Luiz Felipe Pondé > O que é uma vida decente? Voltar
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A hipocrisia tem sua importância como cimento social. Imaginei o sapiens primitivo, há 70 mil anos: o mais forte, hábil e, muitas vezes, por que não, trapaceiro caçador prevalecia e tinha as melhores mulheres para passar os genes adiante. Estamos sob as mesmas estrelas que eles. Só que nos tornamos numerosos e civilizados e os perigos, e o inferno, hoje, são os outros.
O Brasil é uma criança corrompida aguardando seu tiro na testa...
O texto é uma forma clara de demonstrar que a valorização hoje é para o ter o não para o ser.
Esse pondé... ainda acha que entende alguma coisa da vida... pra mim, a maioria das coisas que ele diz cheira vômito.
O Pondé simplesmente relata o atual paradigma existencial! Para se viver bem (por viver bem entenda-se, poder consumir com folga) vale tudo! E diga-se, arrisco dizer que tal premissa é inerente do ser humano: Para se viver bem vale tudo! Muda-se apenas o entre parenteses, atualmente é poder consumir. Em outros tempos e sociedades era poder dominar, em outros era poder cobrir sexualmente, em outros era oprimir por oprimir, e etc (...) E assim é o ser humano e a sociedade humana.
A ironia é uma arma manejada com maestria pelo Pondé.
"Para resistir à corrupção, você tem que ser radical, ou religioso, ou moral ou polÃtico." Discordo desse trecho. Não é preciso ser radical. É "só" estar de bem com a vida (tudo o que não promovem para você). Não acreditar nos comerciais, nem nas competições, nem em psicólogos, astrólogos, psiquiatras, partidos, religiões, RH's. Saber que tudo isso é teatro, e que não adianta correr, nem querer. O silogismo sem discernimento é um tiro no pé. Enfim, é "só" estar de bem com a vida...
Percebe-se que Pondé, neste artigo, é mero cronista, que expressa as coisas como na maioria das vezes acontece. Nesse caso, concordo com o autor. Muitos covardes se escondem atrás da própria famÃlia para justificar sua falta de princÃpios. O mal da humanidade é a falta de educação, que é a origem de tanta banalidade, de tanto vazio. O orgulho é consequência, é o desejo pelo status, aquele tipo que avalia o valor de alguém pelo modelo do carro. Esse tipo de pai Homer Simpson vai ensinar o quê
O colunista levanta um enorme ponto de interrogação e alguns leitores enxergam um enorme dedo de acusação. Recomendo exercÃcios para o fortalecimento do estômago.
Belo desfecho retórico - ou não.
...e o seu discurso, Paulo, só me dá sono. Vá logo ao mercado. Se achar paciência, traga 3 kilos pra mim. Abraço.
Aliás, quanta pretensão colocar o "filósofo incorreto" e Nelson Rodrigues no mesmo patamar. Seu discurso, Marcone, só mostra que o "filósofo incorreto" não é original nem na hora de suscitar polêmicas. Nessas horas, precisa pegar carona nas frases prontas de outras figuras - essas, sim, consagraram-se por boas razões (não tanto pelas frases, mas pelo trabalho apreciável que desenvolveram em suas áreas).
(continuação2) atenção comprada são equivalentes a amor. Decerto, o teatrólogo e gênio, o PhD de Tel Aviv e o Marcone da falácia do espantalho e do apelo à autoridade construÃram um campo semântico próprio, onde amor deixa de ser uma expressão genuÃna (sim, pieguice, mas é inato ao conceito da palavra) para se tornar algo dissimulado. Vejo que suas fartas leituras de Pondé fizeram muito bem a você.
(continuação) palavra é ditada por seus tÃtulos, e não pela consistência do que dizem. Eu poderia facilmente elencar uma lista de figuras notáveis que pensaram ou disseram o contrário do que o teatrólogo ou o "filósofo incorreto" dizem. TÃtulo por tÃtulo, bastam-nos os que nos convêm, ou minto? Enfim, agora preciso ir ao supermercado. Estão com uma promoção de amor com 10% de desconto. Não perca. Aproveite e me diga o nome do seu léxico, para que eu entenda por que oportunismo e (continua2)
Senhor Marcone, em nenhum momento eu disse que você não tem o hábito de ler, mas ao me deparar com esse comentário seu, começo a questionar suas habilidades interpretativas. O que eu disse é que você aparenta não ser leitor de Pondé (e até onde sei, o mundo da leitura não se resume à s obras dele). E por favor, poupe-me da falácia de apelo à autoridade. O que o maior teatrólogo, o maior cardiologista ou o maior escrivão desse paÃs dizem não me importa quando a relevância das suas (continua)
Meu caro, quem parece não ter o hábito da leitura é o senhor. Quem dissea frase "dinheiro compra até amor verdadeiro" foi um teatrólogo e gêniobrasileiro, a quem o senhor deve considerar mero reacionário. Sobreo Pondé, li tão somente todos os livros que ele publicou, "Dopensamento no deserto" ao "Contra um mundo melhor" - que aliás,recomendo ao senhor. O que ele faz aqui, é "jogar a realidade em nossacara" com o intuito de questionar a moral da sociedade. Abraços.
