Hélio Schwartsman > A psicologia da tragédia Voltar
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Quando ocorre um acidente muito grave de ônibus, em que muitas mortes seriam evitadas pelo uso do cinto de segurança pelos passageiros, a opinião pública volta-se temporareamente a analisar esta questão especÃfica. Mas depende muito da comoção que a tragédia proporciona. Mortes à varejo e de pessoas desimportantes não ajudam tanto. Â
Tudo é transitório nesse Brasil. Quando a mÃdia calar-se (já tá enchendo) volta-se à normalidade, digo ao descaso.
Hélio ninguém precisa desenvolver transtornos por causa dos riscos, mas diz o ditado que alguém previnido vale "por dois", então veja e reflita: as portas devem se abrir para fora ou para dentro? Nos prédios de apartamentos deveria haver exigências de detectores de fumaça e principalmente de gás, melhor ainda se este detector acionasse a válvula. E vai daà em frente em prevenções e sem desenvolver transtornos.
Todos sabemos disso. O problema no Brasil é cultural. Pais sem cultura nada funciona. pois o povo nao cobra. É so andar em paises que funcionam e ver como todas as coisas sao pensadas antes. Aqui é só no "apaga fogo"só aparece alguma coisa depois que esta tudo estragado, entupido, congestionado. atrasado.  Brasil .........................
claro é isso mesmo;porem alguma coisa fica...daqui pra frente sera um pouco mais dificil montar outra arapuca como essa..
O fato é que se aquele idiota do vocalista não tivesse utilizado o pirotécnico o Show continuava com ou sem alvará!
Gostei da Ãdéia.
 Concordo com sua opinião e os fatos em ocorrências mundiais confirman sua tese.O que deve ser lembrado é que se você resolve empreender qualquer negócio pessoal ou empresarial que envolva instalações fÃsicas,há mil e uma normas, estatutos,regras,proibições de toda ordem que lhe inibe e oneram.Se não assessorar e pagar caro,não consegue instalar e trabalhar.Contrasta com as ocorrências fatÃdicas,que se tem como satisfeitas as exigências normais e técnicas de proteção à Pessoa.
A análise de risco e tão eficiente quanto é a capacidade que cada um tem de "ler" o ambiente que o cerca. Cada um de nós temos capacidades de observações diferentes em uma mesma situação ou de um mesmo objeto. Diante de uma simples caneta esferográfica, uma pessoa consegue fazer 10 observações sobre ela, suas dimensões, cores, texturas e por aà vai. Outras, além destas, sabem a densidade de seus materais, a composição quÃmica de sua tinta e por aà também vai.
O pior de tudo isso, é que sabemos perfeitamente quem são os responsáveis por tragédias desse tipo, mas sabemos também que nada lhes acontecerá. Assim que a mÃdia arrefecer o Ãmpeto informativo, eles voltarão, fagueiros, a seus tranquilos e indevassáveis birôs...
O demasiado humano é a tragédia, o capital é a tragédia, alienação é a tragédia, o EU também o é, a caixa é a tragédia, ser coadjuvante é tragédia, pensar por pensar é tragédia!
As teorias dos especialistas são interessantes e refletem sim grande parte da dinâmica do risco em nosso cérebro. Mas tem um determinantes cultural que não pode ser ignorado. A cultura do desleixo e o peso da corrupção. Não tem nada a ver com a psicologia do risco. No Brasil adoramos obras e detestamos manutenção. Não cuidamos dos detalhes. Compramos alvarás, licenças, construÃmos além do permitido, relaxamos com materiais, invadimos áreas, mudamos projetos, enfim, digamos...exageramos!!!
talvez essa seja a tragédia, o estado esta gordo , inchado creditar a ele não é o melhor caminho, e isso é ampliado de modo trágico, quando observamos as regiões separadamente, ai não vejo tragédia e nem teoria do risco, acredito em descaso, veja o caso covisa, parecido a um covil, e outras particularidades desse gordo estado, o fato é que não costumamos abalizar divertimento com segurança.Â
Em aviação, um desastre aéreo é objeto de demorada investigação e, ao término desta, medidas são tomadas para que o erro não se repita. Não é possÃvel eliminar todo o risco inerente a qualquer atividade, mas é possÃvel, com eficiência, reduzir a probabilidade. A questão não está na natureza do cérebro mas na falta de competência. Darwin tem razão - a natureza não perdoa a fraqueza em forma de burrice.
Vale lembrar que mutirões como o do ControlAR paulistano é feito todo ano, sem falta, em milhões e milhões de carros. O sistema, que pega o último digito da placa para definir a janela da verificação, poderia facilmente ser adaptado para estabelecimentos como a boate.
