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Freud no divã

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  1. Rodrigo Montero

    Sou psicólogo e apesar de não seguir a linha psicanalista, respeito a contribução de Freud para a psicologia moderna. É difícil para as sociedades modernas compreenderem suas idéias. Vivemos um periodo em que a maioria das pessoas funciona em um esquema de raciocino binário, onde o estreitamento de pensamento prejudica o entendimento de conceitos mais amplos. Somos forçados a agir segundo uma lógica cartesiana, sendo que a mente humana não segue uma lógica matemática. Ainda bem

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    1. Carlos Leger Sherman Palmer

      Vide "Neurociência Cognitiva"... O raciocínio não vive nenhum período... O processo de raciocinar é o mesmo... A mente, ou melhor, o cérebro, opera da mesma forma... Sujeito à memória externa de nosso tempo, o desenvolvimento das linguagens, dos métodos... Mas tudo isso valendo-se da "plasticidade do cérebro"... Nossa evolução tem sido o reconhecimento de padrões... E cada vez mais sofisticados... Isso é a inteligência... Que poder ser lógico-matemática, espacial, emocional, cinestésica, etc

  2. Joaquim Auhoad

    Hélio, não pensa que é "natural" que as universidades americanas não tenham um viés psicanalistas? Afinal o controle sobre o comportamento, e o uso desenfreiado de medicamentos é boa parte do que interessa à nação mais rica do mundo. Será pq? Agora, foi realmente lamentável seu comentário acerca de psicanálise e intervenção médica. Confesso que ri horrores. Tanto quanto vc, o autor de um livro que tenta concatenar psicanálise como religião, não podia mesmo saber muita coisa de p

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    1. Carlos Leger Sherman Palmer

      Onfray é francês... Sem essa de uma conspiração científica, anti-Freud, orquestrada pelos yankees, rsrsrsrs...

    2. Carlos Leger Sherman Palmer

      Joaquim, acreditar sem a menor comprovação é um ato de fé... Vale a analogia... Tratar a psicanálise como "clínica", sem a menor comprovação, é bastante sério para os padrões de saúde atuais... Não houve amostragem, não houve método, então não houve nada, além da projeção pessoal de Freud e de mitos, sobre suas conclusões... Somente o fenômeno típificado como devoção a uma causa justifica tal comportamento... Seria comparável a torcer por um time, se não causasse tanto mal...

  3. MARIA SILVIA COLLEN RIVERES

    Uns encontram alívio na missa, outros no divã e outros ainda na ciência. Me parece que aqueles que reduzem o saber psicanalítico a uma questão de fé, o fazem a partir de uma esperança (que não deixa de ser uma questão de fé) no saber científico e colocam sim a ciência como garantia de verdade universal.

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    1. Borges

      Verdade.

    2. Carlos Leger Sherman Palmer

      Deixei de torcer por times de futebol quando percebi que torcia pela qualidade do jogo, pelo fair play, e para o que o melhor vencesse...

    3. Carlos Leger Sherman Palmer

      Comparar conhecimento efetivo com a devoção cega a mitos da Idade do Bronze, denota a sua escassa familiarização com o "conhecimento científico"... Ciência é "tornar-se ciente", é uma atitude, não uma bandeira, ou mais uma religião... É não defender bandeiras por simpatia, é buscar evidências e comprová-las... Se não ter fé é mais um ato de fé, não ter colecionar selos é mais um tipo de coleção... Não ter fé significa dedicar-se a outro processo, mais justo, imparcial, e responsável... É éti

  4. gama

    Este é o problema do Brasil: Os supostos amantes da ciência falam muita nela,mas não produzem nada. Nossa produção científica é pífia.

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    1. Carlos Leger Sherman Palmer

      Geraldo, essa é uma denúncia vazia... O que é ciência pra você??? Ciência é tomar ciência, saber como as coisas "realmente" são... Isso é o melhor caminho para atitudes coerentes e justas... Se vivermos de bandeiras, projetando nossa vontade, não seremos imparciais...

