Luiz Felipe Pondé > Relojoeiro cego Voltar
Comente este texto
Leia Mais
É para se refletir bastante.
Pondé defende a EUGENIA. Dostoiévski no Livro Os Irmãos Karamazov, disse "Se DEUS não existe e a alma é mortal, tudo é permitido". Pondé, segue a lógica dos racionalistas ao extremo, não percebendo e, talvez não se dando conta das suas palavras. Convido o articulista Pondé a conhecer o trabalho do Dr. Reuven Feuerstein, em Israel, revendo repensando tudo o que ele escreveu aqui. Â
Concordo com você, Pondé. O melhoramento genético do ser humano é algo inevitável. Hoje, de forma incipiente. No futuro, uma obrigatoriedade. Ou, como você colocou, algo que poderá ser comprado, tal um plano de previdência complementar, com regras e tudo mais. Abraço, Ronaldo
Previsão interessante de seleção artificial que ignora qualquer moral que esteja hoje em vigor, principalmente essa nossa moral cristã-brasileira. Porém, inviável, surrealista e indesejável.Quantas mulheres iriam querer um filho com o rosto do Leonardo Dicaprio? Esse processo tão radical de seleção artificial acabaria por descaracterizar as pessoas e aumentar os preconceitos. Acho mais interessante e viável corrigir deficiências de quem já está vivo com a mesma biotecnologia.
Acho que você não entendeu. É impossÃvel uma mulher colocar o rosto do Leonardo Dicaprio no seu filho se ela e o pai não tiverem os genes para isso. O que é possÃvel fazer é que a criança não tenha os genes de doenças que ela e o pai carregam em seu genoma,mas não se manifestam.
Nada como todos os deficientes (fÃsicos ou mentais), mendigos, viciados e párias em geral para fazer o cidadão médio sentir-se feliz em sua própria indigência mental.Â
... leitura para uma boa reflexao. Obrigada.
Grande, Pondé!!! Acertou na escolha do tema e na análise - objetividade no que concerne aos nossos efetivos desejos modernos. Mostrou de forma prática o que será a medicina e seu impacto nos mais recondidos ângulos do animal humano que se modifica para melhorar sua condição mortal. Continue assim!!!
Esse tal Fukuyama, 'o filósofo de Reagan', e o seu "fim da História"; talvez caracterize bem a Crise do Conhecimento em que a humanidade mergulhou nos tempos atuais. Ele não conseguiu acertar na 'mosca da História', e nem ser original no seu novo tema. A Ahnenerb o antecedeu e o superou na sua tese atual, instalando inclusive uma 'fábrica de bebês'... É, o 'filósofo de Reagan', não teria grande valor para Himmler...!
Mas o conceito da eugenia era baseado em grandes falácias "raciais" que se tinham na época. A questão colocada está bem diferente, nem usaria esse termo "eugenia" para esse debate já que o poder de decidir entre um filho com alguma sÃndrome e um filho sem nenhuma está bem longe de debater benefÃcios e malefÃcios da etnia A ou B.
O Grande Filósofo vai ter que inventar um "métron" para dizer o que é artificial ou não. Descer das árvores, usar instrumentos e a fala é natural? O ser humano, ao optar pela evolução cultural, seguiu a senda do não-natural. Usar o fogo é uma decisão mais drástica do que lutar pelo filho perfeito. Foi o que gritou, lá na Grécia Antiga, Periandro de Corinto: "não há limite para a inventividade humana". "Raça de Caim, quando terminara o teu tormento?", quem escreveu isso inteligentes?
Essa assimetria ameaça dissolver o próprio alicerce da vida social, a igualdade. Diante disso, nem mesmo a filosofia acabrunhada pelos tempos poderia calar: As novas tecnologias nos impõem um discurso público sobre o correto entendimento da forma de vida cultural enquanto tal. Os filósofos não têm mais bons motivos para deixar esse objeto de disputa para os biocientistas e os engenheiros entusiasmados com a ficção cientÃfica. Enquanto isso o polemista fácil tergiversa e renuncia ao seu papel.
parece q Hitler ia curtir isso, heim Pondé.Lamentável...
Que pena, um pensador que eu considerava tão profundo com umas idéias que lembram as experiências nazistas...
O relojoeiro cego deve estar aterrorizado.... Também, não é para menos...Bem vindos aos admirável gado...ooops..digo, mundo novo....
Admiravel mundo novo. Sempre vale a pena ler por nos questionar.
