos senhores leu o livro. Não há um só parágrafo da malfadada publicação que pregue o fim da gramática. O que a autora menciona é apenas o fato "óbvio e uLulante" que existem outros falares no Brasil e que não é erro falar "desses jeitos", já que a função primeira da fala foi atingida: a comunicação. O que se deve deixar claro na escola é em qual situação cada variante deve ser usada.
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alquimista
Você tem razão quando diz que qualquer regra é arbitrária. E a vida em sociedade é cheia de regras; com a língua não há de ser diferente: se não houver regras, daqui a pouco cada cidade ou região do País terá um dialeto e este não será entendido por pessoas doutras regiões. Olha que lutei pela democracia e defendo o direito de cada um se manifestar. Mas essa permissividade e abolição da gramática é perniciosa.
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Paulo
Péssimo texto. Falou, falou, falou e não conseguiu defender o mérito. Transformou algo simples em complexo, usando alguns argumentos absurdos, inclusive um preconceito mal disfarçado. Machado de Assis não era branco, nem tinha olhos azuis.
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Alcides Conveti
Paulo, procure ler Machado de Assis de verdade, e com atenção, e verá que ele "erra" muitas vezes em seu texto. São dele, por exemplo, os mais bem feitos anacolutos, recurso que considerado erro do ponto de vista da gramática normativa. Machado tinha consciência de que "errar" não é sempre um problema. Abraços.
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Sério
Em poucos lugares do mundo a língua falada é idêntica à escrita. Se o MEC quiser servir de umbrela para as variantes da língua, terá que arcar com o ônus de identificar e tornar oficiais todas as línguas nacionais, incluídas as indígenas. Aí verão que essa preguiça estúpida de encarar a língua portuguesa é fichinha comparara com estoutra tarefa. A próposito, alguém sabe que o mirandês é uma das três línguas oficiais de Portugal... Honestidade ainda não se vende em bodega ou supermercado. /p
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Urb
A Gramática Normativa não se traduz apenas em regras estilísticas, como defende o autor do texto; há todo um sentido de comunicação, derivado da linguística, na elaboração de certas normas. Do modo que o autor coloca, fica a impressão que a gramática é somente um amontoado de frivolidades elegidas pela elite dominante de certa época.
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foobar
Quem fala português correto são os brancos de olhos azuis? Forma eles que trouxeram o portguês para o Brasil? Gozado, aqui em portugual não tem quase nenhum loiro de olho azul. ah já sei, estão todos no Brasil!
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Elcabongy
Faltou a explicaçao óbvia: se falar e escrever errado está "certo", o que que professores e alunos de português estao fazendo na escola? Poderímos economizar dinheiro e tempo e ensinar geraçoes futuras técnicas de limpeza doméstica com utensílos de última geraçao ou cursos avançados de malabarismo em semáforo. Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Proposta ao colunista: passar a escrever seus textos de forma errada (porém certa!) e veja como fica o contrato com a FSP e a audiência.
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MARX Golgher
Se dermos razão a Schwartzman e Chomsky, aprovando a tese que os homens "já nascem com uma capacidade inata para o aprendizado linguístico. É a tal da Gramática Universal", passa-se a não se entender por que o "homo sapiens" complicou tanto a sua comunicação, criando tantas linguas cultas, com tantas gramaticas normativas, tanta "inutilidade racista", quando poderia usar um "nois vai" inato, universal comum a todos seres humanos, sem exigir aprendizado algum mental para entender o out
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Fernando
Thiago, melhor explicação impossível. Bom ler esses comentários (do Marx também, por levantar bem a questão). Parabéns aos dois.
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Thiago Iverson
Marx O autor explica porque "o homem complicou tanto a sua comunicação" ao demonstrar que tais complicações são oriundas de uma necessidade de diferenciação social, entre aqueles que dominariam tais complicações (regras da norma culta) e aqueles que não dominam. O que o autor defende é que, do ponto de vista evolutivo, o que realmente importa é a inteligibilidade da comunicação, sendo que as normas gramaticais têm apenas um papel secundário. Aliás, ele tem toda razão! /
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Osmar F. P.
