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  1. FERNAO DE SOUZA VALE

    é impressionante o número de "articulistas" anti-democráticos que justificam o golpe no Paraguai. Lamentável.

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  2. John Galt

    Muito bem notado Hélio. A legislação regulatória do processo deimpeachent do Paraguai nada mais é do que a contrapartida no regime presidencialista do dispositivo de deposição do primeiro ministro do parlamentarismo. Obviam ente que todo o alvoroço causado é tão somente pq tratou-se de um esquer-dopata sendo deposto.

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  3. Gerson

    Tem razão Helio, a questão é que a constituição do Paraguai incluiu a possibilidade do Presidente ser afastado por 'mau desempenho', num procedimento semelhante ao usado em países parlamentaristas para afastar o Primeiro Ministro. Equivale quase ao 'voto de desconfiança' do Parlamento, não necessitando ter cometido nenhum crime. Agora saber se o sistema é compatível com o Presidencialismo, isto é coisa para os constitucionalistas discutirem, não sendo matéria própria para os id

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  4. Não tem

    Caro professor Hélio estamos em divergência.Fernando Lugo iniciou um PROCESSO de aprofundamento da democracia com fortalecimento dos movimentos sociais em busca da reforma agrária. Note que no Paraguai há 350 mil famílias vivendo em baixo de lonas. Lugo vinha costurando uma frente eleitoral capaz de ganhar a próxima eleição,APROFUNDANDO o processo democrático.

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    1. Irado

      Meu amigo, ele estava é afundando o paraguai.

  5. Piruá

    Falou H. Disse em meia dúzia de linhas o até então não se disse. Abraço, Sidão

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  6. Oliveira

    Falou pouco e disse tudo. Acrescento que o Caio Blinder já tinha sugerido noutro blog que o caso paraguaio tem aspectos típicos do parlamentarismo, daí a dificuldade de interpretar corretamente o uso do instituto do impeachment neste caso. De qualquer sorte, os paraguaios devem decidir seu próprio destino, como sugere, com acerto, o colunista. O curioso é que Lugo aceitou o resultado julgamento e, agora, parece ter voltado atrás, certamente instigado por Hugo Cháves e co

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    1. renato

      Lugo não "aceitou" o resultado do julgamento. Ele disse, já no PRIMEIRO pronunciamento oficial após o polêmica ato do Congresso, que a decisão não era um atentado contra ele, Lugo, mas contra a democracia e o povo paraguaio. Tanto não aceitou que entrou no Supremo paraguaio (mancomunado com o Congresso) contra a decisão. Não é difícil entender o "aspecto parlamentarista" da Constituição paraguaia: foi um dispositivo arbitrário, já em 1992, para deixar brecha para golpismos no pós-Stroessner.

  7. Morgado

    Hélio, excelente matéria. Concordo plenamente com a sua posição, o governo Lugo não tinha mais o apoio do congresso, e sem o congresso ninguém governa, é por isso que no Brasil, para evitar isso foi criado o "mensalão", que faz com que qualquer presidente idi ota possa terminar o mandato comprando os deputados e senadores, no passado quando o estado era enorme, entregavam as estatais aos políticos, com a diminuição do estado foi criado o "mensalão". ACORDA BRASIL (sem partido).

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    1. renato

      Não, o mensalão foi "criado" para conseguir aprovar a reeleição para FHC (quando as privatizações ainda não tinham sido concluídas), não lembra? Na verdade, já existia antes, afinal compra de parlamentares por votos não é criação brasileira nem latino-americana. Depois de FHC, continuou a ser usado pelos políticos de PT e PSDB.

  8. renato

    Não foi a "impopularidade" a causa do impeachment de Lugo, mas sim uma decisão de um Congresso hostil, que se utilizou de um mecanismo antidemocrático da Constituição paraguaia. Se formos contar pelas pesquisas de opinião, Lugo tinha cerca de 40% de apoio na população e foi destituído. Alejandro Toledo, quando era presidente do Peru, anos atrás, chegou a ter menos de 10% de aprovação nas pesquisas de opinião e essa "impopularidade" não provocou sua destituição, mesmo com parco apoio no Congr

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    1. renato

      E a igualdade de poderes? Congresso eleito em país democrático não pode ter o Presidente como refém, podendo removê-lo pelo dispositivo golpista "mau desempenho de funções". Collor foi acusado de corrupção, com processo devido, provas (não foi o caso no Paraguai). Lula até poderia ser destituído, mas nunca sem processo devido e provas. Quem te garante que não compraram parte dos parlamentares que votaram a destituição de Lugo? Quem investigaria isso lá? Já mudaram o diretor de Itaipu lá...

    2. Morgado

      Renato, o congresso foi eleito também pelo povo. O Sr. Lugo perdeu o apoio dos parlamentares, sem apoio é inevitável a perda do mandato está na lei. Qual foi o crime do Col lor? Esse valeu? Nesse caso a população queria ele mo rto por causa da poupança? Lu la com mensalão vergonhoso esse não merecia o impeachment? Os parlamentares fazem da política um negócio próprio, se os seus interesses forem prejudicados, irão tirar o presidente, e é por isso que o Brasil inventou o "mensalão". ACORDA BR

  9. renato

    O "Libelo acusatorio" contra o presidente (Resolução da Câm. dos Deputados paraguaia do impeachment) acusa-o de "incompetência" e menciona 5 episódios supostamente caracterizando isso. Depois, diz que as provas são de "publica notoriedad, motivo por el cual no necesitan ser probadas, conforme nuestro ordenamento jurídico vigente". Ordenamento que aceita impeachment por má gestão e não demanda provas é evidentemente antidemocrático (independentemente de quem é o presidente removido).

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  10. renato

    O problema do Paraguai é a própria Constituição, golpista eantidemocrática por natureza antes mesmo de Lugo, pois permite impeachment por"má gestão". Essa é a desculpa dada na maioria dos golpes de Estado(qualquer coisa pode ser enquadrada nisso). Lá, basta não gostar do presidentede plantão e ter maioria de 2/3 que se pode removê-lo, grande absurdo quepoucos têm lembrado.

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