Acabou para Dilma, criou uma situação em que as pessoas estão pedindo menos impostos e controle da inflação e, ao mesmo tempo, mais subsídios aos serviços públicos. Não tem como fechar essa equação. Outro problemão que terá é que pretendia estimular o crescimento com concessões de serviços públicos, mas quem virá investir aqui agora sabendo que qualquer movimento de rua pode cancelar eventuais  aumentos de tarifas a que façam jus por contrato? Com Mantega, Mercadante? Esquece, não tem como.

Atingido por uma tijolada inesperada, o Governo reagiu meio tonto, desprezando a realidade e a racionalidade, além de interpretar mal o clamor dos protestos. Tomemos apenas o item da mobilidade. A promessa foi de investir R$ 50 bi na área. De onde vai sair esse dinheiro e como será investido? Falta explicar porque dos atuais R$ 6 bi do orçamento, apenas pouco mais de um bi foi investido, simplesmente porque o Governo não tem capacidade gestora para tocar os projetos. 

Esse é o Governo SADIM (MIDAS ao contrário; tudo o que toca, não vira ouro, vira B O S T A!). Destruíram a PetroBrás (que virou PetroBosta), depois a EletroBrás (que virou EletroBosta), destruíram todos os fundamentos econômicos conquistados com muito esforço pelas administrações anteriores (Franco e Cardoso), e agora começam a colher os frutos semeados em dez anos de desmandos. Triste país.