Vinícius Torres Freire > O '7 a 1' e derrotas crônicas Voltar
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Futebol é brincadeira, é diversão, é laser, é para não se ter raciocÃnio lógico. Se não fosse assim, noventa por cento dos times não teriam nenhum torcedor. Vamos parar de querer também criticar o povo por torcer sem razão. Pior, em termos de futebol, é para todos os outros paÃses do mundo, que economicamente muito melhores (fatores diversos) e não em cinco co.pas. Foi uma co,pa divertida, apesar do coro (coisa do futebol).
O time não jogou bem, mesmo assim está no mÃnimo em quarto lugar. Vamos parar também de dar valor somente ao primeiro colocado. Agora, a organização da co.pa foi muito boa até agora. As falhas que ocorreram não deveriam ter ocorrido, e se analisarmos veremos que foram devido a ineficiência do setor privado brasileiro e não ao setor estatal. Precisamos parar de falar do governo e do Estado e passar a analisar o nosso setor privado que é muito ineficiente.
Sou seu leitor assÃduo em razão desses seus textos afinados com o bom senso e a com realidade de nosso dia-a-dia.
Uma resposta radicalmente proporcional ao vexame do jogo seria o Brasil, voluntariamente, se abster de disputar umas 4 ou 5 copas seguidas. Nesse intervalo a seleção não seria convocada nem para jogos oficiais nem para amistosinhos de enganação e reforço dos cofres de seus donos. Talvez a geração subsequente enfim não vivesse mais numa nação com necessidade de afirmação ou ao menos que não dependesse de alguns jogadores de futebol para ter algum reconhecimento e respeito como nação.
Já que se fala tanto em recomeço nessas ocasiões que tal recomeçar pela própria forma como a mÃdia trata a seleção, como sÃmbolo da afirmação nacional. Afinal o jogo mostrou, acima de tudo, o quão é patético tal discurso, carregado de imagens que reforça seu conteúdo pobre e tosco. A glorificação da passionalidade e desse nacionalismo ocasional certamente atende aos interesses econômicos de quem os estimula, mas tem que se transformar o paÃs numa espécie de patrioteta, a pátria dos patetas?
A grande mÃdia, a que apoiou e foi apoiada pelos militares, é quem mais lucra e dá visibilidade com o futebol.
VinÃcius...que bela metáfora sobre o cenário. Bingo.
Boa, VinÃcius, esse é o maior dos nossos males, o primitivismo autoritário. A descrição do cotidiano da "famÃlia Scolari", com ligeiras adaptações, serve para mostrar o tormento a que são submetidos os funcionários públicos que acreditam na competência, no mérito e na eficácia. Gestores medÃocres, resultados pÃfios, impunidade, afetando a economia e o futuro do paÃs, e afastando o sonho de sermos sociedade emancipada, com direitos e deveres observados por todos.
Boa, VinÃcius, esse é o maior dos nossos males, o primitivismo autoritário. A descrição do cotidiano da "famÃlia Scolari", com ligeiras adaptações, serve para mostrar o tormento a que são submetidos os funcionários públicos que acreditam na competência, no mérito e na eficácia. Gestores medÃocres, resultados pÃfios, falta de conse decisões crie a economia do paÃs indo para o buraco.
É um texto epistolar. Vejo na meia década passada a história (no Brasil) marcada pelo futebol e que este esporte sintetiza nosso espÃrito de época. Não seria diferente o placar (o que representa), não serão contidas as mudanças. Futebol não mais será história! Amém.
Também não acho que houve delÃrio patrioteiro antes do jogo com a Alemanha. Houve otimismo, talvez exagerado, em razão da boa vitória contra a Colômbia e do desempenho morno da Alemanha em suas últimas partidas. Mas ninguém saiu falando "com brasileiro não há quem possa". Entre quem entendia de futebol, estava claro que a Alemanha era favorita e tinha mais time. Enfim, o texto foi bom como metáfora, mas para achar causas da derrota e melhorar precisamos de uma análise mais ampla e objetiva.
Não é só aqui que se fala de tradição e de "mÃstica da camisa". Não é só aqui que se valoriza o improviso. Não é só aqui que há patriotada, como revelam as cenas do Obama na Casa Branca, dos soldados americanos no Afeganistão assistindo aos jogos e das praças lotadas pintadas com as cores nacionais ao redor do mundo. No futebol há um forte componente aleatório, por isso não se pode aplicar métodos frios de trabalho e gestão e esperar resultados inevitáveis.
Concordo. Há sempre o aleatório, mas pode-se tentar minimizá-lo. No caso desta seleção alemã, há muito método, trabalho e gestão. Nós dormimos no ponto e fomos ultrapassados. Falar em gestão, no caso brasileiro, é piada.
A derrota foi um vexame mesmo, mas a indigência técnica e gerencial da Comissão Técnica foi exagerada, como se os brasileiros fossem completos idiotas e os europeus, sábios cientÃficos. Toda a ciência, impessoalidade, formalismo - e dinheiro sobrando - não livraram a Itália, a Espanha e a Inglaterra, a última especialmente mal treinada, de vexames também. Prestamos mais atenção aos nossos, o que é natural, e os superdimensionamos, o que cheira a complexo de vira-lata.
É que foi muito discrepante a diferença entre eles. Era cachorro de raça contra vira latas.
O texto é interessante como metáfora, não como explicação. Equipes esportivas, no mundo inteiro, têm uma ética própria, que não é a mesma que a ética empresarial. Há corrupção e lavagem de dinheiro no futebol inglês, alemão, espanhol, italiano. O holandês Robben e alguns britânicos tentaram cavar pênaltis nessa Copa como qualquer malandro carioca. A violência de torcidas escocesas superou com folga a das brasileiras no ano passado. E lá as torcidas cultivam racismo escancarado e até neonazismo.
