Ruy Castro > Um acordo sobre o qual Voltar
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O Acordo é bom, embora haja pequenas falhas de "lógica" de acordo com a estrutura da lÃngua portuguesa e outras de técnica. Os acentos gráficos não são, nem nunca foram, necessários, mas são muito úteis; poucas lÃngua usam esse recurso; o italiano o aboliu. Dos comentários que li abaixo, vejo que muitos crÃticos falam do que não conhecem, falam de astronomia e não sabem que o Sol é uma estrela. De tudo, o impurtanti é mesmo nóis se comunicá?, sem formalidades ortográficas e sintáticas?
No meu ponto de vista existe uma intenção de se simplificar a lÃngua portuguesa como se isso pudesse ser feito por decreto, no caso, acordos. Eu sou a favor da lÃngua culta e acho que ela deve ser preservada. Pode-se falar simplificado, mas na hora de escrever todos deveriam conhecer a norma culta ao menos. Vejam o caso do inglês que é uma lÃngua já muito simplificada, mas que tem uma base muito boa nas escolas. O nosso ensino básico forma na realidade analfabetos funcionais, não mais que isso.
Caro Thiago: Evanildo Cavalcante Bechara é uma pessoa especial, daquelas que não se encontram por aà facilmente. Passou a vida dedicando-se à s lÃnguas, é filólogo, gramático, profundo conhecedor de ortografia. Foi aluno de Said Ali e contemporâneo de outros grandes gramáticos de nosso paÃs. É orientador de doutores. Não tenho dúvidas de que é o maior conhecedor de lÃngua portuguesa. Ninguém é tão bom quanto ele.
Absurdo comparar Evanildo Bechara com aquela múmia do MA.
Entre outras coisa, ambos são imortais...
Sob minha ótica (já coloquei o acento até no já e até no até) creio que o leitor terá (outro acento) que lêr (outra vez senão fica abreviatura de "lesões de esforços repetitivos") o texto e depois, para entendê-lo (outro acento) colocar a acentuação mentalmente. Certamente terei dificuldades para adptar-me à (outro acento) nova ortografia mas, como sou novo, creio que conseguirei. Vamos aguardar com fé (outro acento) que o acôrdo (mais um) não se concretize.
Coisa mais estranha ficou a palavra corréu diante daelegância de co-réu, dentre outras. Você e o Hélio Schwartsmam estãoparabenizados por discutirem o tema. Você mais radical que o H. Schwartsmam. Penso como você. Mantive minha escrita em "desacordo ortográfico"; nãopor conservadorismo, porém, pelo aspecto frágil defendido pelos que se sentem "áulicosdo poder da lÃngua". Maria Helena
Radical ele seria se propusesse uma real simplificação da ortografia brazuca. O português escrito é barroco, artificialmente complicado, cheio de exceções ridÃculas e, em alguns casos, absolutamente ilógico. Por tudo isso, é uma lÃngua que quase ninguém sabe escrever. Um verdadeiro desastre!
Emerentino, é impossÃvel acabar com os acentos em Português. Compare as duas frases: "Que poder detém esses polÃticos corruptos?"/ "Que poder detêm esses polÃticos corruptos?" Um acento é capaz de modificar todo o sentido de uma declaração. Pense nas palavras "sábia, sabia, sabiá", por exemplo. Os jornalistas já reclamam de não poderem botar o acento agudo em "para" do verbo "parar". Imagine ter de explorar o contexto o tempo todo para saber do que se trata. Observe: "Passeata para BrasÃlia"
O acordo é inútil porque troca umas dificuldades por outras.Bom seria se toda a acentuação fosse suprimida por exemplo.O que importa é simplificar a linguagem escrita.
Concordo com o Sr. Deve-se usar aqui a Navalha de Occam, já que a tendência é ir criando cada vez mais sinais. Por exemplo, os espanhóis usam aquele interrogação invertida para sinalizar as frases interrogativas. É bom? Claro, mas temos nos virado muito bem sem esse recurso. Tirando casos artificiais, criados por motivos polêmicos, o sentido das palavras se dá, na maioria dos casos, pelo conjunto do texto.
Há crÃticos do "novo acordo" como há defensores. O maior destes é o prof. e acadêmico Evanildo Bechara, de quem é difÃcil discordar. Como já disse em outra coluna, é assunto complexo, deveria ter sido amplamente discutido antes da adoção e, se fosse adotado, teria de ser por todos os paÃses signatários ao mesmo tempo, na mesma data. Algumas coisas realmente incomodam, como o fim do trema, que tinha por função indicar a pronúncia do "u" átono.
Por que mesmo é difÃcil discordar do Bechara?
Evanildo Bechara é o José Sarney da gramática...
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