Hélio Schwartsman > Entre a cruz e a espada Voltar
Comente este texto
Leia Mais
O problema fica na premissa da separação (mecanicista) entre ‘o interesse próprio’ e ‘a necessidade de viver em sociedade’, sendo que a identificação dos interesses próprios e algo socialmente dado.
Sei que não tem nada a ver com o assunto, mas, se você puder, dê uma assistida no filme que leva esse nome : Entre a Cruz e a Espada. Creio que você, no final, vai acabar se convertendo ao Cristianismo, se você ainda não o for.Aconteceu rigorosamente assim, com milhares de famÃlias naquela época. LindÃssimo e esclarecedor.
A desgraça da humanidade foi o surgimento de intelectuais, Nietzsche identificou o ponto exato onde os humanos deixaram de viver de acordo com a realidade da natureza e passaram a viver na ilusão idealista - foi com Platão que surgiu a crença na "cultura" como sendo agente da "maldade" humana. A filosofia grega foi uma luta entre o ser humano realista contra o idealista, e como sempre a difamação de Protágoras por Platão é conduta tÃpica dessa gente idealista.
Qdo os portugueses chegaram ao Brasil eles encontraram aqui Ãnd.ios vivendo de forma tribal e onde ñ existia propriedade privada, porém, tais Ãndios viviam em guerra entre tribos e praticavam a esc.rav.idão das mulheres e crianças das tribos derrotadas, praticavam inclusive tor.tu.ra. Essa é uma prova insofismável que Rousseau estava errado, mas, a utopia de Rousseau tomou a cabeça de milhões na atualidade e eles estão cegos e não veem mais a realidade mesmo diante da mais clara prova.
Somos sobrevivência, disputa, competição, mas somos também amor, afeto, simpatia. Os dois sentimentos são legÃtimos e naturais, o segredo é saber equilibrar e integrar os dois lados, não se pode negar um e querer ficar só com o outro, não vai funcionar. Não concordo muito com essa visão de Richard Dawkins e outros de que somos apenas máquinas de replicar genes. Essa é uma visão muito mecânica e reducionista da vida e da consciência humana, a coisa é um pouco mais complicada.
É certo que seres muito primitivos são praticamente máquinas de replicação, mas isso não se aplica a animais superiores e principalmente a humanos. O propósito da vida não é apenas a sobrevivência, mas a evolução da consciência. Se o propósito da vida fosse apenas a sobrevivência não precisaria ter saÃdo do nÃvel das bactérias, que sabidamente são muito mais aptas à sobrevivência que os humanos. Se houver um cataclisma que extinga a espécie humana, as bactérias certamente continuaram por aÃ.
Podemos sentir simpatia e afeto sem que haja nisso nenhum interesse ou utilidade. Além do mais há muita variação natural entre humanos, uns são muito agressivos e violentos e outros mais suaves e empáticos. E isso não depende apenas de ambiente e criação, que também tem muita influência, mas não absoluta. Não é "nature or nurture", é "nature and nurture". Ou alguém acha que se Mike Tyson tivesse sido criado no ambiente de Einstein poderia ter elaborado a teoria da relatividade?
E a� O que há de novo? Sabemos disso há 200-300 anos.
'Somos escravos dos nossos genes!!!!!!!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Hélio Schwartsman > Entre a cruz e a espada Voltar
Comente este texto