Esses intelectuóides e suas teorias me cansam. VIVA O TIRIRICA! VAMOS TODOS FALAR COMO ELE! TIRIRICA NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, JÁ!!! E VIVA O BRASIU-IU-IU!
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Flávio Malhadas
Você tem razão, Hélio. Vamos abolir das escolas o ensino do português, assim como nos anos 60 foi abolido o ensino do latim. Quanto tempo eu perdi estudando... Afinal, "matar o rei não é crime", sem qualquer pontuação...
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Gabriel
Caro Hélio, Parabéns pelo texto. Finalmente, uma visão clara e desapaixonada acerca do tema nos alfarrábios da grande mídia.
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Vitor sincero
Parabéns! Deveriam ler esse texto na tribuna da Câmara e do Senado!!!!!! A discussão acerca da gramática normativa e do preconceito linguístico são muito profícuas! Ficar decorando normas gramaticais não adianta nada se não nos envolvermos com a língua em seu todo, para além dos maniqueísmos. Parabéns novamente pelo texto!!!!!
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Tietri
Sou obrigado a discordar do articulista. A confusão gira em torno do fato de que o livro didático em questão não é um texto de linguística. O querido Hélio forçou a mão ao invocar Chomsky e outros para justicar o relativismo, não era preciso tanto, pois a questão é que o coloquial é aprendido em todos os lugares, cabe à escola, apontando erros, instruir sobre a gramática normativa, que é arbitrária sim, assim como dura lex sed lex. E esse negócio de preconceito linguístico é puro coitadismo.
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JB
Perfeito. É exatamente esse o problema, ninguém tem nada contra o coloquial, mas as crianças deveriam ser poupadas de questões sociolinguísticas, elas só precisam aprender a escrever direito. O coloquial se aprende em casa, na rua, em todo lugar; a escola deve ensinar a norma culta, que é uma poderosa ferramenta para a vida, além de uma grande fonte de prazer. Mas os pedagogos perdem tanto tempo sentindo pena dos alunos que não descobriram ainda como lhes ensinar português.
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Alexandre Sansão
Diga-me, meu caro: De onde tirou esse conceito de certo e errado? Qual o seu medo? Normativo como contrário a patológico? De onde vem as regras? Por que gramática sim e lingística não? Por que usar teorias do século XVII se a nossa língua é o "vice troço do sub treco"? A "última flor do lácio" era a decadência latina. O que fazemos, nós linguístias e educadores, é ensinar a língua, contando verdades, ou discutindo conceitos... Omissão que é coitadismo!
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mirian souza
Negativo. A escola é lugar de se debater de tudo. E aprender a norma culta fica mais fácil quando temos maoir noção de onde nos situamos em termos de linguagem. Aliás, todos os conhecimentos ficam mais fáceis de serem apreendidos quando partimos para uma reflexão mais ampla de todos os aspectos que envolvem aquele conhecimento. Sua fala expressa rigidez e conceitos antigos de como se aprende. Não tem nada de coitadismo, preconceito linguístico só serve para emburrecer quem o pratica. Sai des
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Gláucia Nascimento
Hélio, muitíssimo feliz o seu texto! Parabéns pela bela e CORRETA reflexão, principalmente porque baseada em fundamentos científicos. É assim que se faz! Acho que é necessário respeitar a ciência e os cientistas. Criticar, positiva ou negativamente, posturas calcadas em anos de estudos sérios exige no mínimo tomada de informações. Seu texto é, na verdade, uma aula. Espero que os leigos aproveitem bem. Gláucia Nascimento, professora da UFPE e linguista.
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Domênico Scandella
Esquece esse temor todo, meu rapaz. Nec spec nec metu e vai dar tudo certo, Tietri.
