A distribuição de renda é essencial para o próprio funcionamento da economia de mercado (socialista - China, Rússia, Índia, etc. ou capitalista Estados Unidos, etc). Se não há distribuição, não há compradores e o mercado míngua, não havendo crescimento - é óbvio. Nesse ponto, me desculpem os críticos, mas o bolsa família fez muito pelas próprias classes média e alta no Brasil - deu dinheiro aos pobres para comprar e movimentar a economia, beneficiando todo o mercado - e as empresas e seus donos.

A distribuição de renda é essencial para o próprio funcionamento da economia de mercado (socialista - China, Rússia, Índia, etc. ou capitalista EUA e outros). Se não há distribuição, não há compradores e o mercado míngua, não havendo crescimento - É ÓBVIO. Nesse ponto, me desculpem os críticos, mas o BOLSA FAMÍLIA fez muito pelas próprias classes média e alta no Brasil - deu dinheiro aos pobres para comprar e movimentar a economia, beneficiando todo o mercado - e as EMPRESAS e seus donos.

Só há que se tomar cuidado para não cair num populismo do estilo Bolsa Família que de redistribuição de renda não tem absolutamente nada.

É a RENDA (ganho de capital acima da inflação obtida com investimento de capital) que deve ser tributada. As alíquotas de IR no Brasil são risíveis. Uma pessoa que ganha 3 salários mínimos é obrigada a descontar sendo que ela não obteve RENDA nenhuma com a venda de sua mão de obra. Encontrar um meio termo nisso é fundamental pra fazer um sistema de redistribuição de renda funcionar. Tributação progressiva sobre lucros pessoais com os recursos alocados em redes de assistência social, por exemplo.

E RENDA não é salário. Salário é o valor de venda da mão de obra. O imposto de renda sobre o salário é, na verdade, sobre o "consumo" que é pago por quem vende a mão de obra. RENDA é o ganho de capital sobre investimento de capital. Se eu invisto 100 e ganho 105, minha RENDA é 5. É preciso lembrar que empresas não tem vida própria e não se beneficiam com dinheiro. Quem obtém renda e patrimônio é o empresário (o investidor).

A chave desse processo é o sistema tributário. Para o que o Estado redistribua RENDA da camada de cima para a camada de baixo, ele deve tributar sobre RENDA. Alguns impostos sobre propriedade ainda se justificam porque propriedades demandam serviços do Estado e são, algumas, capital aplicado. Mas tributar sobre circulação de mercadorias (e entenda-se mão de obra como mercadoria) só corrói o poder de consumo e prejudica os pobres porque, quando consomem, o preço é o mesmo para rico e para pobre.

Uma questao que me intriga muito é sobre a China, India, etc... Nao estaríamos, todos nós, garantindo que a desigualdade cresça em nossos países uma vez que nos entregamos sem pensar a comprar produtos e serviços de países que pagam salários ínfimos aos trabalhadores, e um grupo minúsculo se torna bilionário? Isto nao se refletiria, com ajustes, nos demais países compradores em uma necessária desigualdade para tentar se aproximar um pouco daquele ganho de escala? Porém com menos empregos...

A chave está aí, que uma melhor distribuiçao nao seja feita por motivos humanitários, mas porque simplesmente daria mais oportunidades a mais pessoas desenvolverem seu potencial, e isto aumentaria o bolo econômico para todos (claro que o 1% teria que abrir um pouco mao dos ganhos imensos, legais porém nem sempre morais). Por tabela pode diminuir custos com saúde - pessoas mais seguras adoecem menos; e violência, uma vez que mais pessoas realizadas cometeriam menos crimes. Isto é humano. :)

Num primeiro momento a distribuição primária da renda, através do estado, é benéfica. Mas se não houver investimentos consistentes ano a ano e não se estabelecer um sistema tributário também voltado para o remanejamento de renda para classe menos favorecidas, haverá estagnação e aumento gradual da inflação.

A igualdade é um tema muito delicado. Não pode ser possível sermos iguais se cada indívidio tem caracteristicas unicas. Estas caracterisitcas é que influem na renda e na vida.