  5. drpeixoto

    Prezado Hélio, em 1999 apresentei no CBP(CONGRESSO BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA) o tema: "A adesão ao remédio". Não há incompatibilidades relevantes entre a Psicofarmacoterapia e a Psicanálise. Há, por outro lado, alopragem tanto da Psiquiatria Biológica em querer reduzir um tratamento somente a medicamentos assim como também da Psicanálise em querer ser uma "ciência" indepedente. Não existem independências em tratamentos na área "psi", devem e podem existir autonomias a serem respeitadas

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  6. CELIO LEVYMAN

    Caro Helio,prezados tanto "combater" a homeopatia,eis que a mesma é citada como parente da psicanálise.Há vários anos acadêmicos cá mesmo do Brasil emitem grunhidos de raiva ante essas duas práticas - e agora chegou a vez de Freud.O conhecido vienense teve formação científica,foi livre docente de neuropatologia da Universidade de Viena,e desenvolveu toda uma teoria baseada em clássicos de maneira notável - mas isso já faz EUA não são necessáriamente a Meca do saber,mas refletem a postura de q

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    1. Carlos Leger Sherman Palmer

      Célio, apenas complementando, Harvard é a meca do entendimento neurocientífico... E não temos nada melhor e mais palpável do isso, neste tempo. O entendimento da vida baseada em mitos está por um fio. A crença generalizada no "Poder do Mito", parafraseando Campbell, como sendo a extrapolação do homem é um equívoco, comprovado. Decorre da falta de melhores fundamentos. A ciência lida com "tornar-se ciente" de como as coisas funcionam, estamos entendendo que os mitos são devaneios de época. /

  7. Meunome (não trenho)

    Dr. Hélio, a Rassegna Médica fora distribuida por nós com experimentos de substâncias capazes de estatísticamente ser mensurada pelos seus efeitos nem sempre uniformes, até mesmo pela diversidade de respostas de cada organismo. O efeito placebo pode e deve ser mensurado em experiências e seus efeitos têm sido considerados para análise crítica comparativa experimental. Não cito nomes de laboratórios, nem de empresas ou hospitais, porque realizei trabalho em que pude constatar o elevado padrão

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  8. Aline Accioly

    Pra criticar, é preciso saber muito do que se critica, porque senão corre-se o risco de falar muito bobagem em relação ao assunto. Bobagens escondidas em forma de uma suposta crítica.

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    1. Aline Accioly

      Meu contraponto está publicado em meu blog, no post referente a este texto.

    2. Aline Accioly

      Meu contraponto:

    3. Bruno

      Na Interpretação dos Sonhos, obra seminal, há um método que se pretende, sim, científico - quem fez psicanálise nos anos 70 lembra dos analistas interpretando sonhos com segurança, exatamente (exatamente!) como quem resolvesse um problema de Física ou de Matemática. E nas histórias de Berta Pappenheim e do Homem do Ratos, para citar dois exemplos, há uma tentativa de comprovação experimental de uma teoria - isso é método científico. Freud era influenciado pela Física newtoniana: objetos impen

  9. David

    Outra versão: "The Western origins of the concept of the subconscious mind appear to have come from two German philosophers, who lived in approximately the same time frame. The first, Friedrich von Schiller (1759 - 1805), set forth the notion that mankind has both a formal drive and a sensuous drive. His comments come very close to describing both the popular conscious/subconscious division, as well as my contention that people may have a relatively cognitive orientation

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  10. Brito

    Faltou este artigo no Mais do último domingo. Excelente contraponto. Parabéns (se é que meu parabéns vale algo).

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  11. TonnyPaul

    Mais uma para rir ...

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    1. TonnyPaul

      E aqui entra a força do Cristianismo, pois enquanto Freud tenta tratar coisas do passado, enquanto a medicina aplica pilulas de controle das mentes, o Cristianismo por sua vez apaga o passado, e dá uma nova vida espiritual ao "homo-sapiens" ... Mas isso voces ateus nunca irão entender .. a não ser no ultimo instante de suas vidas ...

    2. TonnyPaul

      Olha, o que quis dizer quando disse que ri, é que o texto, como todo texto desse colunista, é bobinho ...