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palomino
O livro não se perde a ensinar outras variedades linguísticas. Ele ensina só a variedade padrão (quem duvidar, que leia o resto do livro). Ensinar as outras - muitas - variedades do Português é inviável. O que o livro explica ao aluno é o fato científico de que a variedade padrão não é a única variedade certa, mas sim uma variedade adequada a certos contextos. Outros contextos exigiriam outras variedades. Nas outras aulas seguem explicações sobre a variedade padrão. O livro está corretíssimo
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Tietri
Olá Thiago. O coitadismo é um subproduto do quimérico marxismo-cristão. Afirmar que a gramática é um instrumento de poder é típico dessa ideologia. A inobservância das regras gramaticais é apanágio tanto dos coitadinhos quanto da elite malvada que os explora. Se a gramática é uma questão de elegância, podemos dizer que a deselegância não escolhe classe social. Ainda que não seja estritamente necessária, a norma culta protege a língua da proliferação de idioletos e deve ser ensinada nas escol
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Izabel Barbosa
Apenas não usaria o termo "apontar o s erros", já que se fala muito de preconveito linguístico e tudo mais, que também, tenho que concordar, é puro coitadismo. Acho que linguagem falada é uma coisa e linguagem escrita outra, com regras e normas que de preferência devem ser seguidas até para uma melhor compreensão de um texto. Esse assunto ainda vai rolar muito e tenho q impressão de qu não vamos chegar a conclusão alguma, como a pessoa mais abaixo disse, tudo no Brasil vira discussão...
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Thiago Iverson
Tietri O conceito de preconceito linguístico não é "puro coitadismo". A imposição da norma culta como sendo "a correta" é que determina uma forma de legitimar a existência de uma elite supostamente iluminada, superior. Ela é um instrumento de poder. A norma culta não é estritamente necessária. Aliás, diga-se de passagem, a gramática, com todas as suas regras, nasceu na Grécia antiga, com o propósito único de registrar as formas consideradas mais elegantes de expressão dos autor
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Sergiosb
Parabéns. Seu comentário, embora curto, é melhor que a própria matéria.
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Tietri
Justificar... Antes que eu seja vítima de preconceito datilográfico...
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Sukarno
Caro Hélio! Acho que deve se ter em mente que a situação do uso (culto ou não) da lingua portuguesa no Brasil hoje é calamitosa. Não me refiro a trocar virgulas, esquecer acentos!!! Qualquer professor é testemunha que boa parte dos alunos não consegue formular ou entender um texto com mais de 10 linhas. Um livro "didático" , que define erros crassos de concordância como preconceito linguístico, não ajuda a melhorar nada. Discutir as diferenças entre gramática e linguística é assunto pra acad
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Marcelo Silvestre
"Acredito mesmo que, excluídos os ataques politicamente motivados..." Excluídos os ataques politicamente motivados, não vai restar nenhum! É só mais um pseudo-escândalo criado por essa oposição que não tem sequer uma proposta ou um projeto para a educação do país. Quer dizer, até tem: a aprovação automática.
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Everaldo
Prezado Helio, parabéns por relacionar os erros de português com evolução da lingua, que quem faz é quem fala. Sou do interior paulista, Iracemápolis, assim nasci no meio caipíra do dialéto de Piracicaba. Geólogo, sou cético no tocante ao propalado uso e poder de cura das pedras preciosas, pois não curam nada, conforme meu livreto: "A pedra milagrosa na filosofia caipira"; escrito no caipirês, com melhores resultados do na linguagem acadêmica. Vou mandar uma cópia para saber sua opinião. /p
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Eduardo Brito
Estes "(1925- )", "(1928- )"... são de um mau gosto total. Dá a impressão de só estarmos esperando os sujeitos morrerem para completarmos os parênteses.
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Alexandre Sansão
Simplesmente Incrível! Não comento reportagens da internet, mas ao ver a sua, me emocionei. O seu respeito ao leitor, pegando em sua mão e perpassando pelas teorias para que eles possam entende-las foi belíssimo. Houve uma discussão minha com minha mãe de quase uma hora e meia para que ela entendesse essa posição teórica, e você fez o mesmo, usando o seu poder midiático. Que belo mundo teríamos se todos fosse assim sérios! Meus parabéns... me sinto aliviado e esperançoso!
