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ap
Hélio você diz: "A natureza, é claro, não teve tempo de desenvolver genes de proteção à propriedade privada --uma invenção relativamente recente--, mas a ideia de que é errado roubar objetos físicos está solidificada em alguns milênios de normas culturais." Que bobagem! Natureza e cultura são linhas paralelas; se misturadas, o trem não anda. "Genes de proteção à propriedade privada", o que é isso ? Já não basta a lei do mais apto ?
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Trivela
A liberdade não é um produto autônomo. A plena liberdade de expressão provavelmente descaracterizaria o crime de racismo, por exemplo. A liberdade que pode preservar o livre arbítrio deve ser, ela própria, bem regulamentada. Liberdade absoluta não existe. Parece a cruzada pelo software livre. Coisa que só funcionaria com o software sendo elaborado por instituições subsidiadas (governo, etc, como algumas universidades no Brasil - forte fonte de apoio d
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Fernando
Para um texto de um filósofo do seu gabarito, eu esperava algo mais crítico, talvez algo mais próximo da contestação da "industria cultural" que fizeram Adorno e Horkheimer. Resumir toda a reestruturação no acesso a cultura, toda a transformação que a livre circulação dos "produtos culturais" causa no "negócio" em que foi transformada a cultura no século XX, em meras explicações legalistas foi medíocre. O homem viveu a maior parte dos seus dias produzindo cultura num mundo não capitalista.
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Fernando
Para um texto de um filósofo do seu gabarito, eu esperava algo mais crítico, talvez algo mais próximo da contestação da "industria cultural" que fizeram Adorno e Horkheimer. Resumir toda a reestruturação no acesso a cultura, toda a transformação que a livre circulação dos "produtos culturais" causa no "negócio" em que foi transformada a cultura no século XX, em meras explicações legalistas foi medíocre. O homem viveu a maior parte dos seus dias produzindo cultura num mundo não capitalista.
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T TB
"A esmagadora maioria da população jamais assassinou ninguém..." Significa que a maioria da população assassinou alguém?
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Capitu
Muito bom, Hélio! Parabéns!
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Walter
Ótimo texto. Você poderia complementá-lo, no futuro, com comentários sobre estudos etológicos da noção de justiça. Talvez a propriedade intelectual seja um desafio cognitivo não apenas por causa da intangibilidade dos produtos, mas por conta de uma tendência inata a nos revoltar contra a "mais-valia". Acho que as pessoas e a lógica de mercado continuarão remunerando a criatividade, mas desejam ardentemente se livrar de práticas sanguessugas como as da indústria farmacêutica e f
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João Werner
Prezado Hélio Schwartsman,Como leitor assíduo de sua coluna, gostaria de lhe questionar sobre a confusão havida entre os direitos do autor, por um lado, e os direitos da indústria distribuidora dos bens culturais, por outro.Sempre que se está a debater o tema dos direitos autorais na internet, parece-me que há uma confusão intencional entre ambos estes direitos.Parece-me que o autor torna-se apenas um pretexto para manter os monopólios da indústria distribuidora.Grato
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Paulino Michelazzo
Os grandes apoiadores das ações contra o SOPA/PIPA não são a favor da pirataria, mas sim contra a forma como os projetos foram apresentados. Não é usando a força de leis descabidas que a cópia indevida de conteúdo sob copyright irá acabar. Como bem disse em seu texto, um projeto desses mata a grande beleza da Internet que é o compartilhamento de conhecimento e informação para todos. Os que desejam estes projetos precisam rever suas formas de obtenção de lucro num mundo conectado, somente iss
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caio1945
Resumindo: Para o Setor Público o 8oMandamento é mais ou menos o que diz o adesivo de para-choques: "Não roube; políticos não querem concorrência." Mas, bem à frente da sabedoria popular, a frase na coluna "... pelo que usuários de seus serviços possam fazer.", é boa metáfora para a idiotice da lei trabalhista ao carimbar o empregado de "hipossuficiente". Olha: alguém em pleno gozo de suas faculdades físicas, mentais e profissionais se achar hipossuficiente, é no mínimo, chacota ou má intenç
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John Sverdesky
O mundo é um lugar melhor com a pirataria. Ela permite o fluir mais rápido e disseminado de informações. Através dela eu tenho tido um acesso muito grande de ferramentas e informações que me enriquecem como ser humano, mesmo! Existem outras coisas além de pornô e filmes para piratear. Se eu tivesse que pagar por tudo o que eu pirateio eu estaria devendo o equivalente ao PIB do Paraguai. Nunca auferi lucro finaceiro, apenas lucro intelectuamente... É complicado sab
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Arthur N.
