Infelizmente o que se tem visto é que a grande maioria dos jornalistas, talvez (não se sabe) orientados pelo editor, não tem investigado à fundo em busca da verdade. Sequer ouvem as duas versões para os fatos e, não raro, constroem "verdades" segundo os seus próprios interesses, ou de quem os mantém. Acontece, também, a edição de declarações de uma das partes, em prejuízo da verdade. Jamais poderemos esquecer o caso da escola infantil de São Paulo, destruída, injustamente, pela imprensa. /p

Fico impressionado como no jornalismo podemos ler textos e mais textos do que o mais leigo dos leitores percebe como fato. Sem sombra de dúvidas a verdade é sempre manipulada, mesmo que não seja diretamente comandada, desde a redação, força política, econômica e assim por diante, a verdade existe, porém a verdade que procuramos é aquela que se vê e não a que se faz enxergar.

Caro Clóvis, a frase do jornalista do Watergate e seus comentários me levam a pensar nos nossos Congresso e Governo que, de forma arrogante e pretenciosa, instituiram a "Comissão da Verdade" para avaliar os fatos durante o período da ditadura militar.Aliás, até o nome da comissão está profundamente equivocado, como você bem disse: "A" verdade dificilmente tem só uma face, versão ou avaliação.

Excelente artigo. Mas, se o jornalismo atual é recalcitrante num pecado, êste é a superficialidade. Hoje, você lê as matérias, no final, coça a cabeça e fica mais cheio de perguntas do que antes de lê-la. O jornalismo virou "espetáculo" e abandonou a "substância", a consistência. A tinta dilui na espuma dos eventos. Parafraseando Luciano Pires, temos que nos conformar com o que nos é mostrado. Não, e nunca, ficamos informados, porque não mais se veicula informação, mas "versão", como vc diz.

A verdade é algo quase impossível de se alcançar. Professores de História dizem: A história é escrita pelos vencedores.

Duro é dizer para alguem que teve mulher e filho morto em um ataque que o que ouve foi um combate violento.

Ótimo texto. Como nunca chegamos à verdade absoluta, temos ainda a verdade relativa. Porque depende da posição ideológica do repórter/jornalista..

"Reportagem é a melhor versão da verdade possível de obter".Bravo! Bravíssimo!

Senhor do Bonfim,A trinca de "As"  esta junta hoje: Rossi, Alencar e Dimenstain.A trinca de "As...neiras". Seriously, Folha???  E olha que ja fui leitor de esperar o aviao chegar com o jornal.

você deve conhecer a história - ou seria lenda? - de um jornalista sem notícia para seu jornal que ligou para o rei roberto (numa época distante) e perguntou se era verdade que o cantor estava se separando da esposa. ele disse: claro que não, de onde tiraram isso? o jornalista agradeceu e desligou. no dia seguinte estava na manchete: roberto carlos nega que esteja se separando. pronto, vendeu como água e rendeu assunto para a semana toda. isso você aprova?

sim, clóvis, é possível fazer jornalismo factual e investigativo. se um político oferece um dossiê, o que faço? ponho na primeira página e pronto? não checo, não investigo? não procuro eu mesmo as provas? claro que não. se for contra o governo que eu não apoio, eu simplesmente coloco no jornal e deixo pegar fogo. mesmo que anos depois se prove que nada daquilo era verdade, não é?? jornalismo vira massa de manobra política, ou vira desculpa para jogo de poder dos donos da mídia.

((continuando)) coisas que este jornal faz muito bem, mostrando os lados, mas dando um certo destaque àquilo que mais interessa à política do veículo. enfim, uma acusação contra um ministro aqui, outra ali, tudo recebido de fontes "confiáveis", mas não há uma desconfiança natural de jornalistas de verdade. ou seja, ir em busca da história, não de versões. ouvir os outros, não repetir o que os outros falam. entendeu, clóvis?

o ponto, caro clóvis rossi, não é a verdade factual das multidões, coisa rídicula e menor para o jornalismo de "verdade". a busca pelo factual se refere a temas políticos, policiais, econômicos. coisas que o jornalismo deveria fazer e não faz. e não é necessário gastar milhões de reais. basta investigar de "verdade" a matéria. ao invés disso, o que se costuma fazer é escolher uma das versões que agrada mais a linha editorial do jornal e destacá-la num título ou na forma de apresentá-la.

Longe se vai o tempo em que jornalistas buscavam a verdade - se é que isso de fato existiu. Atualmente, não é segredo que os grandes jornais buscam manchetes para alavancar as vendas, nada mais, seja através de fatos verdadeiros (o que é raro), seja através de mera criação. Em "O homem que matou o facínora", de John Ford, encontra-se a frase que guia o jornalismo como um todo: se a lenda for mais interessante que a verdade, imprima a lenda.

