Educação > 1/3 dos docentes de universidades particulares recebe por hora-aula Voltar
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Engraçado... na instituição privada onde dou aulas, não conheço nenhum outro professor que não seja horista.
Não sei onde o autor da matéria foi buscar os dados, mas eu e a esmagadora maioria dos meus colegas trabalhamos em instituições que só contratam horistas. Ainda que apresentem uma planilha (fake) ao MEC dizendo ter x% de 20 horas, y% de 40 horas e z% de DE. Por isso acredito que este número seja muito, mas muito maior que o apresentado.
Média de R$ 80,00 hora/aula? Onde? Na Suécia? Se alguma instituição particular de Ensino Superior de São Paulo estiver contratando professores doutores com média de R$ 40,00 já é muito.
Sou professor 40 horas de uma IES privada, e gostaria de fazer alguns comentários: A média de salário hora aula nas IES particulares nem de longe atinge 80,00, deve ser bem menos da metade disso. Eu estou no topo de carreira, sou professor Titular A5 e ganho muito menos que isso. O repórter deve ter sido mal informado ou está de brincadeira. Ainda deve ser dito que a pessoa ser professor horista não significa não ter compromisso com os alunos e com a instituição onde trabalha.
Acredito haver algo de errado nessa pesquisa. O número de professores contratados hora aula é MUITO maior do que 33% nas universidades privadas, e a média não passa dos R$40,00/ h/a, pelo menos nas universidades de porte grande e médio na cidade de São Paulo, rarÃssima aquela que passa disso. Alternativas de geração de receita além de alunos em sala de aula, praticamente inexistem nas universidades privadas, acarretando prejuÃzos ao desenvolimento da educação superior no paÃs.
Horista é subemprego de Universidade que não tem compromisso com a qualidade do ensino, com o projeto pedagógico e muito menos com a extensão e a pesquisa. Esse tipo de comparação só faz quem não conhece a Universidade Pública no Brasil, e pior fica comparando com EUA, Canada, Inglaterra e outras. Pura besteira.
Segundo dados divulgados em artigos da Folha, as universidades privadas têm 70% dos estudantes de graduação do paÃs, com metade do número de professores das públicas. Dentre os professores das universidades privadas, apenas 37% têm dedicação integral. Entretanto, com a carga de aulas, mesmo com dedicação integral fica impossÃvel fazer pesquisa. Daà o resultado que conhecemos. Há falta de professores nas universidades privadas para dar conta de todas as atividades inerentes à profissão.
Mais uma tentativa de desqualificar a Universidade Pública. O tempo integral é uma conquista da categoria e uma maneira segura de produzir excelentes docentes. Ao contrário das Faculdades particulares que julgam que o horista é mão de obra barata de 2ª classe e por essa razão tem uma qualidade de ensino deplorável. O mesmo ocorre no Ensino Fundamental, as melhores escolas públicas tem um quadro docente fixo. Isso é um fato!
Não é uma questão de "ganhar pontos". Docentes em tempo integral tem muito mais atividades do que um horista, como por exemplo pesquisa e orientação de pós-graduação.
Uma boa maneira das Faculdades Privadas melhorarem sua avaliação é contratando Professores mais qualificados (em especial com doutorado) em tempo integral. Além de melhorarem sua contribuição para a pesquisa no paÃs, também contribuirão para a melhora na formação de seus alunos, como é urgentemente necessário.
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