Magna, acho que, melhor do que confiar a nossa segurança a uma burocracia impessoal que vive de rituais insossos, pro-forma e propinas para permitir contornar as regras, o melhor é que cada pessoa seja adulta e se cuide. A Mãe Natureza nos equipou com o instinto de defesa e de sobrevivência exatamente para isso. É, no mÃnimo, irresponsabilidade, passar essa atribuição para outros e bancar o coitadinho que precisa proteção do paizão-governo.Â
A pessoa que denuncia, com regularidade, a precariedade da segurança em situações de risco é considerada “chata/ terrorista/ agourenta etc.”,colocada na lista “inimigos do “desenvolvimento”. O excesso de som dessas casas, a prejudicar não só vizinhança, como tornando mais surdos os frequentadores, é desconsiderado pelas autoridades. Imagine, idosos que estivessem presentes. Um massacre.Maria HelenaÂ
Deixo a questão filosófica para os doutos e vejo a questão prática. Como não esquecer essa tragédia.? Instituindo um dia por ano para fiscalização de locais públicos. Uma espécie de mutirão anual de fiscalização. Com direito a diske-denúncia e a mÃdia fazendo o seu habitual carnaval. Os bombeiros e as "autoridades" ficariam espertas com as cobranças e dificultaria os jeitinhos e propinas. Bom, tem tando dia idioota que mais um não mataria ninguém.
Sr. Caio - Não faço parte da turma do "Estado MÃnimo", mas entendo sua preocupação. Para ficar no caso em tela. Como um particular pode cuidar INDIVIDUALMENTE da segurança da boite que frequenta? Ou da higiene do restaurante? Como ele pode saber que o leite que toma não contem formol? Aristóteles (não Marx) disse que as coisas que se pervertem pela exacerbação do seu princÃpio básico. Acho que esse é o seu caso, mas me perdoe se não lhe compreendi bem. Abraços!Â
Para ser coerente, Sr. Bembo, teremos que acreditar que algum governo tem competência e interêsse em manter as coisas em ordem. Se isso fosse verdade, você teria um mundo paranóico. Quem define o que é bom para si é a própria pessoa, não o governo. E a segurança, como escreve o colunista, e as percepções do risco e a importância dele diferem de pessoa para pessoa. Portanto, o melhor é que cada um se kuide. Mantenha governo longe disso, por favor.Â
Para os que temos fé acreditamos que não seja só isso, existe algo maior na existência que a simples satisfação de extintos humanos, existe um outro lado, o lado divino da criação, que faz com que busquemos também harmonia nas condições de vida e relações com a natureza e outros seres humanos. Essa busca de harmonia é que gera leis e regulamentos de convivência.
É uma pena que nessas horas apareça um monte de gente falando de fé. Deus não tem nada a ver com o assunto. É uma tragédia causada por falta de regras ou de fiscalização; sempre que não fizermos nossa parte pagaremos o preço em vidas. Ficar esperando por proteção ou solução sobrenatural apenas causará mais morrtes e postergará uma solução real.
Parabéns, senhor Marcão, por usar um argumento racional para justificar vossa fé.
Creio existirem outras questões, vemos qualquer propaganda para eventos juvenis realçarem esse lado radical e animal de desafio ao perigo para aumentar a adrenalina, que remontaria os fatos primitivos da constituição da sociedade humana, quando os homens "das cavernas" tiveram que enfrentar os perigos de uma natureza inóspita e a violência de animais selvagens para criarem sua civilização
Ainda me assusta o tom sádico, tanto da midia quanto das pessoas que consomem esta midia em geral, que tratam a disgraça alheia como uma negação de aspectos internos e mal resolvidos...
Desgraçadamente, o senhor tem razão.
Oliveira, os fatos são: 1. Se o governo fosse compente para tratar de fiscalização, não terÃamos nem esse acidente nem outros como mensallão etc. O governo não arruma nem sua casa ... vai arrumar a dos empresários?  2. Se o sujeito se mete em boate entupida de gente, sem porta de saÃda, todo mundo bêhbado e hystérico, é porque quer emoções fortes. E as tiveram. Dono da boate entregou o serviço que a galera queria - ele cumpriu sua parte.
Há tragédia e tragédia. Uma coisa é um incidente ou um tumulto generalizado em uma situação 'X' qualquer provocando correria e mmortes... Outra é um espaço para quase 1000 pessoas ter apenas uma mesma e única porta de entrada e saÃda. Até igrejas tem muitas portas de entradas e saÃdas. Essas visões 'psicológicas' da tragédia, trocando em miúdos, são baseadas no senso comum e no histórico de casos e não trazem novidade alguma, só obviedades. Omissão do poder público: o carro chefe da tragédia SM.
Concordo, Depaula. E acrescento: não é algum governo que vai acertar as coisas. Afinal nem a própria casa ele consegue manter em ordem, porque acham que ele arrumará a do setor privado. Se fiscalização do governo fosse boa, não terÃamos corrupção no setor público. Portanto, o melhor é as pessoas tratarem dos seus interesses, segurança e de suas vidas, e não amarrar o cavalo em lugar errado. Afinal, existem outras boates em que eles podem perfeitamente se divertir sem esses problemas....
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