Meu caro, quem parece não ter o hábito da leitura é o senhor. Quem disse a frase "dinheiro compra até amor verdadeiro" foi Nelson Rodrigues, um gênio brasileiro a quem o senhor deve considerar mero reacionário. Sobre o colunista, li tão somente todos os livros que ele publicou, "Do pensamento no deserto" ao "Contra um mundo melhor" - que aliás, recomendo ao senhor. O que ele faz aqui, é "jogar a realidade em nossa cara" com o intuito de trazer o tema ao debate, questionando a moral pública.
correção: que ele *tem
Exatamente o que eu pensei caro colega. Como não enxergam o óbvio, aliás, muitos artigos do Pondé segue a mesma linha.
(continuação) para dar conforto à famÃlia. Se o Pondé tivesse a intenção de criticar essa hipocrisia, faria uma manifestação clara e objetiva contra isso. Diria: "o ser humano é dono de uma moral abominável que o induz a se corromper para dar conforto à famÃlia". Mas não foi isso que ele fez. Ele debulhou meio quilo de firulas dando a entender que, bem, é desculpável, afinal, vivemos num mundo egoÃsta, o ser humano é egoÃsta e mais umas dezenas de crenças que ele têm sobre a natureza humana.
Tenho a impressão de que Ãtila e Marcone não têm o hábito de lerem Pondé (e se não têm, fazem bem). Esse mesmo colunista já disse que o dinheiro compra, sim, amor, que mulheres não tendem a se apaixonarem por pobres, que a beleza feminina é imprescindÃvel para o homem etc. Por que é tão forçoso acreditar que ele endossa a hipocrisia? Não, o objetivo-primeiro dele não é criticar a hipocrisia. É, antes disso, legitimá-la ao dizer que não é tão incompreensÃvel que alguém seja corrupto (continua
Mas você quer que os eleitores do P.T. saibam interpretar um texto? Você está querendo demais né?O colunista escreve um texto CONDENANDO a hipocrisia, e estão aà os comentários, para provar que a educação brasileira não melhorou 1 centÃmetro desde Nilo Peçanha.
Que alguém completamente ridicularizado pela classe intelectual escreva num jornal mediano como este não é nada alarmante. O problema é quando um pseudointelectual dessa categoria tem uma vaga como docente numa das melhores universidades do paÃs. Isso sim é estarrecedor. Acho que foi esse um dos textos mais es túpidos que já li.
"Mas não é disso que quero falar." Mas já falou, é antipetista. Nada contra. Direito seu, mas sem eufemismos, por favor. "Querofalar do fato de que, para alémdo debate polÃtico --que acho chatinho e quase sempre um circo" ...masque sempre comenta..., (...) "acorrupção se alimenta de algo muito mais profundo."(...) Daà ele cita exemplos,não li todos, pois são repetitivos e concordo com a "tese" dele: sim,todos preferem DINHEIRO, todos preferem ficar RICOS.
É isso que ele diz no artigo. Tendo em vista que vivemos no Capitalismo, trata-se, então, de uma grande obviedade que é sintetizada na frase: "amigos, amigos; negócios à parte". É só isso. Mas está incompleto, ele não expressa se concorda com isso, ou se discorda. Parece discordar, mas o que propõe?
Falta estilo e sofisticação ao articulista. E de forma recorrente lança mão de temas polêmicos e os discorre como um adolescente elaborando uma redação para vestibular. Interessante que a degenerescência é algo tão evidente que até o histriônico Paulo Francis os fazia comparativamente ao articulista com rara maestria.
Esse artigo do intrépido Pondé pode ser resumido por uma máxima de La Rochefoucauld, "L'hypocrisie est un hommage que le vice rend à la vertu" e por um aforismo de Sêneca, "Honesta quaedam scelera successus facit". Os udenistas que se extasiam com as capas da Veja são os mesmos que falsificam recibos de dentistas para burlar a restituição do IR. Os ongueiros defensores dos "fracos e oprimidos" não hesitam em desviar doações para encher os tanques de seus próprios carros.