Parem com este blá-blá-blá de comadres. Em qualquer atividade exercida fica quem tem competência.
PoderÃamos, melhor, deverÃamos aprender a ter grandeza, sobriedade e respeito na vitória, como tiveram os alemães. Se nós tivéssemos feito 7, sobrariam dancinhas, micagens, toquinhos de calcanhar, pedaladas e gracejos a respeito da supremacia da ginga e malemolência brasileiras sobre os gringos cintura-dura.
É bem provável.
Faltou falar do ufanismo e falta de espÃrito crÃtico da imprensa esportiva: falada, escrita e principalmente a televisada! Os cifrões publicitários falam alto, muito mais alto!
Excelente texto.
Obrigado, HuqqerT, abraço, VTF.
Seu texto merece ser re-lido muitas vezes. "Trata-se da desrazão, de patriotadas, da crença na "mÃstica da camisa" do paÃs do jeitinho, do puxadinho, na "tradição", da ignorância do adversário e de seus méritos. Trata-se de desprezo pela formação, da escola dos livros à do futebol, pelo estudo, por preparo e por planos. Não virá vitória assim." Tais palavras deveriam ser tema de aulas nas escolas de segundo grau neste paÃs! Quiçá nossos pobres professores saibam explicá-las aos alunos!
Obrigado, Zero bERTO, abraço, VTF.
Legado de Felipão e seus 'Craques padrão Dilllma' será nunca mais cantar nosso Hino como 'guerreiros' e jogar bola como 'peladeiros'!!!!!!!!!
Com Mick e A.ócio na torcida, não se poderia esperar outro resultado.
Isso, boby pai, espero que seja isso. Abraço, VTF
Dilllma e seu governo Padrão Felipão(!!!), vamos esperar o quê??!! Todos os nossos PolÃticos são Padrão Fred, vivem se arrastando em campo e tentando simular pênaltis para ganhar o bicho sem suar a camisa, e nós, os cordiais, levamos desde sempre levamos de 7 a 1!!!!!! Breve vida aos MacunaÃmas da Pindorama!!!!!!!
É fácil ser médico legista. Não comentou nada disso antes.
E o pacau? Sumiu?
Prezada Celia, obrigado por ler a coluna e pelo comentário. Mas acho que tenho escrito sobre isso faz pelo menos 16 anos. Um abraço, VTF.
Muitos apontaram esses e outros erros e foram tratados como pessimistas, arautos do apocalipse, negativistas, impatriotas e mais um monte de adjetivos pejorativos disseminados pela histérica rede peteba.
Caso moralizemos o futebol, esse nunca mais será como é, não acho que de forma legal haja tanto dinheiro para essa atividade.
De todos os textos que li a respeito da catástrofe de 08/07, este foi o melhor. Quando não há trabalho sério, comprometimento e maturidade, apela-se ao obscurantismo, as mandingas e sortilégios. O mais triste de tudo isso é que nada indica que vamos alterar qualquer coisa em relação ao nosso futebol. A coletiva de imprensa dada pela comissão técnica ontem foi um jato de água fria em qualquer pretensão reformista. Quem viu o auge do futebol brasileiro viu, quem não viu, não verá tão cedo.
Obrigado, Maria Eugênia, abraço, VTF.
Mediocridade crônica em estágio avançado - esse é o quadro polÃtico-sociológico do Brasil há tempos ...
Obrigado por ler a coluna, Bruno. Abraço. VTF
Texto perfeito!
Obrigado, Sérgio, pela gentileza. Abraço. VTF
Obrigado, Sergio, abraço, VTF.
Em outras palavras para quem não entendeu o texto: tivemos o fuleco, o felipeco e um timeco. Panamá, Bósnia,Croacia, Camarões, Mexico, Chile, Colombia, não são equipes da primeira divisão do futebol mundial. O Chile classificou o Brasil com um gol contra, mas infelizmente perdeu nos pênaltis.
Outro "problema brasileiro" que poderia ser abordado no artigo é a mania de sair chutando explicações sem se informar. "A preparação foi errada porque os amistosos foram feitos contra equipes muito fracas". E quais foram os amistosos que a seleção alemã fez antes da Copa? Foram muito melhores que os do Brasil? Seguem os que a Alemanha fez este ano: Armênia, Chile, Polônia e Camarões. Os dois últimos terminaram em empate.
Além de tudo, a preparação foi mesmo fraca, até nos amistosos. Abraço, Spina.
Parabens pelo texto Vinicius! A questão chave é justamente o pouco apreço que temos pela prática da "excelência" em todos os ramos de atividades. Para se atingir a excelência não existe mistério, basta apenas fazer as coisas, mesmo as mais simples, extraordinariamente bem, até que se torne um hábito e não uma imposição. Foi buscando a excelência na qualidade que o Japão progrediu. Já a Coréia buscou a excelência na educação. Se o Brasil se decidisse pela excelência seria invencÃvel.
Obrigado, "x", por ler a coluna e pela mensagem. Abs. VTF
Bana.nia é uma re.pública de bana.nas da Amé.rica La.trina, nas.cida do cruza.mento de um cir.co com um bor.del, ha.bitada por 200 milhões de es.pertos que ficam tra.paceando uns aos outros, permanen.temente mo.bilizados para to.car tam.bor, chu.tar bo.la, tomar cer.veja e ter fi.lhos para ganhar bol.sa fa.mÃlia.
Des.culpe, Careca! Eu só estava endos.sando meu Ãdo.lo Lu.la, que é con.trário ao progr.ama bol.sa fa.mÃlia. Caso d.uvide, veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YqoS13_g2-k
Gente, dá um desconto! É problema de esclerose.
Comente essa, 'Caréca' !!! ...
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