É verdade que as cidades brasileiras, via de regra, não seguem absolutamente nenhum projeto urbanístico e estão completamente entregues às vicissitudes do mercado imobiliário, o que sempre gera aberrações arquitetônicas pouco funcionais e esteticamente monstruosas (ainda mais tendo-se em vista o mau gosto da elite dominante do país, que paga pelas obras mais vistosas). No entanto, querer que o brasileiro se inspire na arquitetura barroca alemã denota a mais absoluta falta de senso do autênti

Mais: para garantir nosso progresso econômico e os avanços no âmbito social, nunca precisamos ingerir de maneira nefasta sobre a economia de nossos vizinhos, orientando-os a vender todo o aparato público do país a preço de banana, como fez a Alemanha com Grécia e Portugal, aos primeiros sinais da crise europeia. Compare a política externa brasileira (lembre-se da postura do país, por exemplo, quando da expropriação de empresas brasileiras por parte de Evo Morales) e a alemã.

Nós nunca recebemos nenhuma mesada astronômica dos EUA, como ocorreu com a Alemanha Ocidental após a Segunda Guerra. Pelo contrário, fomos vitimados por uma ditadura militar apoiada pela CIA, responsável por levar o país ao buraco com sua política econômica inconsequente. No entanto, o Brasil se recuperou e conquista aos poucos e solitariamente, desde a redemocratização, uma posição de prestígio no cenário internacional. Será que os alemães têm, de fato, muito mais mérito?