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Bruno
Penso que a tal professora não refletiu sobre linguística e não necessariamente quer condenar as crianças à ignorância. Penso que ela faz parte de uma corrente (muito identificada com a esquerda política) que se propõe a eliminar o esforço do aprendizado. Daí gente que acha que aprender a ler só aos oito anos é perfeitamente normal e merece até aplauso, que acha decorar a tabuada uma infâmia e que é, de um modo geral, contra qualquer coisa, como provas, que exija esforço.
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Aldenir
Parabéns, Hélio! Esta semana me deparei com uma execração pública em função do referido livro. Fiquei pensando sobre o fato, sem, no enanto, ter uma opinião completamente formada, muito embora soubesse que precisaria refletir sobre a questão antes de condenar ou absolver. Seu texto preencheu a lacuna que me faltava. Está muito claro e com bastante lucidez traz esclarecimentos essenciais. Fico feliz com a coragem da autora do livro e também a sua, que ousam discutir padrõ
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joaquim luiz Mendes de Almeida
Mais que isso, se considerarmos q o livro servirá (ou já vemservindo) de texto didático sobre a Língua Portuguesa, então fica mais flagrante ainda quesua defesa da obra não passa de um exercício de virtuosismo lógico, ben a gostodos antigos sofistas que se gabavam de ter tantos argumentos a favor quantos contrários a qualquer tese. Isto não fica bem para um bacharel emfilosofia, não tenho prazer nenhum em dizer.
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Ricardo
Ainda que muito limitada conceitualmente, é louvável a manifestação deste colunista.A questão que a linguística se preocupa, no âmbito da alfabetização, é como tornar viável a relação da lingua falada e a escrita.Não me parece crível dizer que está correta a supressão das marcas linguísticas de numero na construção de enunciados escritos.Não irei, contudo, criticar o material didático por desconhecê-lo. PS:Que tal ler Bakhtin, Schuartsman?
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joaquim luiz Mendes de Almeida
Uma defesa do "erro" deportuguês ñ leva em conta aquilo q considero mais fundamental na cultura de umpovo, a saber, sua história. Ao "sacar", fora de qualquer contexto, atal "gramática natural", genial construção do tb genial linguistaNoam Chomski, vc está, desculpe dizer, utilizando-se de argumentoscontrabandeados para tentar deitar por terra toda uma riquíssima e importantissima história
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Maria
Odiei lê essa matéria... vou acender umas vela para esses povo
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Charles Krause
Nem todos têm a maturidade ou a vigilância de seu discurso. É, pois, fundamental que tenhamos sim, não somente duas formas de falar ou escrever, mas várias. Porém, o que vejo em salas de aulas e tenho relatos é que, nem professores e muitos menos alunos usam regências ou concordâncias verbo-nominais adequadamente. Uma vez que a sala de aula é o o local de correção de qualquer conhecimento empiríco, esta tentativa de validar o erro nesse ambiente é totalmende descabida.
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Larissa Tenório
A verdade é que não existe certo e errado na língua. O que acredito é que cada cultura tem seu modo de falar e se expressar, como se pode ver, inclusive, nos vícios de linguagem tão recorrentes em nosso cotidiano. O certo é que as crianças devem aprender a usar adequadamente a língua e a gramática, saber se portar verbalmente nas mais diversas situações. Se o ambiente pede uma linguagem formal eles também devem ser ensinados a isso.
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Lootsmann
As línguas românicas deixaram as desinências posicionais do latim, sim. Mas conservaram ou desenvolveram outras. Este é o caso das terminações número-pessoais e modo-temporais. E ficaram mais analíticas do que a língua-mãe, como mostra a Gramática Comparativa Houaiss. Outra observação: nem todas as línguas com raiz latina simplificaram sua ortografia ao deixar o latim. O francês é cheio de arcaísmos na ortografia, e o português conservava vários deles até a Reforma de 1943.
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Meier Ginzel
Tudo por Uma Vida Mais Melhor. Helio, vc continua uns medíocre.
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Fatima
O ilustre escrevinhador tenta com argumentação rebuscada e cheia de nuances de um pseudo conhecimento dar um final na celeuma, porem so revela estar de acordo com tamanha idiotice para tentar ser mais esperto que a maioria.
