Desta vez discordarei de Hélio Schwartsman. Feminismoe autonomia não caminham juntos, uma vez que, no meu olhar, feminismo é omachismo exacerbado de algumas mulheres que exclui o homem como se fosse oinimigo; a maioria não o é. Já a mulher que apanha em casa e"silencia" não tem autonomia; ela é autômota dentro de suas razões,os quais poderão ser: dó do agressor, o sustento dos filhos, a briga pelo dinheiro etc.

Interessante ponto abordado pelo colunista. A decisão proferida tem o mérito de proteger mulheres que, de outra forma, se sentiriam pressionadas a não denunciar seus companheiros agressores. Por outro lado, retira da mulher agredida a condição de decidir sobre a ação que deseja tomar.

Hélio, mesmo com a ajuda deMurray Strauss a que você recorreu, eu, como amigo das feministas, protesto sobre seu ponto de vista, pois a autonomia delas tem flagrantes limites; no caso, a corda se rompe no ponto fisicamente mais frágil, a mulher. Que a lei a proteja, faz muito bem.