Hoje a sociedade (leia-se elite) sofre de uma falta completa de compromisso com as coisas, inclusive com o que diz acreditar, daí quanto mais "fácil" , mais interessante. É essa nossa triste realidade...

Pondé, você diz "muita coisa pode dar sentido a uma existência precária como a nossa, mas nada se compara a uma religião." O "Ama teu próximo" de Jesus de Nazaré, apelo que dá sentido à precariedade da existência" é, sim, superior ao da religião institucional (sentido implícito no termo). As religiões cristãs institucionais vem sistematicamente bloqueando a vigência do cerne da mensagem de Jesus de Nazaré. Que igreja teve coragem de lavrar à sua entrada o comprometedor, "Ama teu próximo" ?

Poucos ocidentais que se convertem ao budismo vão a fundo na religião ou conhecem sua realidade em países com grandes populações budistas. Não chegam nem na fase do questionamento. Graças à maioria que adere ao budismo light a religião acaba vista como coisa de pessoas que estão bem financeiramente e querem ser politicamente corretas sem muito comprometimento. Muitas vezes vira um jeito de agnósticos terem uma religião, ou uma coisa de hipster tentando ser diferente.

Realmente o Budismo é cheio de obrigações. Talvez mais do que as outras e bem mais complexo. Não é fácil ter compaixão pelo "outro". Talvez a diferença resida numa história menos sangrenta e menos sectária. Pelo menos é o que falam por aí... E não adianta pedir ajuda para ninguém: só nós podemos resolver nossos problemas. Diz-se até que o real budista deixa de sê-lo, quando se alcança elevados niveis de consciência. Tem que ter muita paciência e meditação. E o Budismo cobra isso. Vale a pena

Dizer o que os outros querem ouvir e que agrada a maioria, contradizendo até as proprias convicçoes é fácil! Por isto o Dalai Lama é bem conceituado.