Prezado Clóvis o problema não é verdade, mas sim a mentira: isso nós vivenciando agora, contra as FFAA; o Sr sabe e nós também sabemos que a esquerda naquela quadra não queria democracia mas o poder, transformar na "marra" o País numa republiqueta sincalista / socialista, sob as botas e julgo de outros do outro lado do mundo com ideologia distinta da nossa!

Acredito que esse seja um tema dos mais angustiantes, tanto na área profissional quanto pessoal; principalmente quando se deseja desempenhar algo de maneira honesta. Nesse sentido resta pouco espaço para remorsos. Entendo a garantia da verdade absoluta como algo inatingível ao homem.É que entre o acontecido e a coleta por parte do autor do discurso, passa um vagão carregado de bagagem própria, que pode-se prolongar ou não na visão do receptor. Daí, por exemplo, a origem das guerras.

Verdade? Basta ler o que a Foiha publicou durante meses sobre os "civis inocentes" e desarmados na Líbia.

Caro Rossi. Voce ja parou para pensar realmente sobre o que é a verdade. Pois saiba que a mesma não caminha sozinha, solitária. A verdade sempre produz alguma coisa seja ela boa ou ruim. Por isso Jesus o Cristo disse Eu sou o caminho, a verdade e a vida. A verdade para nos humanos produz efeito moral Pois caminhar com a moral ensinada por ele o mestres dos mestres produz vida. Creia nesta verdade e seja feliz

1 - Tem uma citação do meio jurídico muito interessante a esse respeito, mais ou menos assim: Toda história tem 3 lados. O meu, o seu, e a verdade. 2 - Mesmo sendo de fato testemunha ocular, ainda sim depende da interpretação de quem testemunhou 3 - Outro excelente ditado sobre o tema é inglês, não me recordo o autor, mas é algo mais ou menos assim: Acredite em metade do q vc vê e em nada do q ouviu falar.

Outro aspecto que deve ser levado em conta é a manipulação das palavras e dos contextos por esses criminosos, ou seja, para quem conhece a teoria da mentira sabe que uma verdade contada de forma inescrupulosa ou fora de contexto caracteriza-se como uma mentira. A única forma de valorizar os bons profissionais seria a criação de um "CONAR", mas os que amealharam grande patrimônio com a profissão são contra esse conselho, pois assim como economistas e advogados não poderiam mais vender parecer

Eis ai o maior erro dos jornalistas, ou seja, é querer estar no papel de DEUS e querer que a verdade em que ele acredita ou tem interesse que seja deve ser a de todos. Um jornalista deve ater-se apenas a relatar fatos ou versões (neste caso deve apresentar todas que interessam ao leitor) com isenção para que o julgamento seja feito pelo leitor e não por ele. Essa presunção, que infelizmente na maioria da vezes é acompanhada de corrupção e invalida o papel desse profissional.

Meias verdades são também meias mentiras. Ou vice-versa.

Estamos iniciando o século XXI, pelo menos aqui no Brasil, com uma impressionante visão única das coisas políticas. A imprensa em geral (mídia) chama de ditadores alguns que foram eleitos pelo povo direta ou indiretamente e outros que não têm eleição são monarcas, presidentes. A China está com um desenvolvimento perto de 10%, flanando, lá não tem eleições nos moldes ocidentais, leiam o confuso texto do Sardemberg (01/03). É simples, o jornalista carrega a sua escolha ideológica e ponto.

Excelente artigo, e muito atual. Um dos problemas da imprensa é a exigência (econômica) de se publicar rapidamente uma informação. A pressa em dar a notícia, na maioria das vezes, resulta em um texto superficial, sem conteúdo. Uma mera reprodução de versões.

Cientistas dos EUA e Coréia do Sul trabalham no desenvolvimento de detector de mentiras 100% eficiente. A resposta será buscada no cérebro da pessoa sem condições de interferência... Testad o nos profissionais acho que os campeões da mentira estão nos templos religiosos, conventos e igrejas. Os políticos, naturalmente desonestos, não precisam esconder suas mentiras entre seus pares.

Existe a verdade??"O holocausto nunca existiu…é a mentira mais negra da história" afirmou Arthur Jones, candidato republicano ao congresso dos EUA. Ele assinalou que o rechaço sobre o massacre de judeus e outras pessoas pelos nazistas durante a Segunda Guerra "se trata de ferramenta usada pelos judeus para extorquir a comunidade internacional", segundo Hoffington Post."É a mentira mais obscura da história", afirmou o candidato de 64 anos."Quanto mais sobreviventes, mais mentiras contam", disse.

Bom artigo!!! Parabéns.

Meu caro Rossi, você sabe que a verdade será sempre distorcida para o interesse de quem está no poder. Isto, digo, sempre em relação a informações de guerra, guerrilhas, disturbios sociais, etc... Certa vez li uma frase que dizia: "A maior verdade da guerra, é a mentira das informações".