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José Nunes
Fiquei desconfiado. Por quê o autor só se utilizou de uma tímida frase escrita em heloisês para argumentar e contra-argumentar? Esta mos descontruindo tudo no País. Primeiro, em voga está que civismo é coisa de militar, hino é coisa da ditadura. Depois, desconstruímos Freud e Saussure, afirmando
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N M de França
Tah bom, mas aonde mesmo seu filho estuda? Não sei quem é mais ignorante, os autores do livro ou vc que tenta justificar. Seu texto não passa de um EnRoLeTiOn, muito mal, por sinal!!!
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Lupasan
Ah, gente, como é difícil se fazer entender. Resumindo: adotamos uma chamada "língua culta" sobretudo na escrita formal, para produçao de textos, de livros, de documentos, etc.. Fora da escrita, mesmo profissionalmente, já não "falamos" mais a língua culta. Temos, portanto, a linguagem formal para a escrita, não necessariamente no uso literário, que é inovador. E a linguagem coloquial para o dia a dia, variando com a região, com a condição sócioeconômica, com o grupo social, etc.. É s
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Rodrigo Alves
Olá, Hélio! O que acho mais engraçado no Brasil é a preocupação que dedicam à educação quando há casos como o ocorrido agora, do "erro" de português no livro didático ou em casos anteriores, como o conto de Ignácio de Loyola Brandão (Obscenidades para uma dona de casa) ou mesmo o livro do ilustre Monteiro Lobato (Caçadas de Pedrinho). Nada pode ser descontextualizado, sem um objetivo definido: ao entrar em sala de aula, o professor deve ser o mediador entre o objeto de estudo e o alun
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André Vinícius
A Linguística como uma ciência não vem para reafirmar aquilo que o senso comum não cansa de repisar sem a mínima reflexão, mas para confrontá-lo e fazer as pessoas enxergarem que muita das nossas crenças são irracionais. A língua quem faz são os falantes e por isso não tem lógica taxar de errado aquilo que a maioria diz, inclusive "letrados". Será que devemos parar de falar: "Têm árvores na praça" só porque a gramática diz que o verbo ter não pode ser usado no sentido de existir?
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Fernando
Perfeito! Nada a acrescentar ou diminuir, perfeito!
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ms
A questão não é linguística, e sim política. Tradicionalmente, as elites usaram a língua como instrumento de poder, e agora os "oprimidos" estão tentando tomar esse poder para si. Até aí, nada de novo. Agora, linguisticamente, a variante de prestígio é a variante de prestígio. Um brinco de ouro é funcionalmente igual a uma bijuteria, mas que mulher não preferiria o de ouro? Por que essa ênfase histérica em dizer que a bijuteria é "tão boa quanto"? Politicagem, só isso.
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Argos
O articulista não deve ser professor de Português...Que pena.
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rsb
Parabéns. Ainda que tenha havido alguma "inabilidade" da autora, é louvável levar para a sala de aula a discussão quanto ao preconceito linguístico e a função da norma culta. Seria interessante que os jornalistas também a conhecessem, até porque a imprensa é muito mais sensível à evolução da língua do que a gramática normativa. Quantos repórteres usam "o carro x entrega a potência esperada", "fulano repercutiu a notícia", "o radialista transmitiu o jogo desde a Arg
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Paulinho
INTÃO, VAMO JOGÁ FORA OS LIVRO E TODO MUNDO VAI FALÁ O QUI QUISÉ E SE O OTRO ENTENDEU, TUDO BEM. E VIVA O LULÊS, É MAIS FÁCIU QUE O PURTUGUEIS!
