Concordo plenamente! O humor deve ser LIVRE! É importante rir de nós mesmos, inclusive de nossa identidade, de nossas crenças, de nossas opiniões e de nossos sonhos. Trata-se, acima de tudo, de um saudável exercício de autocrítica. Quem tem medo do humor é porque se leva demasiadamente a sério (uma lástima) ou porque, no fundo, acredita pouco em seus próprios princípios e os vê abalados diante da piada. Viva o humor!!!

Se não houver limite a esculhambação toma conta, por exemplo, quem pode ser considerado humorista ou apenas um esculhambador? Uma pessoa que quer esculhambar algo pode se fingir de humorista só pra atingir seus objetivos de destruir algo ou alguém, tudo em nome da liberdade de expressão. Quem faz "piada" direcionada à determinada instituição pode não ser humorista, apenas um esculhambador.

A premissa básica do humor é a inteligência. Sem ela, não se faz, nem se entende a piada. Há que se notar que humor não é característico dos esquerdistas e dos fanáticos religiosos, constantemente azedos com o mundo.

Não devem existir limites formais ao humor, o limite tem que ser dado pelo próprio humorista, que deve saber diferenciar o que é humor criativo da simples ofensa e constrangimento. Ocorre que hoje em dia tem muito humorista sem criatividade e graça por aí, então apelam. O melhor é ignorar.

Concordo que o caráter (coletivo) da "instituição" serve como um indicador ou critério para a validade do humor. Poderíamos talvez resumir parte da questão assim: " 'Comédia (humor) é a arte de rir de nós mesmos'. Rir dos outros (sem compartilhar de sua condição) não é comédia; é escárnio, perversão, covardia."

Depreende-se, portanto, que a proibição de se fazer humor com as religiões acabou por exacerbar suas excentricidades. Sem ninguém para rir dos rituais ridículos que elas foram adotando, religiosos extrapolaram todos os limites com suas vestimentas, danças e palavrórios que em uma sociedade ligeiramente mais sensata só seriam vistos em manicômios.

Humor com bom senso é a melhor pedida. Rir daquilo que você não conseguiu quando deveria ter conseguido pode fatal no meio empresarial.