Hélio Schwartsman > Uma história do ateísmo Voltar
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Não se justifica dizer q "a descrença foi importante para fundar o mundo moderno", ñ foi a descrença ou a crença q fundou o mundo moderno. Os "reis católicos" espanhóis financiaram Colombo, a expedição de Ca.bral era católica, as Cruzadas deram inÃcio ao Renascimento, Newton, Hegel, Washington, Planck, Gauss, Joule, Pascal, Kelnin, Edson, Jung, tinham religião, mas, ñ foi a religião q fez seus feitos, idealismo, poder, economia, foi isso q os moveu, e estas tb são as motivações dos "ateus".
E o que é deus? Um dos problemas de discutir essas coisas são as palavras, muito carregadas, que adquiriram uma força própria, e impedem que se discuta essas coisas de uma maneira mais sóbria. Precisamos de novos termos e novos modos para tratar disso de uma maneira mais produtiva. Etimologicamente a palavra deus vem do radical indo-europeu "diw", que tem o significado original de brilho, brilhar.
Durante séculos, por quase toda a idade média, a cosmovisão cristã dominou de maneira quase absoluta a cultura européia; a modernidade é outra cosmovisão, outro modo de pensar, interpretar e lidar com o mundo, então só poderia ter se estabelecido com o declÃnio da religião, claro. Sem que os novos modos e valores suplantassem os antigos a modernidade não poderia ter se estabelecido. São duas visões de mundo muito diferentes.
Para varrer da cultura a ilusão divina está faltando alguém com o porte de Darwin, que varreu da biologia a criação das espécies, com a evolução comum a todos os seres vivente, inclusive ao ser humano. Darwin é um divisor de águas na biologia. Enquanto alguém de peso não tirar os olhos do Gênesis, fazendo-os focarem os reinos ateus da natureza, exceto o homem recentÃssimo, a ilusão divina seguirá protagonista.
Deve ser um livro interessante. É sempre bom conhecer os dois lados do pensamento humano, e por que dois lados, por que nenhum dos dois consegue provar a existência ou não de Deus, ou Deuses, como queiram. Acredito em Deus, mas não nas religiões, acho que são todas do imaginário humano, portanto, uma questão pura de fÃsica quantica.
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