Ciência > Bolsas no exterior confundem cientistas Voltar
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O modelo que tem sido adotado no doutorado pleno é o mesmo da época quando eu fui bolsista do CNPq, i.e. o interessado aplica por conta própria para admissão em programas de sua escolha no exterior e, se aceito, pede a posteriori a bolsa ao governo brasileiro que pode deferir ou não o pedido. Como a admissão, pelo menos nas universidades americanas de 1a linha, é baseada apenas em critérios acadêmicos e não leva em conta capacidade de pagamento, não há desvantagem em aplicar sem ter a bolsa.
Parece-me que o modelo acima , apesar de garantir uma taxa de sucesso menor (porque poucos alunos são qualificados para admissão em instituições de 1a linha), funciona melhor que o que está sendo usado na graduação, onde o aluno se inscreve diretamente a priori na Capes e um parceiro no paÃs pretendido, p.ex. o IIE nos EUA, aloca os alunos pré-qualificados em instituições com as quais mantém relacionamento. Mais alunos conseguem vagas, mas muitos recebem ofertas de escolas de 2a ou 3a linha.
A iniciativa do governo pode abrir um precedente perigoso e com isso dar um "tiro no próprio pé". Podemos estar assistindo uma exportação em massa de bons estudantes. Uma reforma nesse plano poderia impedir isso.
Quanto mais confuso o metodo de seleção mais facil é direcionar os candidatos. "Voces acham que os filhos dos politicos não querem bolsas para estudar fora e pagar o turismo indireto que tanto almejam?" É uma pena que os criterios de distribuição de bolsas não fiquem nas mãos de quem realmente sabe quais são as areas nescessitadas!
Esse tipo de crÃtica de que as bolsas se destinam a financiar "turismo de filhos de polÃticos" me parece leviana e própria de quem não é do meio. Deve-se ressaltar que, para participar do programa, o aluno tem que ser aceito primeiro por uma universidade no exterior e, para isso, precisa ser qualificado academicamente além ter proficiência comprovada na lÃngua de instrução pretendida. Além disso, uma vez contemplado, ele tem que cumprir um plano de estudos apropriado na "host institution".
Com um governo que acha mais importante mostrar material pornô gay a crianças de jardim do que em investir na educação de base, isso não é surpreendente.
Caros, Do jeito que está vai mal... O governo está destratando os professores, protelando indefinidamente as negociações do plano de carreira, corta bolsas no paÃs e fornece uma fortuna para enviar estudantes ao exterior. A saÃda de alunos, a princÃpio é boa, mas não pode ser acompanhada de desestruturação do ensino superior no Brasil...
Um dos problemas da pesquisa no Brasil é a falta de uma visão macro com direcionamento de recursos para áreas de interesse. Outro é a falta de avaliação dos resultados das pesquisas. Outro ainda é a timidez do pesquisador que não ousa e prefere desafios menos crÃticos e portanto com resultados mais fáceis de serem alcançados. A desconexão entre as pesquisas e a necessidade nacional também é problema. E os interesses pessoais que muitas vezes são colocados à frente das próprias pesquisas...
O melhor resultado que esta iniciativa do governo traz é promover o contato dos novos pesquisadores com centros de pesquisa no exterior e portanto trazer uma mentalidade renovada para nossos centros de pesquisa. O lado ruim é que aqueles que se destacarem certamente já serão convidados e já ficarão por lá. A comunidade cientifica deveria sim promover uma "reforma" cientÃfica no Brasil. DeverÃamos aproveitar o grande potencial do mercado interno para desenvolver áreas de interesse para o Bras
"Brasil, uma paÃs sem fronteiras" Se quer estudar, tem mesmo que atravessar as fronteiras e ir para outros paÃses, já que o ensino que o Brasil tem de bom são para poucos.
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