Suzana Herculano-Houzel > "Queremos reduzir a maioridade penal?" é a questão errada Voltar

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  1. Adyl

    Certo quanto à ótica do menor. Mas e em relação à segurança pública, como é que fica? Traços de sociopatia existem desde a mais tenra idade e acho que sim, deve-se manter esses indivíduos apartados da sociedade o quanto antes. Vide caso do Champinha.

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  2. flavio

    Que maravilha ler isso.Parabéns.

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  3. AlexandreCabreira

    Levei um susto. Acompanho você há muito tempo e ainda bem que cliquei pra ler seu artigo. O fato de ter um 'número mágico' que determine a punição é o problema. Que tal 'punir' fazendo a relação idade x ato delituoso e impor penas adequadas em cada caso, fazendo uma justiça proporcional ao dolo? Até uma criança de oito ano deve ' ajoelhar no milho' ou ' ter a boca lavada com sabão'. Neste último caso, ela vai pensar dez vezes antes de xingar os pais ou falar palavrão.

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  4. PH Andrade

    Se não existe uma 'idade mágica', então a imputabilidade penal poderia ser examinada caso a caso, conforme a conclusão dos jurados sobre a capacidade de discernimento do acusado - tal como já ocorre hoje quando o acusado não dispõe do pleno domínio de suas faculdades mentais por estar sob efeito de álcool, drogas, anestesia, etc. Ou seja, o menor de qualquer idade poderia ser acusado, julgado e condenado, se ficar provado nos autos que ele tinha discernimento o suficiente para o crime cometido.

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  5. Japa

    Excelente texto!

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  6. Luccas

    Reduzir a maioridade penal apenas não resolve o problema da imaturidade, em especial a dos lobos frontais. Lidar com o medo é difícil em qualquer idade, imaginemos como pode ser trágico para quem se aventura a praticar um assalto. Um contratempo pode levar o delinquente a uma atitude extremada muito mais por medo do que por perversidade. Perdoar o menor? Não, mas a lei terá que ser aplicada levando em conta os aspectos científicos. Educação, repressão e justiça terão que andar juntos.

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  7. Dewey

    Não creio que seja razoável esperar até que entendamos como o cérebro funciona para criar um sistema penal capaz de proteger os cidadãos contra o crime de uma maneira mais eficiente. Tanto a Psicologia como a Psiquiatria já possuem conhecimento para determinar se o sujeito é um psicopata ou sociopata e de ser capaz de viver ou não em sociedade. O problema central é que o Estado não está preparado para acolher essas pessoas ou de proporcionar o tratamento que necessitam no tempo necessário.

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  8. cidinho

    Uma criança de 7, 8, 9 ou 10 anos sabe, perfeitamente, que matar outra pessoa é coisa ruim, e que mesmo machucar um amiguinho não é correto. Portanto, para homicídio, latrocínio, estupro, não deveria ter idade mínima, excetuando-se, obviamente, acidentes (uma criança mata alguém porque teve acesso à arma de fogo de um adulto e, numa brincadeira infeliz, atinge outrem, por exemplo).

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  9. Aura

    A questão é apenar o crime de acordo com o tipo penal, e não com a idade do agente, como já acontece em vários paises do primeiro mundo. Há outro problema: Enquanto nossas autoridade não responderem por seus crimes como todas as pessoas, nada vai melhorar. Todos são iguais perante a lei; mas no Brasil de hoje alguns são mais iguais que os outros.

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    1. Luccas

      Nos Estados Unidos, a neurociência está ajudando na solução do problema, Aqui, será mais difícil porque os cientistas e os juristas terão que trabalhar junto aos legisladores, a maioria sem preparo, alguns semi-analfabetos. Há de se exigir algum dia um mínimo de preparo para o cidadão poder alcançar o poder de criar leis.

  10. Cesar Cesarano

    Concordo plenamente com as colocações da Suzana, mas o que fazer até que consigamos construir uma sociedade justa e eficiente no trato aos seus cidadãos?Temos de começar por algum lugar, construindo uma base para esta renovação, mas de novo, por onde começar?

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  11. sergio

    Belíssima abordagem.

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  12. Barbotão

    Ok. Concordo com os argumentos. Mas ... então qual seria a questão correta? Deixar como está para se ver como é que fica não está dando certo.

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  13. IBIPOR

    Também não acho que exista uma idade exata para delimitar a capacidade de raciocínio, acho que tem que haver uma punição sim claro e bem severa para determinados crimes, mas acredito que com pelo menos 10 anos já é uma idade onde o jovem sabe o que quer e pensa antes de agir, a personalidade da criança não é definida até os 7 anos? Foi o que já li em muito artigos, então pergunto a essa Médica e quanto a essa questão porque aos 07 anos??

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    1. Luccas

      A personalidade se define aos 7 anos? E a maturidade? Somente um estudo multidisciplinar mostrará os caminhos. Nem vingança nem complacência, é a grande questão. O adolescente (masculino principalmente) vive sujeito a três grandes pragas: acidentes, homicídio e suicídio. Somente o conhecimento maior da fisiologia cerebral poderá encontrar as soluções, sem radicalismo nem fatalismo. Enquanto isso, o policiamento intensivo com tolerância mínima reduzirá a delinquência. Foi assim em Nova Iorque.

  14. IBIPOR

    Vejo muitas crianças sendo condenadas nos EUA pelos crimes que cometem, claro que cada estado tem suas leis, mas como eles fazem? Qual o critério, acho que aqui no Brasil ainda temos uma cultura fraca para esse dilema, mas a cada dia vemos uma necessidade para essa punição devido o aumento de jovens infratores, mas primeiro temos onde colocá-los? Que tipo de prisão? nem os que estão presos hoje tem a devida reabilitação e muito menos espaço, construir mas casas de detenção?

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    1. ACunha

      Já tinha desistido de ouvir de um psicólogo ou neurocientista uma palavra tão coerente. O que se busca é, de fato, a punição adequada para crimes bárbaros. O atual Estatuto da Criança e do Adolescente, na parte penal, é uma afronta às vítimas de menores praticantes de crimes violentos. Se os que defendem o atual status do ECA, não fossem mafiosos, seriam no mínimo hipócritas.

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