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que pena que, no Roda Viva, os entrevistadores não deixaram o sr. explicar porque na penitenciária feminina as coisas funcionam de modo diferente. Não deixavam o sr. falar, ficavam cortando, que pena...
Dr. Drauzio, cronista soberbo. Capaz de despertar emoções superiores de um modo sutil e delicado num cenário de brutalidade e aspereza.
Mas Suelen Michele é um nome não muito estranho, kkkk.
Esse assunto, heterossexuais que gostam de travestis, é um enorme tabu no Brasil, que deve ser um dos paÃses com maior número de travestis no mundo. O único fato incontroverso: ninguém deveria ser achincalhado por ter este ou aquele gosto sexual. Afinal, gosto não é contagioso. Quem tem medo do diferente, tem medo de ser diferente?
De ser diferente do quê? De si mesmo? Por que um heterossexual se preocuparia com o gosto sexual dos outros? São os heterossexuais "medrosos" (?) que acabam obrigando os estigmatizados a terem um discurso beligerante, no fim das contas. Se fossem respeitadas as travestis e os (as) homossexuais, não haveria essa briga boba. Deve ser difÃcil, imagino, para alguém ter que lutar contra o mundo só para poder ser o que é, sobretudo quando não faz nenhum mal nenhum, sendo.
Interessante história.
interessante história porque mostra heterossexuais (supostamente rudes por serem marginais presos) respeitando mais as travestis do que as pessoas fora da cadeia. Como o Sr. mesmo mostrou em seus livros para ser marginal dentro de um presÃdio é preciso respeitar leis. Agora, o que achei mais interessante é que há, todavia, mesmo entre eles, esse tabu: podiam se relacionar com as travestis, mas não podiam assumir o relacionamento perante os outros que também se relacionavam com elas?
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