O articulista comete, na minha opinião, alguns 'equívocos'. Por exemplo: no 2° parágrafo, ao analisar os 33 anos de comportamento do PIB brasileiro, afirma: "Levamos um pouco menos que esse tempão todo para dobrar o volume da produção". Na verdade, o PIB dobrou, em US$, entre 2006 (US$ 1.1 trilhão) e 2012 (US$ 2.2 trilhões). Em apenas 6 anos, portanto. Longe de ser ' em um pouco menos de 33 anos'.

Mas é fundamental colocar o povo corretamente na equação e não jogá-lo lá como fez o artigo. A despeito do PIB modesto houve grande e inédita redução das diferenças e do desemprego.

"Na modorra dos 2% anuais no PIB, é plausível que o Brasil termine o século com mais de 50% da renda per capita dos Estados Unidos, contra os 25% de hoje." Enquanto isso os EUA ficam parados esperando serem alcançados? 

Que papinho furado. 

Será que os fãs da China e da Índia gostariam de morar lá?

É complicado comparar países somente do ponto de vista do PIB ou da renda per capita. O que importa mesmo para as pessoas é o valor das coisas baseado na quantidade de horas que têm que trabalhar para adquirir um determinado bem aqui e lá. Se compararmos EU e China pela paridade do poder de consumo, o PIB per capita chinês salta de cinco mil dólares para quase nove mil.