    3. daniel

      Para chorar um pouco... Choremos pela radicalização, comum a alguns homo-sapiens... Infelizmente esta ótima coluna do Hélio, que sempre leio, foi contaminada por alguns (poucos) fanáticos, que irão agora manifestar toda a raiva em todos os textos. O melhor será nós, leitores, ignorarmos... Mas qdo é gritante fica fácil mostrar. O "inimigo-dos-ateus" colocou 4 frases: 1 - "Com base em quê... frase do Hélio" O Hélio colocou uma idéia de outro filósofo,

  12. Francisco

    O homem, no contexto de uma sociedade livre, desde que o mundo é mundo, corre atrás de "terapias", que o articulista definiu como "efeito placebo". Talvez até ele tenha razão em seu argumento. Além do divã e da missa, o homem livre busca, também, no sexo, no trabalho, no dinheiro, nas drogas, no álcool, no poder, na política, no conhecimento, no casamento, nos filhos, em suas viagens pelo mundo, enfim, nos meios lícitos ou não, a essência e a realização do ser, que poderíamos sintetiza

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    1. Carlos Leger Sherman Palmer

      O impulso natural está em proteger-se dentro de grupos, bandos... De aceitar líderes e ídolos... Mas isso é diferente de seguir charlatões, estelionatários, e mercadores da fé religiosa, esotérica e psicanalítica... Simplesmente porque são falsos líderes, e é uma falsa proteção... Ou seja, escutar música, sexo, esporte, arte, são excelentes processos terapeuticos, mas prometem a cura de problema de saúde, embora possam representar parte do processo... Nem garantem um lugar no céu... Ou no divã..

    2. Carlos Leger Sherman Palmer

      Wilson, respeitosamente, comparar a "perigosa psicanálise", que realmente espero, seja questionada assim com as religiões, não pode ser comparado "terapeuticamente" com "sexo, trabalho, casamento, viagens, etc..."... Não corremos atrás do efeito placebo... De forma alguma... Sexo é um impulso natural, e com muitos benefícios à nossa saúde física e mental... Mas a psicanãlise é um engodo, que consome grana, e cria problemas... Sérios problemas...

  13. andrefadel

    Controlar o livre-arbítrio por meio de pílulas... já pensou?! Será que estamos rumo ao mundo de Huxley? Um grande abraço

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    1. andrefadel

      Justo... mas essa coisa que a gente acha que é o "livre-arbítrio", o que seria? "Reações químicas"? abs

    2. Andre

      E quem disse que o livre-arbitrio existe ???

  14. Bruno

    Cristopher Riegel escreveu sobre o inconsciente ainda no século XVIII. O que Freud fez foi tentar investigar mais profundamente os mecanismos envolvidos. Freud, alguém disse, escreveu coisas originais e verdadeiras, só que o que é verdadeiro não é original e o que é original (universalização do complexo de Édipo, por exemplo) não é verdadeiro. Coisas que Freud escreveu em caráter especulativo (especialmente nas últimas décadas de vida) se tornaram cânones de uma espécie de religião. Na melhor

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    1. Carlos Leger Sherman Palmer

      Compartilho da visão de Onfray de que Freud simplesmente projetou a si mesmo em sua psicanálise. E o impacto de seus devaneios são comparáveis ao impacto de qualquer religião. Resta saber como faremos a transposição do conhecimento moderno sobre a mente para os nossos sistemas clínicos e educacionais. E a Onfray desejo boa sorte contra a Inquisição Psicanalítica. Um forte abraço a todos. Obrigado Hélio, obrigado Bruno.

    2. Carlos Leger Sherman Palmer

      Seguindo, rsrsrs, sou um pouco mais duro com respeito a Freud, e mesmo a questão do inconsciente está sendo revista sobre uma nova ótica, menos "compartimentada". A Neurociência Cognitiva, e uma verdadeira revolução em outras área como a Genética e a Biologia, estão reescrevendo o entendimento de "Como a Mente Funciona", parafraseando Pinker. Tudo está mudando, a psicanálise nunca foi ciência como você bem disse, de forma que seus feitos nunca foram comprovados....

    3. Carlos Leger Sherman Palmer

      Bruno, excelente comentário, e gostaria também de elogiar a bela matéria do Hélio. O livro infelizmente ainda não foi lançado em português, e não consigo um exemplar em inglês, e meu francês é muito "petit poá", de forma que pude acompanhar as entrevistas de Onfray pela internet, e tive a honra de trocar alguns e-mails diretamente com ele. Como disse a Onfray, foi como "l'arrivée de la cavalerie"... Estive durante anos escrevendo sobre o que considero um dos grandes absurdos histórico