-
lhilho
Estranhei muito foi o colunista sequer fazer menção à obra-prima de Camus: A Peste. Um dos melhores livros que a humanidade tem para ler.
-
Marcio
A felicidade de Sísifo seria ter uma vida autêntica:se a vida é um absurdo,um subir e descer de rochas sobre os ombros,que pelo menos as rochas sejam carregadas com vontade.Só vejo uma vontade que valha a pena:a de viver uma vida autêntica,em eterna desobediência ao pensamento da manada,quando o mesmo não faça sentido,custe o que custar.Afinal, a vida pode mesmo ser um absurdo. Então, ria do absurdo, sapateie sobre o absurdo, Kgue sobre o absurdo. E tenha a fé que o absurdo não seja surdo.
-
dix-huit
Marcio, gostei do Kgue. Bem bolado...
-
-
Marcio
João, você não acha o Camus muito depressivo? Li pouco dele, o existencialismo é uma filosofia interessante, mas deixa a pessoa sem chão. O Camus só não ganha do Cioran, este o mais pessimista e depressivo de todos os filósofos.
-
manoelcca
Quando conheci Camus e seu absurdismo percebi que a vida é muito mais interessante.Mas não encontro "O homem revoltado" e "Calígula"em nenhuma loja ou sebo de São Paulo. E-books não existem, segundo a editora Record. Alguém tem? -> @_mcca
-
dix-huit
Manoelcca, livros não se empresta...Melhor dar...
-
manoelcca
Não Marcio. Já tentei nos maiores sebos de São Paulo e outros vário menores.Estou procurando eBooks em Portugal.Empresta pra mim? :D
-
Marcio
Tenho um exemplar do Homem Revoltado. Procure em sites de sebos que você certamente deve achar.
-
-
svarat
Veja bem: desde pelo menos Nietzsche que filósofos, pensadores, escritores, vêm buscando uma filosofia, um sentido e uma motivação para a vida em um mundo sem deus e sem metafísica. Mas alguém por aí já demonstrou "cabalmente" que não existe um princípio metafísico subjacente à manifestação? Não. A única aventura que vale a pena é a do conhecimento e devemos continuar buscando livremente sem pressupostos de que existe isso e não existe aquilo porque senão a aventura perde a graça.
-
fjgbruno
Você pegou direitinho o que um belo livro já chamou de "o drama do humanismo ateu". Uma posição como a de Camus, Sartre etc. só pode levar a isto: o desespero (Camus) ou a desonestidade intelectual (Sartre).Mas a coragem e a lucidez de Camus são inegáveis. Em "O Homem Revoltado", continuação de "O Mito de Sísifo", ele fez uma das análises mais profundas (e uma das primeiras) do espírito revolucionário (daquilo que Eric Voegelin chamou de "gnosticismo político").Grande texto.
* Apenas para assinantes
comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.