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Arnaldo
O que fazer em casos assim? Chorar? Se indignar? Falar mal do politicos? Se revoltar contra Deus? Escrever um comentario aqui pra provar que sente a dor alheia? Sei nao. Mas isso parece coisa de classe média com sentimento de culpa. Se nao, provem, todos q aqui estao comentando, e arregacem as mangas e façam alguma coisa. Mas parece q nós ja fazemos até demais: pagamos nossos impostos, trabalhamos, damos um duro danado; e ainda tenho que salvar a vida de um aleijado?
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Remédio Amargo
Caversan, Sua crônica me fez lembrar do poema O Bicho, do Manuel Bandeira: Vi ontem um bicho / Na imundície do pátio / Catando comida entre os detritos. / Quando achava alguma coisa, / Não examinava nem cheirava:/ Engolia com voracidade. / O bicho não era um cão, /Não era um gato, / Não era um rato.O bicho, meu Deus, era um homem.
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Pedro atst
Muito interessante esta crônica, em minha cidade tem uma pessoa que vive nestas mesmas condições e eu nunca tive a curiosidade de conversar com ele, realmente interessante, quanta vida, quanta história ele deve ter para contar, quando encontrar com ele vou parar meu carro e tentar conversar com ele.
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Nanci Lino
Continuacao: "Quanta gente jovem, saudável, bonita morreu neste tempo em que ele, o pequeno homem tronco, seguia seu caminho sobre uma tábua de skate improvisada"? (sic), o jarnalista depois do susto diz se emocionar ao constatar que mesmo com todas as adversidades esse homem conseguir sobreviver. A unica coisa que eu tenho a lhe dizer meu ilustre jornalista é que quando nós escrevemos temos mais chance de rever os nossos proprios preconceitos e corrigi-los para nao caírmos no
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Remédio Amargo
Você não entendeu a crônica, Nanci, me desculpe! Não se deu conta de que o cronista não vê esse homem apenas como vítima de uma contingência social, mas como sujeito do seu próprio destino e, nesse caso, justifica-se o final do texto, em que ele fecha a narrativa, dizendo: "Naquela época ele já sabia, meu Deus, que o seu sofrimento iria durar tanto tempo...".
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Nanci Lino
Eu resolvi parar o meu que fazer, para comentar esse texto que sei que provavelmente nao será publicado, mas, mesmo assim como insistente que sou vou escrevê-lo pela minha indignação. O autor começa o texto fazendo anlogias, na primeira um ser humano é confundido com um "montinho de lixo", que, de tão "enegrecido confundia-se com o asfalto"(sic), depois pela sua deficiência esse é reduzido a um "meio homem ou homem tronco", depois do susto o jornalista desabafa, dizendo, como sobreviveu? /p
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Remédio Amargo
Nanci, O questionamento é coerente com a narrativa. Diante da tamanha precariedade, do alcoolismo extremo que já dura anos, da degradação humana absoluta, o cronista questiona, incrédulo: "como foi possível viver nessas condições?" Não entendi, portanto, a sua crítica.
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oisa
Uma crônica tão bem escrita, tão sentida, que embelezou algo que a primeira vista poderia parecer feio. Foi emocionante ter o privilégio de ler algo tão bonito, mesmo que sentindo que com nosso distanciamento ( as vezes ) nos vejamos (por isso) no lugar do homem que parece tronco, mas que continua seu carma e permanece ali, agora não tão esbravejador como nos anos 90, talvez imaginando, como anteriormente, que seus gritos de nada adiantaram,mas serviram, hoje, para lermos uma poesia.
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Aurea Garcia
Comovente mesmo... o descaso do governo com pessoas assim é estarrecedor..
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