Deus te ouça! Desculpe-me... que Deus coloque uns óculos!
Quem financia os velhos do Primeiro Mundo? E os ricos do Terceiro? Tudo é questão de financiamento... e o investimento sempre se realiza para melhorar a vida dos que podem direcioná-lo.
Jürgen Habermas e Fukuyama concordam que as biotecnologias, em particular a engenharia genética, têm ou logo terão o poder de fazer alterações no organismo humano com consequências para a igualdade entre os homens. Ao ter certas caracterÃsticas escolhidas no plano dos genes por outrem, o ser humano engenheirado viria ao mundo numa condição moral "sui generis", literalmente: diferiria de todos os indivÃduos da espécie, cujas dotações genéticas são frutos do acaso. Isso deve ser discutido e prá já
"A igualdade polÃtica entronizada na Declaração da Independência repousa sobre o fato empÃrico da igualdade humana natural. Variamos grandemente como indivÃduos e pela cultura, mas partilhamos uma humanidade comum que permite a cada ser humano comunicar-se e estabelecer uma relação moral potencialmente com todos os outros seres humanos no planeta". O autor Fukuyama reza pelo catecismo sociobiológico que concebe a natureza humana como essência moral preservando-a da corrupção da biotecnologia
Terminar a vida sendo um humano de sucesso, ou mesmo existir uma humanidade de sucesso, é aceitar, proteger e cuidar dos diferentes, cuidar dos idosos, cuidar de todos os mais frágeis e dos que podem sofrer mais. Não importam custos. Isso é ser humano de sucesso, é essa direção que a evolução biológica-intelectual da espécie humana nos aponta, mas temos que fazer essa escolha.
Esses últimos parágrafos já estiveram na criminosa agenda do eugenismo totalitário do século XX, com catastróficas consequências, tribunais genéticos, etc. Péssima visão. O mundo tem que acolher as diferenças, não importam  custos ou outros esforços; acolher as diferenças é que é evolução humana e progresso verdadeiro da humanidade.
 O roteiro do filme GATTACA, de 1997 polemiza a questão. No entanto, desde os primórdios a artificialização caminha pari passu com a evolução humana. Essa questão ética/biotecnológica é menor diante de investimentos dos paÃses de substancial potencial a fundo perdido, cuidando de velhos sem saúde e em estado terminal, como tratar dessa questão que impactará a todos nós, em relativo curto espaço de tempo, diante do envelhecimento acelerado da população, mundo afora?
Há outros casos semelhantes de desafio à evolução da bioética. Um deles é a decisão de morte. Em um futuro não tão distante (20 anos no máximo), a morte da maioria das pessoas acontecerá quando os aparelhos de suporte forem desligados, e terá que haver algum tipo de protocolo. Em um futuro mais distante, será possÃvel escolher tom de pele, cor dos olhos e mesmo nÃvel de inteligência dos filhos. Freud não explicará, Nietzsche não explicará. Talvez Aldous Huxley...
Interessante Pondé. Mas isso se chama eugenismo. Creio que seja algo que dificilmente vai ser assumido pelas pessoas, pelo menos oficialmente como você imagina, com ONGs e afins reclamando tal direito. Será feito ilegalmente, como os abortos de hoje (com finalidades eugênicas ou não). Não sei, mas acho difÃcil mudar isto. Até eu, que não me considero religioso, fico espantado e apreensivo diante da possibilidade concreta da eugenia.
Muito bom, acho que o grande medo é justamente esse: a eugenia. Acho que esse termo descreve uma imposição polÃtica adotada por determinada sociedade. E a sociedade atual impõe uma "luta pela diversidade e pelos direitos". Inclusive pelo direito ao aborto, pelo não envelhecimento etc e tal... Há quem fale até que o "heterosexualismo" é uma imposição social!! No fundo, queremos ser hegemônicos!! TODOS. Os instrumentos é que são diferentes agora. Desde que cada macaco fique em seu galho!
Confesso que a cada nova frase ficava um temor: Pondé será politicamente incorreto com tema tão difÃcil? Imagino tb os comentários irados de gente que apreendeu com a novela das 8 que estamos numa fase histórica que pratica a inclusão como religião. Irados de esquerda, de direita. Irados sem... E o dilema: preservar o direito humano de existir com defeitos de fabricação ou esterilizar suas imperfeições para chegarmos mais perto de Deus. Será Deus um relojoeiro cego ou um robô magnânimo?
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Luiz Felipe Pondé > Relojoeiro cego Voltar
Comente este texto