Quanto à liberdade, só teme as câmeras em locais públicos aqueles cuja educação foi de tal forma que o que fazem quando não tem ninguém olhando é diferente daquilo que fazem quando há observadores. POR EXEMPLO: eu paro no semáforo a qualquer hora do dia, mesmo às 3h da manhã, mesmo que seja numa ruazinha pequena, mesmo que não venha ninguém na rua que a cruza. E o que vejo é gente buzinando indignado atrás de mim e me xingando, saem em disparada. Provavelmente geia que odeia as câmeras públi

Considero "1984" provavelmente como o melhor livro que já li, mas quem confunde a situação da escola com a do livro, não entendeu bem o que o livro descreve. Uma coisa é uma câmera num local PÚBLICO, como a sala de aula, outra é ela inclusive dentro da tua casa, instalada pelo governo, para te vigiar. São coisas muito, mas muito diferentes.

SER ou ESTAR,a meu modo, sem ser ou estar assistida, é um direito que me pertence. Representar um papel e me apresentar da forma que eu queira para tentar parecer o que SOU ou NÃO SOU a quem quer que seja também é um direito que me pertence. Escancarar o comportamento é arrancar as defesas, que são legítimas, de forma estúpida. O assunto transcende o certo ou o errado, o moral ou o imoral. A marca irremovível da imagem não pode ser soberana à memória, cuja falta protege a integridade psíquic

Entendo e concordo com a teoria de Kant. Porém, sendo pragmática eu prefiro um cidadão menos formado e estar absolutamente segura de que estou segura.

Anthony Burgess, autor de A Laranja Mecânica, escreveu 1985, debochando do 1984 do George Orwell, no sentido de que o ano 1984 havia passado, e a polícia das mentes não havia chegado.Deve-se escrever um 2013 agora, debochando do Burgess, com 28 anos de atraso, 1984 chega ao ensino brasileiro, pois dessa iniciativa infeliz se farão inúmeras cópias. Os jovens estão certos, Independência Americana, Revolução Francesa e Inconfidência sim. Torquemada não. Inconformismo e Criação. Galileu"Per muov

(...continuação) se deve  ao emprego de teorias pedagógicas pilantras nos anos 60, como a Matemática Moderna, Summerhill e ao picareta maior: Jean Piaget. Retomar o processo de formação de jovens exige motivação,  liderança e competência.Os filmes Sociedade dos Poetas Mortos, Nau dos Insensatos, Perfume de Mulher e o Pagador de Promessas mostram aonde leva a autoridade sem limites. A Diretoria deveria saber que entre ela e as trevas da Idade Média, houve um período chamado Iluminismo.

Sinto vergonha ao presenciar a que ponto de arbítrio pode chegar a espécie humana. Confundem autoridade e disciplina, com autoritarismo e exercício discricionário do poder. Por outro lado, essa mesma espécie humana, mostrou sua melhor face de dignidade ao recusar-se a juventude a entrar em aula. Sou pai e avô de filhos e netos que educados a serem homens e mulheres livres. Sem a ameaça de esbirros e janízaros.A perda de pulso do ensino, (continua no próximo comentário...)

Quis custodiet ipsos custodes?

Caro Hélio, só para provocar, imagine a situação de pais que tem um filho vítima de "bullying" na sala de aula. Neste caso, eles terão o interesse em ter as câmeras, e, muito provavelmente, o próprio aluno vitimado por esse processo também vai se sentir menos ameaçado - e esse grupo decididamente vai enxergar uma racionalidade nessa norma. Mas aí entra a questão do que quer a maioria da comunidade. Questão espinhosa essa...

Perfeito o artigo. Realmente é complicado. Agora teria que ser analisado a médio prazo se com o tempo os alunos se acostumando com a câmara não passariam a ignorá-la, retornando os comportamentos digamos inadaptados a sala de aula. Outra coisa, este negócio de câmara como solução pra tudo é complicado, depois que se lê o livro "1984" do George Orwel e se vê o filme. Será que lá na frente o futuro da humanidade não será o descrito no livro? A se pensar.

Panopticon.