A leniência de parte da classe média para com o mensalão parece ter um motivo muito claro: o ressentimento de anos de governo "de direita", algo como "já que o jogo polÃtico funciona assim, pelo menos que seja jogado por um representante do povo e não da elite", como se um crime fosse mais justificável que outro, ou um criminoso mais legÃtimo que outro. É fácil exigir CPI, o difÃcil é não parar em fila dupla e não pedir ao amigo do Detran para retirar suas multas. O paÃs da hipocrisia
Sr. Luiz, honestamente, tenho dó do senhor. Graças a Deus que não fui sua aluna na PUC SP, quando entrei para a universidade aos 17 anos. Graças a Deus que não penso como o senhor!!! Rezo por sua alma. Sim, sou religiosa e temente a Deus, que péssima educação o senhor teve! Que valores pobres para seus alunos...Um dia verá que esteve equivocado. Tomara que não seja tarde demais.
Responda sinceramente Cleunice, você entendeu o artigo?
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Triste lição de auto-rendição que Pondé nos demosntra, usando-se de citações e aforismos batidos e eletistas . O que pareçe é que não adianta querer mudar nada, melhorar nada. analisessintatica sdarealidade.blogspot.com.br
Estudou tudo isso, é professor, etc. etc., para repetir o que ouvi dia deste, de um morador de rua, imundo, pé no chão, saco de farinha fétido nas costas e sem dentes, quando da leitura das manchetes na banca de jornal: " se tivesse lá, eu também roubava!!!" Não preciso de um "filósofo" para justificar essa moral Neandhertal. Por ele, todos nós estarÃamos nos locupletando na babárie nazista. Seja mais original!
Em algumas poucas tiras, o notável Laerte desmascarou este senhor chamado Pondé. Depois disso, nada do que ele disser será realmente original.
Pondé não está defendendo a corrupção. Ele tratou da hipocrisia que subjaz à s relações sociais. A sociedade de consumo oferece apelos fortes, mas é possÃvel ser honesto, sim. Dá mais trabalho, é preciso mais paciência, ensinar valores firmes aos filhos.
Simplesmente hilário! O colunista escreve um texto para CONDENAR esta hipocrisia, e a maioria dos comentários o contestando, como se ele estivesse corroborando tais atitudes.Mas você esperar uma correta interpretação de texto por parte dos eleitores do PT é querer demais né, João Neto?
Engraçado. Um bispo andou dizendo que professor da PUC não pode ser gay, comunista, favorável ao aborto etc., e que deve "respeitar" as doutrinas da Igreja. Mas professor da PUC pode ser misógino? Professor da PUC pode menosprezar a integridade humana? Pode colocar o dinheiro como mecanismo mais útil às relações humanas do que a honestidade? Aliás, parece que o nobre colunista anda assistindo demais a séries americanas.
O que ele está colocando em questão não é a moralidade da corrupção e dos seus desdobramentos mas a hipocrisia que é inerente a todos nós (e ao autor também se inclui nesse leque). Todo mundo é capaz de fazer um julgamento moral e obviamente condenar a corrupção por, no mÃnimo, ser uma afronta ao bem estar público, mas na prática, na vida real, quantos de nós terÃamos essa posição moral quando diante da necessidade de ter "uma vida decente" que, aliás, é o tÃtulo do artigo.
O que se fala nesse texto é sobre a hipocrisia que marca as relações sociais humanas.Eu me acho muito honesto, se alguém dizer o contrário certamente arrumará confusão comigo, aliás pegunte p/ mil, um milhão de pessoas e dificilmente você conseguirá alguém que defenda uma posição que é moralmente condenável. No entanto vivemos em uma sociedade de honestos corruptos, cristão assassinos e outras incongruências do gênero, então porque a realidade não condiz com a ideia que fazemos de nós mesmos
Mas a generalização foi superficial demais. Fale o Pondé por ele mesmo, se acha que é válido roubar para ter um IPAD ou comer num restaurante caro. Existem pessoas honestas sim e a idéia de que a riqueza ilÃcita traz felicidade para todos é de um maucaratismo impressionante. Ele tenta se redimir mas é um machista de primeira. Trata as mulheres como interesseiras sem escrúpulos cujo principal objetivo na vida é arrumar um marido rico que lhe banque tardes de compras.
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