Educação > Análise: Talvez tenhamos de fazer pacto pelo ensino da matemática Voltar
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Como sempre, o texto da reportagem e até a an´palise da conceituada e competentÃssima Katia Smolle deixa de lado um dos maiores problemas atuais na educação do estado de São Paulo. A "Progressão Continuada", que na prática é Empurração Automática, ofende e causa estagnação na educação entre os 7 e 9 anos e entre 0s 11 e 13 anos do estudante. A falta de perspectiva de avanço e a falta de incentivo aos estudos - problema cultural e estrutural da sociedade brasileira - mina e emperra o avanço.
Kátia tem razão. Mas vou além. Simplesmente editar um pacto não é o suficiente. Atuo como formadora de professores do Ensino Fundamental I na área da Matemática em escolas públicas e particulares e tenho acompanhado de perto, nos últimos anos, a fragilidade do ensino neste segmento. As aulas de matemática são pouco exigentes, os professores não sabem como ensinar, os alunos passam horas e horas dedicados a fazer contas e mais contas que pouco ou nada contribuem para um aprendizado verdadeiro.
Lamento, novamente, a miopia de parte da sociedade que insiste em imputar aos professores uma culpa que é da estrutura da SEESP. Primeiro precisamos extirpar o câncer da empurração automática e depois pensar em melhorar o ensino. Há que se verificar qual o estado real da formação dos professores de Matemática, antes de acusar falta de formação.
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