Hélio Schwartsman > Normal ou patológico? Voltar
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  É o avanço da medicina que agora tem cura para tudo, ou seja, quanto mais remédios disponÃveis, mais patologias aparecerão. Â
O desejo das pessoas não é mais sobreviver, mas viver mais e melhor. A boa notÃcia é que muitos já entendem que podem assumir a responsabilidade pela própria saúde ao adotar práticas sadias de alimentação e exercÃcios. Muitas doenças que afligem os adultos poderiam ter sido evitadas se um estilo de vida diferente tivesse sido adotado. Nesse sentido o Governo faz muito pouco para promover a prevenção através de campanhas  de educação na grande mÃdia.Â
Pelo que andei lendo, resta saber se a cobaia da vez vai ser um humano ou um animal. Tudo pela ciência e pela saúde. Quem sabe um dia achem uma outra alternativa que não sacrifique uma vida para tal intento.
O que acontece é que a psicologia comportamental determina um padrão de comportamento definido como normal e qualquer comportamento que se afaste desse padrão é considerado patológico. Ora, não é assim, o ser humano não é uma entidade mecânica. Um caso é de crianças classificadas como hiperativas: ora, crianças são hiperativas, cheias de curiosidade e energia, não se pode entupi-las de Ritalina, porque não temos paciência, o que precisam mesmo é um pouco de disciplina.
Existe uma dialética natural entre alegria e tristeza, entre euforia e depressão, na psique humana que não pode ser subvertida. Se você tenta estar sempre no lado "high", por uma atitude hedonista, vai acabar "esgarçando" o sistema de recompensa do cérebro, que deixa de responder e o resultado é insatisfação e ansiedade permanentes. É como dizem os gringos, "no pain no gain", hehe. É igual cocaÃna, no começo é só alegria, depois vira depressão permanente. É difÃcil enganar a natureza.
Outra questão é a depressão, qualquer tristeza enchem o sujeito de antidepressivos, mas momentos de tristeza são parte da vida, são normais, não se pode evitar toda tristeza porque isso é que não é normal. Estamos criando seres fracos e incapazes de lidar com a própria psique, e essas drogas têm efeitos profundos que nem sempre são reversÃveis.
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