João Pereira Coutinho > Imaginando Sísifo feliz Voltar
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Estranhei muito foi o colunista sequer fazer menção à obra-prima de Camus: A Peste. Um dos melhores livros que a humanidade tem para ler.
A felicidade de SÃsifo seria ter uma vida autêntica:se a vida é um absurdo,um subir e descer de rochas sobre os ombros,que pelo menos as rochas sejam carregadas com vontade.Só vejo uma vontade que valha a pena:a de viver uma vida autêntica,em eterna desobediência ao pensamento da manada,quando o mesmo não faça sentido,custe o que custar.Afinal, a vida pode mesmo ser um absurdo. Então, ria do absurdo, sapateie sobre o absurdo, Kgue sobre o absurdo. E tenha a fé que o absurdo não seja surdo.
Marcio, gostei do Kgue. Bem bolado...
João, você não acha o Camus muito depressivo? Li pouco dele, o existencialismo é uma filosofia interessante, mas deixa a pessoa sem chão. O Camus só não ganha do Cioran, este o mais pessimista e depressivo de todos os filósofos.
Quando conheci Camus e seu absurdismo percebi que a vida é muito mais interessante.Mas não encontro "O homem revoltado" e "CalÃgula"em nenhuma loja ou sebo de São Paulo. E-books não existem, segundo a editora Record. Alguém tem?  -> @_mcca
Manoelcca, livros não se empresta...Melhor dar...
Não Marcio. Já tentei nos maiores sebos de São Paulo e outros vário menores.Estou procurando eBooks em Portugal.Empresta pra mim?  :D
Tenho um exemplar do Homem Revoltado. Procure em sites de sebos que você certamente deve achar.
Veja bem: desde pelo menos Nietzsche que filósofos, pensadores, escritores, vêm buscando uma filosofia, um sentido e uma motivação para a vida em um mundo sem deus e sem metafÃsica. Mas alguém por aà já demonstrou "cabalmente" que não existe um princÃpio metafÃsico subjacente à manifestação? Não. A única aventura que vale a pena é a do conhecimento e devemos continuar buscando livremente sem pressupostos de que existe isso e não existe aquilo porque senão a aventura perde a graça.
Você pegou direitinho o que um belo livro já chamou de "o drama do humanismo ateu". Uma posição como a de Camus, Sartre etc. só pode levar a isto: o desespero (Camus) ou a desonestidade intelectual (Sartre).Mas a coragem e a lucidez de Camus são inegáveis. Em "O Homem Revoltado", continuação de "O Mito de SÃsifo", ele fez uma das análises mais profundas (e uma das primeiras) do espÃrito revolucionário (daquilo que Eric Voegelin chamou de "gnosticismo polÃtico").Grande texto.
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