Hélio Schwartsman > Capitulação linguística Voltar
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Desculpe, mas não é verdade que "crescem evidências de que os portugueses jamais vão adotar o acordo". Pelo contrário, muitos dos principais jornais e emissoras de TV de Portugal já estão adotando (ou, como eles diriam, "estão a adotar") o acordo. Procurem no Google por exemplo os sites do "Expresso" ou da SIC.
Há controvérsias!!!
Como vai, Luiz? Não estou defendendo a "nova ortografia", apenas dizendo o que pensa Bechara. Não gostei do fim do trema. Mas, por mim, tanto faz. Muita gente confunde ortografia com gramática, e uma coisa nada tem a ver com a outra. Para que o Português seja uma das lÃnguas da ONU é necessário que haja uma só ortografia oficial. Se os brasileiros não derem valor ao próprio idioma, quem vai dar? Precisamos fazer com que nossa lÃngua seja mais respeitada, não acha? Boas festas!
Professores de Português não estão aptos a discutir ortografia. A função do professor é ensinar a ortografia oficial vigente no paÃs. Quem deve discutir ortografia é ortógrafo ou lexicógrafo. Se alguém não tem capacidade de escrever um simples bilhete, das duas uma: ou o prof. não ensinou ou o aluno não prestou atenção/ não quis aprender. Todas as lÃnguas históricas possuem uma forma correta de grafar as palavras. Saber escrever é uma coisa, escrever em "lÃngua padrão" é outra. Por isso o pr
Outro dia recebi uma lição de um comentarista sobre o Africâner. Dizia que em 1925, as pessoas tomaram sérias e radicais decisões sobre como escrever o seu idioma. Parece que não deram a menor bola para formas "corretas" de grafar as palavras. Esse me parece o jeito certo de tratar desse problema. A palavra de ordem é simplificar, contra tudo e contra todos. Os professores, mais que os ortógrafos ou lexicógrafos, são o maior empecilho para a simplificação da lÃngua.
O que precisamos é de uma reforma radical, já que a maioria esmagadora das pessoas não sabe escrever. O computador e o corretor de textos mascara isso um pouco, mas basta pedir alguém para escrever manualmente um simples bilhete para ver uma pessoa correndo como um possesso. Temos de ter a coragem de simplificar radicalmente a nossa ortografia. Professores de português, por favor, fiquem longe desse processo!
Muita gente mal informada (ou mal-informada?) dando palpites por aqui. O Sr. Bechara não é o pai da criança. Tudo foi engendrado nos idos de 1994, num nebuloso decreto legislativo (adivinhem quem era o presidente do Senado) e tinha José aparecido de Oliveira e A. Houaiss como eminências pardas. Houve até uma entrevista no "Programa do Jô" em que Houaiss afirmou "já ter uma gramática e um dicionário" com as novas regras. O Sr. Bechara entrou nessa muito tempo depois, nomeado para ...
"Mal-informada". A regra diz que palavras compostas com "mal" têm hÃfen se a segunda palavra começar por vogal, " h " ou " l ".
O sapientÃssimo e seriÃssimo prof. Bechara não precisa da minha defesa, mas, com toda certeza, não promove o "novo acordo ortográfico" para se locupletar. Faz isso por acreditar na internacionalização do idioma e na maior facilidade do seu ensino, entre outras coisas.
PATRICK: Se um dos objetivos é a "internacionalização do idioma", creio que o melhor seria o ensino do inglês por ser falada mundialmente e até pelos chineses e japoneses. Abraços e Feliz Natal.
Bechara é o José Sarney da gramática... Alias, ambos são imortais.
Essa tal "reforma" só trouxe lucros (enormes) aos editores de dicionários e ao Sr. Evanildo Bechara, um dos responsáveis pela dita cuja (quase de cujus), que vendeu como cachaça em dia frio sua gramática atualizada para todos os órgãos públicos que compõem a imensa burocracia deste paÃs.
Quanto ao hÃfen, concordo que, à s vezes, é problemático, e que muitos, se pudessem, o aboliriam. Mas, como o sistema ortográfico do português é de base fonético-etimológica e, portanto, leva em conta a origem das palavras e a tradição, este sinal é um mal necessário e muitas vezes indicador da pronúncia correta: sub-região, sub-regional, sub-base, etc. Tente ler sem o hÃfen.
O assunto é complexo. Por isso é da competência de ortógrafos ou lexicógrafos. Não é bom mexer com a ortografia; por outro lado, também não é bom que o idioma tenha ortografias diferentes. O italiano, o espanhol e o francês, p. ex., têm uma só ortografia. O assunto deveria ter sido amplamente discutido antes da adoção do "novo acordo", embora seja difÃcil discordar do eminentÃssimo prof. Bechara, maior defensor da nova ortografia. (cont.)
Todos os dias milhões de brasileiros mexem na ortografia ao escrever "errado". Sejamos corajosos e façamos uma simplificação radical desta ortografia. Ela é pouco prática, barroca e artificial. Estudar português é uma forma sutil de tortura, que afastam as pessoas não só da literatura, mas muitas vezes do próprio estudo.
O problema principal, a meu ver, foi o Brasil ter adotado o acordo apressadamente, sozinho. Se todos os paÃses de LÃngua Portuguesa tivessem adotado o acordo ao mesmo tempo ou se fosse combinado que no ano "tal" todos fariam isso, não haveria tanta discussão, embora eu, particularmente, não tenha gostado do fim do trema, pois este sinal determinava que o "u" tinha de ser pronunciado. Os portugueses dão mais valor à lÃngua, por isso não aceitaram muito bem, mas os brasileiros aceitam tudo. /
O Brasil e Portugal já não falam a mesma lÃngua há muito tempo, as diferenças são muito maiores do que por exemplo entre o inglês da Inglaterra e o dos Estados Unidos. O novo acordo é uma tentativa fútil de normatizar coisas distintas. É mais do que tempo de fazer uma reforma simplificando algumas coisas inúteis da nossa lÃngua, como por exemplo as regras totalmente inconsistentes do uso do hÃfen (aliás, deverÃamos fazer como os espanhóis, que não usam hÃfen e se entendem muioto bem).
Deveria, ao contrário, haver a "revolta da lÃngua"; mostrarque , agora, a população faz um referendo contra o "acordo". Aplicar e difundir(principalmente pelos professores de lÃngua portuguesa) o que era a norma. Enaltecerque o "acordo" possuÃa em seu âmago, meramente, o interesse econômico . Determinar, para os que se sentem áulicos do poder da lÃngua,a sua conclusão: "Na verdade, a própria ideia de legislarsobre o idioma é um contrassenso. ... para baixo." Maria Helena
O adiamento da reforma segue o mesmo desatino da transposição do Rio São Francisco! Foram criados para dar aos olhos do incauto uma imagem de O Todo Poderoso. O Lula. Mas Lula não vai além de um Jim Carrey e terminará sendo conhecido na história como O Máscara que realmente o é!
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