Hélio Schwartsman > Os políticos e a realidade Voltar
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Caro Hélio, vamos à sua frase "o principal mandamento do polÃtico é não desagradar à população. Se o fizer, perderá a próxima eleição e, assim, deixará de ser polÃtico". Eu diria de outra forma: "o principal mandamento do polÃtico é trabalhar pela população. Se o fizer, não perderá a próxima eleição e, assim, será reconhecido como polÃtico". Fazer coisas boas pelo povo não é, necessariamente, populismo. E muitos fazem parecer que é, por que perdem privilégios.
A Europa tem o seu welfare state. Os EUA, seus modelos de transferência de renda. Aqui, muita coisa vira "populismo" sem ser realmente. Cidadãos em melhores condições de vida receberem descontos no seu imposto de renda por filho não é populismo, mas o pobre ganhar uma pequena ajuda para os seus filhos, é populismo. Isso não é correto. By the way, nem sempre haverá estadistas, quando há, é ótimo. Mas o mais importante é o sistema polÃtico funcionar bem, mesmo sem eles.
Hélio, não existe salvador da pátria, um Sása Mutema. É o povo que deve se mexer e criar uma nova possibilidade na polÃtica.
Simples, claro e preciso !
O estadista é aquele que não se encaixa na figura do polÃtico comum. É aquele que não se preocupa com a próxima eleição, talvez nem a deseje. Também não se preocupa se as medidas que forçosamente tem de tomar não venham a agradar o povo. O povo, em geral, especialmente o brasileiro, quer saber de seus direitos, de sua comodidade e de estar longe de quem lhe pede sacrifÃcios. Infelizmente, como é o caso atual, até que a natureza lhe imponha tais sacrifÃcios. Ainda bem que não temos guerras!
Infelizmente, um paÃs como o nosso, onde parecer é a lei maior, um estadista teria imensas dificuldades. Imagina a dificuldade de negociação com este congresso. Por pertencermos a uma sociedade com valores e ideologias mortas, iremos padecer com esses governantes até o fundo do poço. Só assim, haverá espaço a homens renovados pela dor, preparados para novas relações sociais e construções de instituições simples e perenes.
Falando de mudar a realidade, a cobertura de Davos pela Globo está pintando um quadro do Brasil que mais parece ficção cientÃfica como se estivéssemos em tempos de vacas gordas. Nem se esqueceram de frisar que a ausência da Presidente não atrapalhou nada.
Concordo, faz-se muito fusuê, às vezes, pelo que não importa, e pouco pelo que importa.
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