João Pereira Coutinho > Nós, os vermes Voltar
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Em um futuro não muito distante sentiremos nostalgia da civilização cristã-ocidental, assim como os derrotados ex-cidadãos romanos sentiram nostalgia da grandeza de Roma quando sofriam como cães nas trevas bárbaras da Alta Idade Média.
O Ocidente precisa adotar o conceito de 'reciprocidade cultural'. A reciprocidade já existe na diplomacia, e podemos transplantar seus conceitos pra arena cultural. Ou seja, se um determinado paÃs patrocina ideias de intolerância contra nosso paÃs, boicotamos os seus cidadãos - cassamos os seus passaportes, se for o caso a sua naturalização concedida - e pegamos pesado nos casos de incitação ao ódio praticados por cidadãos daquele paÃs. Não devemos ter medo de punir quem é intolerante.
Não podemos esquecer algo importante na construção, ao menos moderna, da sociedade ocidental. Sua capacidade de reconstrução histórica, e de correções, como dito pelo autor, de suas construções se fez, em grande parte, por sua verve autocrÃtica. Nesse sentido, pedir que a sociedade ocidental se regozige consigo mesma, é pedir para que incorra no risco de se dogmatizar tal qual as sociedades acusadas por ele. Ainda prefiro incorrer nos riscos da autocrÃtica do que na possÃvel dogmatização.
E parece que a esquerda, hegemônica no Ocidente, tira proveito da inclinação do cristão à culpa, e não só pelos defeitos, mas pelos "sucessos", nossos avanços, que "sempre" se dão às custas da desgraça alheia. Esse fomento do nosso descontentamento com o que somos é um terreno fértil para guinarmos cada vez mais à esquerda. Nossos governantes andam de mãos dadas com tiranos do Oriente Médio porque estes corroboram com a ideia de que o Ocidente é "decadente".
Em paÃses como Reino Unido, Bélgica, Holanda e nos paÃses nórdicos os muçulmanos podem fazer basicamente tudo o que quiserem. Quem quer que ouse se opor a qualquer vontade deles é automaticamente rotulado como intolerante.
Não tenham dúvida. João Pereira Coutinho é mestre em suas opiniões. Gosto muito de suas pautas. Mas houve uma que era tão boa que me recomendaram para eu não ler. Falava de depressão. Mesmo assim li e reli. Como todas.
Eu sempre digo que JPC detona com a tradição brasileira de contar piadas de lusitanos. Esse novo livro dele é extraordinário.
Mesmo sendo um lusitano (como eu) esse João é mesmo um mestre. Quando meus amigos me chamam de 'luso' no sentido pejorativo, mando para eles algum artigo dele (joão) de modo a calar suas bocas.
Se alguém deseja ser tolerado basta que a gente faça um simples questionamento: No meu paÃs esse cara pode ser quem ele é, e no paÃs dele, eu posso ser quem eu sou? se a resposta é não...então que o fulano pegue as malas e de meia volta.
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