Hélio Schwartsman > O teto universitário Voltar
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Gostei da comparação com o salário de um regente de sinfônica de primeira linha. Mas, me parece que assistir a um concerto da sinfônica não é de graça, ou é?
A reforma administrativa foi feita pelo sociólogo gênio FHC. Ele vai acabar com a USP pois o teto salarial tem por limite vencimentos de quem definitivamente não depende dessa renda para se sustentar, no caso o Governador. Como ele imagina que a remuneração de um professor com tamanha qualificação, tÃtulos acadêmicos, como ele, e dedicação exclusiva à universidade possa ser pautada pelo interesse de ocasião de um polÃtico? As instituições privadas estão só esperando. Obrigado FHC.
O afã de criticar é tão grande que tentam mudar a história com inverdades. O teto salarial da Administração Pública foi instituÃdo pela Emenda Constitucional n. 41, de 19 de dezembro de 2003. Nessa época o sociólogo citado por você não era mais o presidente do paÃs, sabia?
Concordo com o jornalista Hélio Schwartsman. Assim como no futebol também nas universidades temos poucos craques que mereçam ganhar mais do que a metade do teto. A diferença é que, ao contrário das universidades, no futebol não existem "sindicatos" querendo nivelar os salários dos craques aos salários dos cabeças de bagres (ou vice-versa). No futebol a avaliação da competência do jogador é imediata, feita diretamente pelos torcedores do time. Nas universidades essa avaliação não existe.
Com este vazamento os falcões que desejam a privatização da USP respaldados por hoje detratores da instituição regozijam.
Não por acaso as grandes universidades produtoras de elevados nÃveis de conhecimento, com aulas ministradas por professores prêmios nobel, não são públicas e nem brasileiras. O mal do Brasil, em especial nas universidades públicas, é um arcaico ativismo sindical de esquerda, que busca nivelar por cima os salários dos medÃocres (muitos) aos salários dos gênios (escassos). A lógica da remuneração, mesmo no setor público, deveria ser sempre o mérito, como se faz com sucesso no futebol.
Concordo com o jornalista. E digo mais, os maiores salários, de regra, são dos profissionais mais antigos. Ou seja, daqueles que estão há 30 ou mais anos dedicando-se com exclusividade à instituição. E, com todo respeito ao ExcelentÃssimo G overnador, não acho que ele se dedica mais à sociedade do que os professores da USP. Só um detalhe, mulatas e caipirinha seriam pertinentes se USP ficasse no Rio de Janeiro. Aqui é trabalho, meu filho.
Não é que eu discorde em parte. Mas há um detalhe que merece ser confirmado: a maioria dos professores universitários, quando o salário é bastante razoável, prefere ser funcionário público. Como não temos a mesma cultura dos americanos, aqui, a maioria prefere pensar assim, "mutatis mutandis": "é pouco, mas é certo".
Vejo essa discussão como mais um movimento para minar a USP e dar a impressão de que seria bom privatizar. Não concordo com o corte de salário, e professor, em todos os nÃveis, deveria ser tratado como caso especial. Professor paga tudo do próprio salário. Porque não cortam os privilégios dos polÃticos? como permitir que alguém nesse paÃs possa receber aposentaria pelo resto da vida com apenas 8 anos de pseudo serviço? Porque ninguém mais discute isso?
... ou seja, melhor ser professor da USP ou da UnB etc ganhando um salário pra lá de razoável do que correr riscos numa universidade particular brasileira, que faz de tudo para gastar o mÃnimo.
Sempre que o salário é desvinculado do desempenho existe a possibilidade de distorções. O teto da USP está bem acima da média praticada nos EUA e Canada, onde um professor universitário recebe em torno de R$16,000 por mês. É lógico que professores de universidades com Harvard e Stanford, consideradas centros de excelência, ganham acima da média. Existem por lá grandes diferenças entre as modalidades. Professores de FÃsica, Engenharia e Direito geralmente ganham mais.
Uau. Privatiza logo então (e estabeleça um eficiente sistema de vouchers).
Uau. Privatiza logo então.
Entendo que o teto salarial seja um mal necessário para o setor público brasileiro. Se é para discutir o teto salarial, melhor então rever também o caráter exclusivamente público destas instituições de nÃvel superior. Não seria melhor que estas universidades fossem de natureza público-privada? Por outro lado, concordo plenamente que a isonomia salarial é um equivoco. Professores e técnicos do nÃvel superior têm perfis e atuações muito diferentes e isto deveria se refletir nos salários.
Essa tese de perder talentos é lenda. Docentes de valor diferenciado da USP e outras universidades públicas brasileiras não atuam só por dinheiro. Querem as vantagens advindas da titulação, licenças sabáticas, viagens internacionais, cursos, estabilidade, longas férias, aposentadoria publica, etc. O teto tem a vantagem de colocar um limite bem razoável para aqueles que na iniciativa privada jamais ganhariam remunerações semelhantes e com vantagens exclusivas do serviço público.
Realmente não atuam só por dinheiro, mas tem também a paixão. E não posso concordar com as "longas" férias pois, pelo que vemos, os pesquisadores que realmente são bons sempre tem férias e licenças acumuladas, muitos deles só as usufruindo em sua plenitude às vésperas da aposentadoria….e estes trabalham bem mais do que a média. E isto não é só no Brasil.
Schwartsman tem razão, a lei tem de ser alterada para as Universidades de São Paulo. Caso contrário, será iniciada uma curva declinante de qualidade para as principais instituições de ensino do Brasil, Usp, Unesp e Unicamp, tão importantes para o nosso desenvolvimento. São Paulo deve mobilizar-se na defesa de suas Universidades que abrigam milhares de alunos, nossos filhos e futuros profissionais do amanhã. Alessandro Ferrari - pai de aluno da USP.
Só no ESP o governador não alinha seus proventos aos dos ministros do Supremo (Nem reajusta com a inflação). Na realidade ele não precisa deste "salário" já que deve receber o seu quinhão mensal do partido. Desta forma muitos funcionários Públicos em fim de carreira (Promotores, etc) tiveram seus proventos arrochados numa clara afronta a Constituição, mas isto não importa quando o que se quer é mais sobra de dinheiro para os objetivos polÃticos.
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