Assisti Django Livre e agora leio essa coluna. Ao final de ambos, pura decepção. Tarantino se tornou tedioso e autorreferente. Coutinho corre o risco de seguir por um caminho parecido, mas um pouco pior e tornar-se apenas tedioso. Dizer que Django Livre é o melhor de Tarantino só para fazer apologia ideológica é baixo, além de mentiroso - embora sempre se possa argumentar que gosto não se discute, também não deixa de duvidoso.

De tal modo agora funciona o motor revisionista da História impulsionando fatos não a moda a La Tarantino com sua proposta de meta-cinema moderno e temas controversos, todavia como ensina Bonaparte nada muda mais que o passado

Como não fiz profecias para 2013 meu palpite do Oscar de melhor filme não será Lincoln e sim Argo, afinal o inimigo agora é o Outro. Péssimo para o futuro e ruim para Sétima Arte. 

Diretores & Psicopatas! Quero distância deles!

holocausto

O texto foi muito bom. Ambos os filmes mostram de maneira nua e crua duas realidades na história americana: a escravidão e a tortura. Ainda fala das críticas a política de Israel, a "grande vítima". O pior é que a política sionista implantou essa imagem dos judeus de ontem "dóceis como cordeirinhos", ante um "holocausto", quando são, na verdade, lobos. A Palestina de hoje está sendo perseguida pelos "bastardos inglórios" israelenses. "Vítimas" são algozes como sempre.

Que maravilha de texto. Um privilégio ler o J.P. Coutinho.

Sacrebleu! Coutinho vai ao cinema? E gosta de Tarantino? Soa o dobre de finados para a elite intelectual do Velho Mundo...

Concordo com o Coutinho. É chocante quando se colocam as 'vítimas' na posição de  algozes. Incomoda nossa percepção infantil de 'bom' e 'mau'. Da mesma forma, quanto aos filmes da  Bigelow, é difícil para a esquerda americana 'engolir' que o parque de diversões norteamericano tem porões bem mais escuros do que gostariam.

"não repararam nunca? pela aldeia,nos fios telegráficos da estrada,cantam as aves, desde que o sol nada, e, à noite, se faz sol a lua cheia.no entanto, pelo arame que as tenteia, quanta tortura vai, numa ânsia alada!o ministro joga uma cartada,alma que, às vezes, d'além mar anseia:-revolução! - inútil - cem feridos,setenta mortos. - beijo-te! - perdidos!-enfim, feliz!-?-! - desesperado. - vem.e as boas aves, bem se importam elas!continuam cantando, tagarelas:assim, antônio, deves ser."de a.nobre

Coutinho analisa muito bem, é evidente que o politicamente correto impera em Hollywood, e o ''liberal mind'', monopoliza a cena na grande mídia americana, inclusive nesse país, esse jornal apenas traduz o NY Times. Obama é o deus dessa gente, e é claro, tudo que venha confrontar essa visão de mundo é atacada de forma vil e ostensiva pelos democratas liberais que odeiam a democracia!

Nos EUA os politicamente corretos são os "liberais"!? Pois aqui no Brasil eles são os "sociais"!

...O politicamente correto é uma M...A e desonesto ao extremo. Acho importante discutir as opiniões e não combatê-las. O texto é muito bom e concordo com as idéias ali relatadas.

Excelente crítica do João Pereira Coutinho. Ainda não vi "A Hora Mais Escura" da Kathryn Bigelow, mas vi "Django Livre" do Tarantino e gostei do que vi. Aqueles que fazem eco à crítica do Spike Lee provavelmente sequer assistiram ao filme ou nunca viram um filme do Tarantino antes. Quanto mais evitarmos tocar nas feridas da humanidade (como o nazismo e a escravidão), mais elas se tornarão tabú e mais profunda fica a ferida.

Excelente texto. Disse tudo. O progressismo do politicamente correto vive de parasitar os erros de nossa sociedade no passado, a fim de chantageá-la no presente, forçando-a a incorporar suas pautas ditas "libertadoras". Os progressistas pretendem o monopólio da virtude; mais que isso: querem decidir o que é e o que não é virtude, segundo a medida deles e somente deles.

O Coutinho deve sofrer de algum problema cognitivo para ter enxergado apologia de tortura e execuções extrajudiciais no filme de Bigelow.Acredito que a película trata exatamente do contrário; com a sua expressão "nua e crua" ela acaba por mostrar a prática do suplício como algo repulsivo e inaceitável. No entanto, a questão que me intriga não é essa, mas, sim, outra: será que o ilustríssimo lusitano, acomodado no acolchoado do cinema, diante de cenas tão abjetas sofreu alguma espécie de orgasmo?