Hélio Schwartsman > Crise na USP Voltar
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Hélio, é muito fácil entender a tal lógica: se uma empresa está mal, corre o risco de falir, fechando as portas e desempregando todos os funcionários. Desta forma, há um "limite natural" para os movimentos grevistas: a própria sobrevivência. No caso da USP, como em todo o serviço público, não há tal risco. Mesmo que a USP viesse a "fechar as portas", ainda assim eles não perderiam seus empregos no Estado de São Paulo. Assim é fácil "lutar contra a opressão tucana" indefinidamente.
bolivarianos acham que dinheiro cai do céu
Será que não seria melhor privatizar logo a USP e fornecer bolsas de estudo aos que realmente querem estudar? Mas não entendo como dezenas de milhares de estudantes, e outros tantos milhares de funcionários, que não participam da greve, não entram na marra e não fazem a centésima trigésima quarta melhor universidade do mundo funcionar.
A principal causa de instabilidade na USP (e nas universidades paulistas) é a falta de democracia interna real: pela foram da escolha, os reitores sã via de regra fantoches do governador, e o "parlamento da USP" (= Conselho Universitario) nao representa a comunidade (só representa os titulares, a maioria comprometidos de forma tortuosa com a estrutura de poder). Solução: DIRETAS Jà para reitor e CO!!! Na UNB (Brasilia) o reitor é eleito de forma democratica e paritaria: isto funciona!!!
Há claros problemas na USP: por exemplo a reitoria da USP gasta mais de 7% da verba de pessoal na ativa, quase o dobro da maior unidade (Politecnica), e o equivalente a ter 700 docentes, mesmo nao tendo nenhum! Por outro lado, "acusar" a comunidade da USP pelos absurdos anteriores e recentes afirmando que estes foram chancelados "democraticamente" pelo CO (Cons Universit) é jogar para a plateia: todo mundo na USP sabe que o CO é um orgão reacionário, com poder decisório concentrado nos titulares
O problema senhor Hélio Schwartsman é que os números não são confiáveis. E o governador não deveria mesmo aumentar o repasse do ICMS sem antes fazer uma auditoria nas três universidades para saber qual o tamanho do buraco. Mas o governador não age desta maneira por omissão, pois os cargos de reitor é de escolha do governador e não da comunidade universitária. Quanto ao Conselho Universitário, o senhor desconhece que a proporção é: Docentes 70%, funcionários 15% e alunos 15%.
Este senhor deveria limitar-se a opinar sobre assuntos dos quais ele tivesse algum conhecimento, o que certamente não é o caso.
Helio, acredito que a motivação da greve, além do obvio aumento salarial, não é o sentimento de "eu não tenho nada a ver com isso". O ponto chave é a falta de transparência da universidade. O reitor Zago diz que pegou a USP quebrada, com 106% do orçamento comprometido com folha de pagamento. Mas não abre os números, não expõe quem está ganhando demais, onde estão os excessos. O que leva a uma falta de credibilidade nesse número. (Mais ou menos como a dÃvida pública, que deveria ser auditada)
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