Quem passou por uma escola de Direito tem certeza que a Portuguesa deve perder os pontos. Mais do que isso é falar do que não entende.

Esse problema ñ é filosófico, é técnico, e talvez ético, o regulamento vale desde o primeiro jogo da primeira rodada até o último jogo da última jogada, muitos jogadores foram punidos ao longo do campeonato com um ou dois jogos de suspensão, e não jogaram, por que então a Portuguesa pode por jogador suspenso para jogar? . Caso contrário, no campeonato de 2014 deve ser embutida a regra q as regras só valem até a penúltima rodada!

otima  oportunidade  da  lusa  demonstrar  toda  sua moralidade e  devolver  a  taça  de  sua  maior  conquista, obtida  de  modo  irregular, co m erro bizarro do juiz  em  1973, que tal?

futebol europeu  tem histórico  da  máfia  da  loteria  com  paolo  rossi  e  sua  juve  mergulhados  na  lama  com  diversos  titulos  italianos  sob  suspeição  nos  anos  80,  inclusive até hoje. o  dono  do  chelsea  um  mafioso  internacional  se  o  futebol  e assim na  europa... imagina  no  brasi l  

Um dos problemas em relativizar a aplicação da lei em casos como este é definir quem decide o que é importante. Num país como o Brasil, em que a lei já não é aplicada a todos de maneira equivalente, isso geraria, fatalmente, mais desigualdade. Este caso é emblemático. Duvido que haveria tanta comoção se o dirigente envolvido na escalação de um jogador suspenso fosse um Eurico Miranda, por exemplo. Quem decide quando se aplica a lei, se não há regras? A igreja? Os amigos? Os inimigos? O Galvão?

Agora na Justiça Desportiva eu nunca tinha visto penalizar um time com perda de pontos. Um certo procurador, salvou um certo time em outra ocasião alegando que se deveria privilegiar o resultado do jogo. Agora vale a lei.

No Direito Penal revogou-se tacitamente o crime de adultério e está em vias de revogar o de rufianismo, se considerar a prostituição como profissão. No direito comercial e civil o cheque é ordem de pagamento à vista, mas aceita-se o predatado, bem assim o leasing é um aluguel, mas tornou-se um financiamento. No direito processual, a defesa nas execuções se faz através de embargos, mas aceita-se exceção de pre-executividade, sem previsão legal. 

O direito brasileiro é cheio de flexibilizações, seja por mudança do contexto social, seja por conveniência política, em todas as áreas. No Direito Constitucional a propriedade pública não pode ser alienada, mas uma ADI aceitou a venda direta no caso de condomínio irregular no DF. No Direito Constitucional e de família aceitou-se a família homoafetiva, quando na constituição e Código Civil é hetero.