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geo
Eu diria "nada em Biologia faz sentido sem os conceitos de evolução" e não na medicina, já que a medicina é uma arte "práxis" que usa os princípios da biologia para desenvolver suas técnicas e diagnósticos. Por isso os médicos são geralmente alheios aos conceitos da teoria da evolução que são caracteristicamente mais especulativas (theoretikai).
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Rubens MS
Sob um prisma radicalmente darwinista, que vantagem traria uma doença tardia que surge após a reprodução? Deve-se olhar não para o indivíduo portador, mas para a sua prole. Se ele adoece e morre, mais recursos estarão disponíveis para os descendentes. Por outro lado, se saudável, será capaz ainda de providenciar recursos e contribuir com a sua experiência para os jovens. Tanto num caso, quanto noutro, a prole é beneficiada. Interessa é passar os genes adiante, depois é indiferente.
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AA
Talvez ñ exista ainda nas faculdades a matéria "medicina darwiniana" pq médicos não podem trabalhar com suposições. Médicos ñ são cientistas pesquisadores, eles ñ podem fazer experiências com os pacientes q entram no seu consultório. Uma cirurgia para miopia só será usada por médicos depois de exaustivamente testada por pesquisas científicas.
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Rubens MS
Hélio, Os seus artigos são de elegância argumentativa no aspecto formal e estratégia para a persuasão. Sobre a protoasa e voltando ao Darwin, lembro que muitas espécies de esquilos voadores extinguiram-se, portanto funcionou para alguns e não para outros. Sei que foi uma analogia, mas com o velho e bom Newton e sua teoria gravitacional, a analogia seria a de um avião com uma asa apenas, um exemplo de que muitas coisas quando são meio funcionais, tornam-se sem funcionalidade alguma.
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Pensativa
Mas como fica, à luz da evolução, à luz darwiniana, a evolução emocional, essa que sabemos que não só interfere como muda drásticamente a instalação e determinantes das doenças e seus sintomas? Por exemplo (simples!), a pessoa porta gens da asma e não exibe sintomas nunca; ou então, os exibe em determinados momentos, sem causa aparente - por que naquele momento? Parece que deveríamos incluir essa questão no entorno ambiental...
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Célia L H
Quando não damos antitérmicos a uma criança que está com 40-41 graus de febre 'perdemos' a possibilidade de deixá-la entrar em convulsão e sofrer danos cerebrais que a incapacitarão para o resto da vida. Sugiro que não se usem cobaias humanas para qualquer tipo de investigação perigosa.
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tersiog
Medicina não tem absolutamente nada a ver com darwinismo. As mesmas doenças que nos afligem hoje, já afligiam os egípcios há milhares anos atrás, e continuarão nos afligindo por outros milhares. O fundamental ainda continua (e continuará a ser) sendo a relação médico paciente, onde cada indivíduo é especial, um ser humano e não uma máquina ou conjunto de genes
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tersiog
Brunostar, o conceito básico de Darwin, que foi muito distorcido com o tempo, é o de que as espéciies não seriam imutáveis com o tempo, que sofriam modificações. Pois bem, que modificações o ser humano sofreu desde que a Medicina começou a ser praticada? O que os avanços no conhecimento do genoma humano trouxeram de positivo para a cura de doenças até agora?
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brunostardust7
Prezado leitor,Dizer que a medicina não tem "nada a ver com darwinismo" é um erro crasso e ignora todos os dois últimos séculos de avanço científico. Sem dúvida a relação médico-paciente é importantíssima, mas isso não tem nada a ver com a negação ou afirmação do darwinismo.
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