Hélio Schwartsman > Atacadão médico Voltar
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O governo não fiscaliza a formação médica, pelo contrário, estimula a abertura de escolas médicas de forma indiscriminada e depois fica dando pitaco na conduta dos médicos responsáveis (Sim, eles são poucos mas existem)!!!
Utopias à parte, o que dispomos na prática? O mundo teórico é sempre fantasioso. Hormônios não são refrigerantes, e ocorre que, nem a maioria dos médicos, muitos menos seus pacientes, estão conscientes disso. O que se sabe na prática, é que o lobby da indústria farmacêutica é a força mais forte no setor da saúde. Portanto, parabéns ao Conselho que agiu com dignidade e, em nome da responsabilidade, impôs um limite ao lucro a todo custo, que deixou em desuso a palavra "dignidade".
Fica claro, portanto, para melhor atender o interesse público, que a estrutura dos CRMs deve ser adequada ao número de profissionais inscritos em cada Estado e sua atuação como órgão deve se restringir a aspectos de fiscalização do bom exercÃcio da profissão. Isso não impede que seus membros tenham atuação polÃtica, entretanto, ela não deve interferir na função judicante, sob pena de perder a eficácia.
De outro lado, a crÃtica é pertinente. Essas medidas extremadas dos CRMs decorrem em meu entendimento, pela defazagem que há entre a estrutura criada e a necessária para fiscalizar. Hoje a relação médico-delegado é muito superior à quela de sua criação. A estrutura é a mesma, independente do Estado da Federação. Decorre disso, que nos Estados populosos, os CRM não mais fiscalizam no varejo, querem agir no atacado. É a solução? Penso que não, pelo devido respeito a cada um no julgamento ético.
Os órgãos de fiscalização não se podem confundir com órgãos de classe, pois há evidente conflito de interesses nessa dupla função. todos os conselhos e classe querem ter a tipicidade da OAB, exemplo extremado de poder. O poder absoluto, entretanto, não cabe no Estado republicano. Para evitar absolutismo recorrente é que temos entidade de fiscalização, entidade de ensino e entidade de classe distintas entre si. Assim deveria continuar sendo.
Ótimas proposições!!! O CFM é uma caixa de maribondos; as 'mafias' que atuam nos sistemas de saúde do paÃs são mais perversas que as demais (que atuam em empresas, cartórios, igrejas, polÃcias, Executivo, Legislativo, Judiciário, imprensa, etc, etc. com as exceções possÃveis, claro), pois 'aperta e enforca' pessoas em desespero.
Concordo em parte. Claro que há um tipo de máfia mas não tem nada de diferente dos outros. Além disso, as pessoas também vacilam quando tentam cuidar da saúde como se tivessem num self service. Tanto é verdade que os serviços de urgência brasil afora vivem lotados de pessoas que não tem nada que justifique a presença em tais serviços.
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