Os governos e suas equipes gastam mal. Muita gente mete a mão. Não buscam equilíbrio, preferem aumentar as dívidas e pagar juros. Não conduzem para o progresso real. As empresas buscam vantagens como podem. Agora a casa precisa ser arrumada no equilíbrio das contas, mas e as melhoras, quando virão. Como aumentar a produção, se internamente a renda media é baixa. Não se consegue preço competitivo globalmente. A Argentina se voltou para a China, e perdemos negócios.

A inflação é o âmago do debate tanto aqui como na Argentina e Venezuela. O que esses neodesenvolvimentistas ainda não perceberam é que hoje em dia não é mais possível conviver com a inflação como foi no passado. As economias são muito integradas, não se pode ter um diferencial muito grande de inflação em relação às economias centrais, os agentes econômicos dispõem de uma enorme quantidade de informações em tempo real para tomar suas decisões. Não tem mais como dar o "golpe da inflação".

E se voce que ficasse desempregado de forma estrutural. Voce Samuel Pessoa, concordaria com essa proposta?

A monumental cegueira ideológica impede que "progressistas" concluam que a única maneira de aumentar o poder de compra da população é o aumento da PRODUTIVIDADE, estagnada há décadas. E isso não se consegue com truques, aumento de impostos ou principalmente com inflação que destrói a renda real, distorce preços relativos e afugenta investimentos. É necessário reduzir/melhorar gastos públicos para investir em infra-estrutura e educação, além de atrair a iniciativa privada. O resto é balela.