Samuel Pessoa > Indústria e câmbio, a missão Voltar
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Peço licença para discordar do Prof. que a indústria de transformação não é especial. A mais importante atividade econômica humana é a produção de alimentos e sem ela o resto colapsa, contudo é necessário ser capaz de defender o alimento produzido. Será que montado em jangadas e lombo de burros, armados de tarrafas, forcados, enxadas e machados um paÃs extrativista tem chance contra tanques, navios e aviões?
Os EUA construÃram a sua história de superpotência com a vitória do norte industrializado sobre o sul agrário. Não reduzo a massiva produção tecnológica ianque ao complexo industrial-militar-acadêmico, mas é inquestionável a sua contribuição. Há dias assistimos a anexação da Criméia rica em gás pela Rússia cujo poderio militar deve-se a sua indústria de base e transformação e é isso que protege a agricultura e recursos minerais. Kiev já pede gás à Europa.
Pelo exposto, ficou claro que a maioria dos trabalhos mostram que câmbio super-valorizado implica certamente em prejuÃzo ao crescimento econômico. Empiricamente não é difÃcil intuir que o câmbio valorizado tende a elevar as importações e reduzir as exportações, inibindo a produção nacional. É só observar o que vem ocorrendo (desindustrialização) em paÃses com câmbio super valorizado hoje, como Brasil, Venezuela e Zona do Euro, justamente o contrário de paÃses com câmbio desvalorizado (China).
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