Já foi tarde... O texto da Nina (e o do Marcelo Coelho) estão ótimos! Esse pessoal ainda não aprendeu que quando a gente faz 18 anos temos que responder pelos nossos atos (meus pais me ensinaram essa noção bem antes dos 18). Hoje em dia até parece que respeitar os outros é um pecado de gente otária e chata. Vai entender... Antes o bom era ser esperto (e aproveitar dos otários), agora evoluiu, bom é ser politicamente incorreto (e detonar qualquer crítico, ops, chato).

Paramim, não há ameaça à liberdade de expressão. O que existe é umacobrança ao exercício responsável da liberdade de expressão: você pode falar o que quiser, mas é RESPONSÁVEL por isso. Liberdade de expressão não é ausência de compromisso com a responsabilidade e muito menosnão arcar com as consequências pelo que se diz. Apenas acho esquisitoque tenha sido o comentário sobre Wanessa Camargo que tenhacausado a suspensão, e não a história do estupro, a meu ver, MUITO maisgrave!

Os integrantes de programas de televisão não deveríam esquecer o seu papél de formadores de opinião. Quanto menor o merecimento e o talento da figura em questão maior é o seu empenho em chocar a opinião pública só para aparecer na mídia. Nesse caso o desligamento è mais que justo.

CQC é um dos poucos programas que me faz rir. Sei que não é uma necessidade pra maioria das pessoas, mas rir é uma das minhas necessidades. Pra vocês pode estar tudo bem Turma do Didi, Zorra Total, Panico na TV (que acha q fazer rir é mostrar uma bunda), entre outros.. Então vamos lá, acabem com o CQC, enquanto escrevo esse comentário vejo um banner da Claro aqui do lado -> Eu entendo vocês.. Esse é o Brasil!

O CQC tem um Contexto, quem assiste entende. Que ve de fora não. Marco Luque que não é engraçado pelo que fala, somente pelas caretas e jeito de falar, faz o papel do burro. Taz, o cara que direciona tudo, faz papel do comandante. Rafinha, o cara que é rei nos improvisos e faz as melhores piadas. Faz o papel de mal humorado e o mega crítico. Quem assiste o CQC entendeu que foi um elogio à Wanessa. Ela é mais do que o termo sempre usado no programa "eu comeria", ela é um "eu com

"Politicamente fascista" é um sinônimo perfeito para "politicamente correto". Afinal, esse lance de intolerância com a opinião divergente, o "interesse público" antes da liberdade individual, é a síntese do fascismo. O texto de Nina, quase orgásmico com a punição do Rafinha, é bastante "politicamente fascista". E o que aconteceu com Rafinha nada tem a ver com censura. Somos contra a intervenção do ESTADO. Mas nesse caso, ele foi repreendido pela emissora que o paga.

O mais engraçado é que quando a bola da vez (sem trocadilhos) era a Preta Gil, ninguém viu o Gilberto Gil vindo à mídia ou tentando intervir nos bastidores em favor dela. Mas agora, por se tratar de gente "graúda" da fina flor da publicidade (Buaiz & Ronaldo), o público bate palma por um caso clássico de censura. Num país sério, este caso deveria ser apreciado pelo Poder Judiciário e não pela cúpula nos bastidores.

Rafinha Bos Tas.