São Paulo parado na hora de voltar para casa? Quem não quer saber disso? Os que andam de helicóptero. O resto sofre sem saber por que.

Hoje, um aluno me confidenciou que a companhia onde ele trabalha, uma trans-nacional, teve o pior resultado em maio, desde 2010. Até o ano passado, a unidade brasileira era a menina dos olhos da companhia, gerando os melhores lucros do que as unidades da Europa e Estados Unidos. Alguém propôs exportar para a matriz nos Estados Unidos, o que não aconteceu porque o produto produzido aqui é muito mais caro do que o de lá. Essas são as realidades que o governo insiste em não enxergar.

Imagine um obeso que precisa emagrecer, o médico diz: você tem que fazer regime, e o obeso responde: Eu farei caminhadas, exercícios, mas na alimentação eu não mexo...infelizmente é esse o caso do governo: ele vê os erros, colhe os resultados, mas acredita firmemente que está certo, se recusa a fazer o necessário e prefere tentar corrigir uma situação drástica com ajustes que não resolvem...

Pelo visto, a nova barberagem da política econômica de elevar os juros (de 7% para 11%), para continuar tentando mascarar a inflação, já vem manifestando o seu óbvio efeito deletério sobre a economia, reduzindo nosso já parco crescimento de estimados 2,8% no ano passado para mais míseros ainda 1,6% este ano e sem redução da inflação. Assim é difícil. Com déficit público, juros altos, subsídios, injustiça e anarquia tributária e sobrevalorização cambial não há economia que cresça.