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  1. ricardo rezende

    Caro José. Quando o Estado é laico (penso a partir de nossa experiência) ele se coloca como se estivesse acima das "bobagenzinhas" particulares dos gostos populares; ledo engano: observo que o Estado brasileiro tornou-se alvo fácil das manobras, entre elas as religiosas. O Estado cai facilmente nos impasses de impor sua laicicidade frente à tolerância religiosa - e termina perdendo. Veja o quanto não avançamos em certas matérias e veja a subserviência das plataformas políticas concorrentes.

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  2. alex

    Pergunta: O Estado brasileiro é laico como diz a CF? Se é, por que há crucifixos nas paredes de todos os orgãos públicos. Se eu sou membro de outra religião, mulçumana, judia, candomblé, eu posso colocar meu símbolo religioso na parede ao lado da cruz?

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  3. Jose Antonio

    Concordo! Embora o povo brasileiro seja maioria cristão, independentemente da crença dos políticos eleitos as políticas implantadas devem ser laicas ou no máximo seculares. A discussão de políticas voltadas p/protecção de minorias, melhoria da saúde publica e outros interesses da sociedade devem estar isentas de argumentos religiosos supersticiosos. A melhor método é que estas questões sejam discutidas c/base em ciência e filosofia. Espero q nosso pais nao se transforme num taliban cristão.

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  4. Fritz

    Parabéns, mais uma vez, ao Hélio Schwartsman! Estado laico e eleições desvinculadas de religiosidade: é o mínimo para a manutenção da liberdade, não apenas da religiosa, mas de toda ela. Imaginem um Brasil fundamentalista cristão! As mulheres serão as primeiras afetadas, se seguirem as determinações paulinas nas cartas aos efésios, colossenses, coríntios e a Timóteo, por exemplo: "As mulheres submetam-se aos seus maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher..."

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  5. robertopacinoo

    "para fazê-lo, precisaríamos eliminar o povo do processo de escolha" SOFISMA! a questão não é o povo religioso, a questão são as instituições meterem o bico! E não faça de conta que não sabe as diferenças entre instituições religiosas e seus seguidores..........

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  6. ricardo rezende

    Acrescento minha opinião de que o problema está não no caráter laico do Estado, mas em que ele seja insuficiente para garantir sua autonomia e igualdade entre os cidadãos. É preciso que o Estado seja ateu, o que não implicaria, em tese, que sejam caçadas as liberdades religiosas; implicaria sim que, em caso de confronto destas (das liberdades religiosas) com o Estado, economizaríamos as horas de trabalho do magistrados, advogados e demais funcionários da Justiça.

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    1. Jose Antonio

      Ateísmo é simplesmente nao crer em nenhum dos mais de 1000 deuses. Alguém pode ser ateu e ao mesmo tempo ter religião como jainismo budismo.Portanto, o estado tem q ser laico e nao ateu. Alguns estados totalitários usaram tanto o ateísmo c/a religiao para impor suas políticas e ideologia, mas nao faz sentido rotular uma nação, um povo como ateu, cristão etc. O estado brasileiro esta mais para secular do que laico. Eu espero q nao venhamos a ser numa espécie de Taliban cristão no futuro.

  7. ze

      Caro sr. Hélio Negro, metafísica existe e ela não é a física, está depois não só na obra aristotélica mais na realidade mesma. as religiões trabalham com ela, a metafísica. a filosofia está refém, presa em cativeiro, da ciência, como as letras o estão da literatura e da ficção. precisamos nos libertar.  

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  8. pbs1

    Excelente artigo.

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  9. carlito

    Muito bem, sr, Helio. Na verdade não dá prá separar o homem de suas virtudes e defeitos na hora de votar. Espelhando-nos nos candidatos, fica ainda mais difícil. Sei não, mas às vêzes penso que um pouquinho de violência ( ä la grega) faria bem ao Brasil. Sacudiria um pouco tanta corrupção. Parabens.

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  10. Herdf

    A questão não é o eleitor não levar em conta a religião, são os religiosos pensarem em eleger candidatos para impor dogmas de fé na legislação, é disso que se trata.

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