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A fenomenologia (não de Hegel) ia no sentido de desvincular a significação do psicologismo e naturalismo (aqui, em relação a ciências naturais). Dizem que está morto e enterrado. Mas o fato é que é difÃcil discutir com pesquisas de bilhões por laboratórios que crescem por meio dos males (de moléstia).
Para a psicologia cognitiva, a mente é o análogo do software e o cérebro é o análogo do hardware.  Não precisamos dizer que o software é a pura expressão do hardware, ou que para ser materialista eu preciso acreditar que o software é apenas um epifenômeno do hardware.Na FÃsica, além de matéria (fermions), forças (bosons) e energia (numero não material que se conserva nas transações fÃsicas), temos também outras grandezas importantes, ainda menos materiais: Entropia e Informação.
Que tal se pensar que a mente tem a ver com o conceito de informação, e não energia (como querem os New Agers)  ou com matéria (como querem os materialistas não dialéticos)?
Helio, este texto sobre a questão do determinismo biológico ou social no caso da psiquiatria poderia interessar aos leitores. http://stoa.usp.br/osame/files/1629/13664/Anti_Rose.pdf
a lógica de seu raciocÃnio nos leva a consequências interessantes: hoje nós temos drogas que conseguiram abolir o uso da camisa de força, eletrochoque e choque insulÃnico. Conseguimos controlar os surtos da antiga psicosemaniacodepressiva. Ou seja, alteramos o funcionamento do cérebro e mantemos o cidadão dentro da "normalidade". Vamos poder alterar o comportamento sexual? Sim, e aÃ? Em ciência a normalidade é baseada na curva de gauss, com um desvio padrão pra lá e outro pra cá...
Não é preciso optar para a tese que "a mente humana é idêntica ao cérebro" para evitar "jogar fora o paradigma materialista que está na base de todas as conquistas cientÃficas dos últimos 200 anos". Basta jogar fora o materialismo mecanicista, evitar o reducionismo, e entender que a mente não é a mesma coisa que o cérebro, mas também entender que este fato não obriga aceitar "o subjetivismo e o metafisico", porque é perfeitamente possÃvel estudar a mente por meios cientÃficos.
(continuação) Se os consideramos igualmente cerebrais distinguindo-os em atos humanos e atos do homem, creditando os primeiros  à mente e os outros ao comando cerebral, acho que se facilita o entendimento da precedência compreensiva do cérebro sobre a mente.
Hélio, você pergunta:"a mente humana é idêntica ao cérebro ou encerra algo mais? Até prova em contrário, fico com a primeira hipótese." Concordo com você, ressalvando que o cérebro  encerra muito mais que as manifestações da mente inteiramente contida no órgão cinzento. (continua)
O cérebro é o hardware, a máquina, que já vem com o "sistema operacional humano"; a mente é a programação e os conteúdos trazidos pela experiência de vida. Nem todos os desarranjos ou desconfortos psicológicos produzem alterações ou marcas mensuráveis no cérebro.Esse manualzinho pretensioso leva a uma "patologização" da vida psÃquica que, claro, agrada à indústria médica. Um antidepressivo não resolve os conflitos psÃquicos que levam à depressão, apenas bloqueia a resposta emocional.
Com o devido respeito pela formação intelectual do autor da matéria, valeria assinalar que o "paradigma materialista" a que ele se refere foi recentemente questionado na obra "PROOF OF HEAVEN", do neurocirurgião EBEN ALEXANDER, cuja formação rigorosamente cientÃfica o credenciou a lecionar, por exemplo, em Harvard. Assim, em nome da honestidade intelectual que, sem dúvida, é prezada pelo autor da matéria, seria oportuno que, futuramente, comentasse na sua coluna a referida obra.
Como disse Goethe 'o cérebro é a sensÃvel moradia da alma'. Atividades mentais provocam alterações cerebrais (função, metabolismo, etc.) e atividades na função cerebral quase sempre implicam em alterações mentais... Daà a dificuldade em dar tratamento personalÃssimo e isolado para cada um! Esse 'manual' é muito doido e mercantil, 'imagina demais' prejudicando o que já se delineou mais claramente até hoje, numa área onde quase tudo pode ser causa ou efeito.
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