Sr. Schwartsman, aprecio seu trabalho e seu bom tom. A moderação de suas opiniões é uma das qualidades mais recorrentes; a referência a grandes pensadores, tais como Kant, Platão e ultimamente até Santo Agostinho e o poeta Virgílio, também são muito substanciais, uma vez que atualizam nobres reflexões para o "nosso tempo" e para as atuais circunstâncias. Mais uma vez tivemos a oportunidade de ler um artigo crítico e expresso de maneira elegante. Parabéns pelo texto.
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denunciante
enquanto a distribuicao de renda for concentrada e o acesso a cultura e a informacao for privilegio de poucos, a solidariedade da pratica do download/upload continuara existindo, pois as pessoas, ao contrario do que a elite pensa, nao sao solidarios apenas na tragedia...
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Andre
O problema da distribuição de renda concentrada é causada pela corrupção e pela desonestidade.O matematico John Nash provou que se todos fossem honestos e éticos, a renda se distribuiria naturalmente para as classes mais pobres e no final só existiram a classe rica e a classe média.
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rosalves
além das assimilação cultural de conceitos, como não matar, algo primitivo como a religião ajudou a colocar como norma padrão do ser humano conceitos deste tipo, como acontece com a segunda parte dos 10 mandamentos.
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G. Braga
Bom texto.
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jose chiste
A industria farmaceutica produz antibióticos novos e estimula o consumo entre a classe médica pagando doutores conhecidos a fazerem propaganda sempre que está prestes a perder o direito de explorar do antibiótico velho mas que ainda funciona.
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Victor Castro
O que nos leva ao segundo porém: não havendo exploração econômica pelosite de armazenamento/distribuição (ex: um blog de uso pessoal), creiorestar descaracterizada a hipótese de "pirataria". Com esses dois critérios acima, revoga-se a necessida fática de umS.O.P.A. ou um P.I.P.A. e, ao invés de se restringir o acesso e acirculação de informações, afere-se a posteriori se houve lucroscessantes para o autor, ao ter sua obra explorada economicamente pelosite "pirateador".
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Victor Castro
Em primeiro lugar, é possível sim quantificar as perdas com direitos autorais em razão da dispinibilização "pirata" de arquivos de mídia eletrônica audiovisuais e literários. Basta medir o número de acessos do site que armazenou e disponibilizou esses arquivos, e confrontar com eventuais verbas publicitárias arrecadadas pelo mesmo site (ex: Youtube), em razão da exibição/downloads do respectivo arquivo. Isso, óbvio, nas hipóteses do mesmo não ter sido disponibilizado com autorização dos auto
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Wilson Baptista Junior
Victor, ao contrário do que dizem as grandes gravadoras e produtoras de cinema, o fato de alguém baixar de graça um filme ou uma música de um site pirata não implica necessariamente em que se não houvesse o site a mesma pessoa compraria a mídia legítima por seu preço de mercado; uma parcela das pessoas sim, mas outras não. A proporção entre estas duas parcelas ainda não foi determinada com razoável aproximação por nenhuma pesquisa séria.
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Mario Ventura
Até que a ganância exagerada de alguns com ganhos exorbitante sobre o que "outros" criem... Vide ai, as grandes empresas e corporações detentora dos direitos e ideias...Que a exploração diminua... Que o bom senso prevaleça.. Nunca. Como diria alguém a tempos atras, Capitalismo Selvagem.Isto nunca vai acontecer. A lei (todas elas) protegem mais a quem pode pagar.E infelizmente quem pode pagar são poucos.
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neguinho
rara felicidade teve o autor ao usar: "sopa liquefaz". Parabenizo e antecipo que usarei tal forma sem pagar direitos autorais ao criativo Helio Schwarstsmann.
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