Não acredito em terceiro mandato para Cristina Kirchner, pois isso é balão de ensaio de oportunistas. O povo argentino amadureceu com as crises e a situação mundial atingirá a popularidade da presidente, o que deve ocorrer, também, no Brasil.

É surpreendente que os argentinos, que erradicaram o analfabetismo há décadas, se deixem seduzir pelo populismo de Cristina K. A reeleição por tempo indeterminado vai fragilizar ainda mais as instituições democráticas argentinas e estimular o velho autoritarismo de cunho populista, a la Juan Domingo Perón e Getúlio Vargas. Lo siento, pueblo argentino, por tu presente incierto y futuro trágico.

Vuélvete Menem!

Tudo gira em torno da economia. Na república de Weimar um certo cabo austríaco conseguiu insuflar as massas, controlou o Reichtag, aproveitou-se da recuperação mundial após a crise econômica de 29-30 e se apoderou do poder controlando todas as instituições com enorme apoio popular. Levou a Alemanha à guerra, seu esfacelamento e sua divisão durante décadas. Lembrando Marx, "a história acontece primeiro como tragédia, depois como farsa".

É fácil conseguir sua eternidade no poder. O Know How ela pode receber de Ricardo Teixeira da CBF e do Nuzman do COB. No caso da Argentina, como ocorreu no Brasil com FHC, pretende-se mudar a regra do jogo com o mesmo em andamento, isto é abominável, anti-democrático.