Hélio Schwartsman > O tal de mercado Voltar
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O mercado somos nós. O valor das coisas é dado pelo 'gosto médio' de um grupo de pessoas, em determinado momento no tempo e espaço, e varia de forma dinâmica, a cada instante, mediante uma série de influências internas e externas. Em vez de reclamar do mercado, cada um de nós deve influenciá-lo objetivamente - comprando, vendendo, etc. No sentido amplo também há o mercado de opiniões, o mercado de relações amorosas e sexuais, o profissional, o da solidariedade, etc. Em todos eles podemos agir.
O problema não está no mercado, mas na falta de estadistas, que administram a coisa pública como debeis mentais, permitindo toda sorte de desequilibrios nas contas, no endividamento, no comercio exterior. Sem equilibrio nas contas externas o paÃs sofre uma sangria, a economia fica estagnada, os empregos vao embora, o pais perde a indpendencia, o mercado financeiro se aproveita.
Quem adora demonizar o mercado vai contra uma lei básica da natureza, ou seja, todo ser vivo desempenha de acordo com o estÃmulo recebido. O exemplo mais clássico são os músculos, os quais, sem o estÃmulo do exercÃcio fÃsico, podem atrofiar. Quando os comissários tentam proteger os "pobrezinhos" do mercado desalmado, eles na verdade estão dessistimulando o aparecimento de milhares de empreendedores em potencial que poderiam viver sem a dependência da ajuda do governo e de maneira dÃgna.
A pedra fundamental da Economia é a Lei da Oferta e Procura (Demanda). Nela se assenta o mercado, em sua busca contÃnua pelo equilÃbrio (break even point), também implementado como ponto central na Contabilidade. Os "dedos" do governo tendem ao desvio desse ponto e implicam em turvar a Oferta, ainda que estimulem a Demanda. Obviamente, a Contabilidade escancara tais desvios, o que vem ocorrendo nas empresas estatais e mesmo em programas governamentais. O "dedo federal" desequilibra o Mercado.
O mercado é a economia real, onde se produz, se compra, se vende, se poupa, se investe... Nos paÃses socialistas não há mercado, mas também não há nada, não há produtos de consumo e mal existe o básico para a sobrevivência, é um sistema de escassez e racionamento. Uma economia socialista não é propriamente uma economia como a conhecemos, seria mais correto chamá-la de antieconomia, uma negação da economia real e natural, por isso nunca funcionou e jamais funcionará.
Um exemplo foi a agricultura milenar da Etiópia, pobre, comunitária e colaborativa, destruÃda pelos socialistas que impuseram seu sistema comunista e desagregador. Mengistu Haile Mariam (Wikipedia) foi apenas mais um ditador socialista a destruir o passado e a não propiciar qualquer futuro. Foi réu num caso raro de julgamento em seu próprio paÃs. Exilado (fugitivo), deve ter suas contas em dólares no exterior.
Quem não quer ter uma vida confortável? Especialmente depois de trabalhar duro por isso. Acumular recursos patrimoniais, afim de garantir um futuro seguro a você e aos seus. Eu quero isso! Porém, vejo um problema. Nas ruas e avenidas as ferrenhas diferenças me incomodam. Será que algum dia, nosso frágil equilÃbrio proporcionado pelo contrato social, não estará em cheque. A dúvida que fica é:Será que o individualismo, utilitarismo e a mão invisÃvel terão as respostas? Veremos...
Além do mais é preciso considerar que em toda a sociedade haverá uma franja marginal de pessoas que não se adaptam, não têm o mÃnimo de disciplina necessário para ter famÃlia, emprego, e viver uma vida normal. Preferem viver na rua, à margem, sobrevivendo de bicos e esmolas sem compromisso com nada. Tem muita gente vendendo balas e pedindo esmolas em sinaleiros que se você oferecer um emprego ou estudo o sujeito sai correndo.
As diferenças que você vê vêm das diferenças naturais entre os seres humanos, uns têm maior capacidade econômica, talento, energia que outros. O craque no futebol, ganha muito mais do que o perna de pau, e isso acontece em todos os setores, porque em todos há o craque e o perna de pau. É assim que é e sempre será, e o melhor que temos a fazer é aceitar nossa condição e fazer dela o melhor que podemos, em vez de gastar nossas energias com inveja e ressentimento de quem é mais bem aquinhoado.
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