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Arnaldo
Vamos supor que essa gente "ingnorante" tome o poder, faça uma revolução, destrone as elites... E queira, para se afirmar politicamente, dizer que o certo deve ser o "Nóis vai". E construa um cânone literário, político, jurídico sob essa norma, agora padrão. Passadas algumas gerações, estaremos nós, na escola, a ensinar essa norma como certa e a maldizer os pobres coitados que dizem "A gente vamos" ou "Nós vamos" ou qualquer desvio. O erro, portanto, é mais ideológico que propr
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Ronan
Pobre Brasil. O Hélio "tá" certo. O Lula - com aquele linguajar "top de linha" não foi agraciado com o título de doutor pela Universidade de Coimbra? Então o negócio é deixar essa gente tripudiar em todas as áreas do saber. Aguarde para breve algum militante desse grupo afirmar que 2 + 2 "é" 5. Multiplicar patrimônio por 20 em 4 anos eles já o fazem com grande eficácia. Pobre Brasil.
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Arnaldo
Hélio, nocaute! Acabou com a discussao. Que bom foi ler seu artigo. Estive pensando ontem e hoje: "Ninguém vai dizer algo sensato?" A escola deve, sim, ensinar a norma padrao. Uma vertente bacana nos estudos linguisticos é a análise comparativa entre variantes e ver a diferença entre ambas. Sem juízo de valor. A rigor, não existe erro de português, pois ninguém fala "De quero papai do presente eu Noel bicicleta uma." (Eu quero uma bicicleta de presente do papai Noel)
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Lootsmann
Arnaldo, Dizes, primeiro, que, não há, a rigor, erro de português, nem deve haver juízo de valor no exame das variantes da língua. E aí, na sentença final, escreves: "E José Prado, é TENHA DÓ!!!" Complexidade detected. A uma, porque me parece que caíste em contradição. A duas - e aqui correrei o risco de ser acusado de bulingue linguistico -, porque "tem dó" é válido: "tem (tu)" é a segunda pessoa do singular do imperativo do verbo ter, assim como "tenha (você)" é a terc
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Paulinho
FALOU E FALOU E NÃO FALOU NADA. SÓ BABAQUICE. VAMOS FALAR O LULÊS AGORA? COMO O BRASIL (PT) NÃO CONSEGUE EDUCAR AS CRIANÇAS (ALIÁS O PT NÃO CONSEGUE NADA DE BOM). AO INVÉS DE NIVELAR POR CIMA, VAMOS NIVELAR POR BAIXO. ALGUÉM DE BOM SENSO E DE INFLUÊNCIA TEM QUE DAR UM BASTA NESTA BARBARIDADE QUE ESTÁ VIRANDO ESTE PAÍS. JOGUE FORA ESSE LIVRO LIXO, QUE EU JOGO FORA O MEU DICIONÁRIO AURÉLIO, MINHA GRAMÁTICA BECHARA E MINHAS ENCICLOPÉDIAS, 'E VAMO FALÁ QARQUÉ COISA E O BRAZIR VÁI PROGREDI'.
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jomar vasconcelos
Existem tantas coisas inúteis na língua portuguesa e a "especialista" vai discutir concordância? Tome tento dona! Volte suas baterias para as diversas grafias do mesmo fonema e outras coisas que infernizam o estudante. O porque escrito de quatro maneiras distintas é outra estupidez.
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odilon ferreira
Caro, Hélio! Hoje ouvi uma entrevista na CBN em que uma especialista da língua teve um ataque de ódio contra o livro citado.Apenas um argumento pareceu relevante: o fato de que, ainda hoje, as empresas colocarão em segundo plano o candidato que cometer erros de português. A especialista afirmou que os estudantes de classe média e ricos não seriam expostos a uma proposta de ensino como esta.A especialista disse que não leu o livro, o que, a meu ver, parece um comportamento reprovável.
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Rodolfo Xavier Junior
Eu só espero que não surja uma iniciativa do tipo desta, da área de ensino, na área de saúde. Já pensou se alguém diz a uma criança que ele não precisa seguir normas de higiene, provavelmente porque tais normas foram feitas por gente branca de olhos azuis? Duvido que esta professora seja favorável a que sua filha se case com um rapaz que lhe diga: "nós vai casá, sá dona prefessora". Educação é conquista e não dádiva.
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Ghiraldelli
Hélio, você realmente NÃO sabe do que está falando. As teorias que invocou são justamente as que seriam melhor usadas para defender o contrário do que você quer defender. Você não cometeu erro de escrita, mas de leitura.
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